In Público (2/9/2008)
Ana Henriques
«Estruturas da futura estação do metropolitano irão passar "a muito curta distância"
de um troço enterrado do monumento nacional e de reservatórios da EPAL
O prolongamento da linha vermelha do Metropolitano de Lisboa até Campolide, previsto para 2012, vai ter de acautelar um troço do Aqueduto das Águas Livres que está enterrado junto ao local onde surgirá a futura estação, no cruzamento da Rua Marquês da Fronteira com a Artilharia Um e a Miguel Torga.
Em fase de consulta pública, o estudo relativo ao impacto ambiental desta obra chama por diversas vezes a atenção para "as possíveis interferências" da empreitada com um ramal do aqueduto: "Por se tratar de monumento classificado e se localizar, nalguns pontos, a muito curta distância de estruturas da futura estação de Campolide, qualquer deslocamento que possa causar danos naquela estrutura deverá ser considerado muito significativo".
De qualquer forma, "o projecto contempla medidas específicas para minimizar o risco de ocorrência de danos", refere o estudo, alertando para o facto de o perigo de ocorrerem estragos patrimoniais ser mais alargado. Assim, "a proximidade das obras da estação face aos reservatórios da EPAL poderá proporcionar" igualmente "o risco de ocorrência de danos", o que "justifica a adopção de cuidados particulares".
Em causa está o chamado reservatório Pombal e o ramal que o liga a uma galeria do Campo de Sant'Ana. É que o reservatório encontra-se em funcionamento, tal como uma conduta inserida no ramal em questão. Daí a necessidade de as obras de escavação do túnel do metro terem de "garantir um afastamento mínimo" relativamente ao aqueduto e restantes infra-estruturas.
Já o túnel do Rossio, que também passa no subsolo de Campolide, "encontra-se a uma profundidade que previne qualquer interferência" com a obra de prolongamento do metro entre S. Sebastião e Campolide. O mesmo não acontece com o parque de estacionamento de Campolide, debaixo do qual terá de passar este novo troço da linha vermelha. O arranque da empreitada está planeado para o primeiro semestre do ano que vem e a sua conclusão para o segundo trimestre de 2012. Com esta extensão da rede, o Metropolitano de Lisboa visa passar a servir não só o bairro de Campolide: Amoreiras e Campo de Ourique são as estações da fase seguinte do prolongamento.
O estudo salienta que os incómodos provocados aos habitantes de Campolide pela obra, que durará dois anos e meio, nomeadamente o aumento de ruído e de poeira, serão compensados pela redução do tráfego automóvel quando o metro ali passar. As escassas áreas verdes desta zona de Campolide - o recinto da EPAL e a zona ajardinada junto à junta de freguesia - também deverão sofrer com os trabalhos. A consulta pública está a decorrer até ao próximo dia 10 de Setembro.
2012 é a data prevista para o metro chegar a Campolide, vindo de S. Sebastião. Daqui a linha vermelha seguirá para as estações das Amoreiras e de Campo de Ourique»
Por este andar, iremos ter obras do Metro até sermos velhinhos ... ou seja, haverá 'emprego Keynesiano' até sempre. Guterres quando chegou ao poder disse que se recusava a ter um Metro que construisse estações às pinguinhas. Tudo como dantes.
2012 EM CAMPOLIDE? AS OBRAS JÁ COMEÇARAM HÁ 3 ANOS? NÃO! ENTÃO NÃO VÃO ACABAR EM 2012 MAS EM 2015
ResponderEliminarPor favor. Já que vão investir no metro, peço-vos que façam um acordo com a carris para que seja reabilitado o eléctrico de Campolide ao Carmo, viste estar prevista a redução de trânsito. Só mais-valias para todos!!
ResponderEliminar