22/09/2008

Educação e Desenvolvimento

Numa recente viagem à Áustria, em Viena, reparei na existência de umas caixas colocadas a meia altura em postes fixados nos passeios e que continham jornais no seu interior. As pessoas aproximavam-se dessas caixas, colocavam uma moeda numa caixa mais pequena anexa e retiravam o jornal. O meu primeiro pensamento foi julgar a existência de um qualquer automatismo de abertura da caixa após a colocação da moeda, mas incrivelmente as caixas estão permanentemente abertas sem que isso constitua um problema para quem vende jornais deste modo. Este esquema de venda de jornais é igualmente vulgar na Suíça.

Agora imaginemos um processo semelhante a funcionar em Portugal. Provavelmente iríamos assistir ao surgimento de uma nova “classe profissional”, tipo arrumadores de automóveis, que se dedicaria a esperar a chegada dos jornais diários à sua zona de actuação, para de seguida os surrupiarem com o objectivo de os venderem eles próprios na rua.

Este não é, infelizmente, um exemplo isolado de como a sociedade portuguesa se “barbarizou” por contraponto com os chamados antigos bárbaros do Norte da Europa. Com efeito parece que os povos helénicos e latinos, antigas sociedades desenvolvidas e lideres no progresso da humanidade, trocaram de posição com aqueles a quem chamávamos “bárbaros”, mas que hoje representam sem dúvida o que de mais aproximado existe da sociedade ideal, sem que com isto queira afirmar a existência da mesma.

2 comentários:

  1. Num jornal/revista q n fixei deste fds, maria rueff dizia q na dinamarca se vive uma "saudável anarquia".
    Parece-me ligado a este post, não é preciso "proibir" as pessoas de fazer algo (como, no caso, roubar um jornal) porque já está interiorizado que é "errado" e contra a sociedade, logo, nós próprios.
    É um caminho ainda longo para Portugal que vive mais numa doente anarquia...

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  2. "Este esquema de venda de jornais é igualmente vulgar na Suíça."

    E também nos EUA.

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