12/11/2008

52,3%

52,3% - este é, segundo o Jornal de Negócios (não encontrei o link do artigo) de hoje, o aumento do tráfego de contentores do Terminal XXI de Sines, num ano.

A crer nos defensores da ampliação do TCA, esse tráfego deve ser todo para Sines. Porque os custos da evacuação dos contentores dessa simpática (e aparentemente em crescimento exponencial) cidade alentejana são tais que justificam, de olhos fechados, sem olhar a custos nem a estudos nem a normas mínimas de atribuição de concessões, a ampliação do TCA.

E os custos da construção de um terminal de cruzeiros a 3 milhas náuticas de um terminal que já existe.

Só por curiosidade:
Leixões: +3%
Aveiro: + 10,5%
Lisboa: - 1%
Setúbal: - 8,4%
Sines: + 3% (este valor refere-se a todos os tipos de carga).

Ou seja: o porto para onde, aparentemente, toda a carga se destina e o que lhe fica mais próximo são os dois únicos em que se registam quebras de tráfego.

8 comentários:

  1. Há alguns anos houve uma grande polémica com o Presidente da APL na altura, um Oficial da Marinha julgo que esta polémica foi publicada pelo Independente.
    Não gostaram e o dito Comandante foi afastado.
    Será que algum jornalista não gostaria de fazer a pesquisa?

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  2. Meu caro

    Atirar com números descontextualizados, sem fundamentação credível e apenas com base em suposições ou suspeições confundem, não esclarecem e caiem facilmente naquilo que se chama atoarda política ou demagogia.

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  3. Caro Anónimo das 06,22 PM

    Desculpe, mas não sei a que se refere quando fala de números "descontextualizados, sem fundamentação credível, e apenas com base em suposições ou suspeições".

    O Jornal de Negócios não cita a fonte, mas a julgar pela impressionante precisão dos números citados ao longo do artigo, das duas uma: ou o jornalista que assina a peça (Rui Neves) gosta de correr riscos, ou as obteve de fontes que não trabalham muito "com base em suposições ou suspeições".

    Ou então, terceira hipótese, é um mago delirante. Confesso-lhe contudo que leio o Jornal de Negócios há muitos anos e não tenho por lá lido muitos jornalistas desse tipo. Antes bem pelo contrário.

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  4. O que o DE escreveu foi muito mais do que estes números.

    Os números não estão errados. Mas o texto era bem maior.

    SE drescrever uma árvores apenas, julgamos que só existe aquela.

    Mas se descrever a floresta em volta, a coisa muda de figura.

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  5. Caro Anónimo das 9,20 AM, obrigado pelo seu comentário.

    Permita-me comece por lhe corrigir um pequeno lapso: não foi do DE que citei os números em questão, foi do JN.

    Posto isto: tenho o artigo à frente. É uma pena que não esteja disponível online, para que os nossos leitores possam avaliar se só citei as árvores, ou se respeitei o espírito do artigo; o qual basicamente se limita a dar forma a uma sucessão de números sem avançar com muitas análises ou explicações (explica por exemplo, que a razão de ser da quebra de Setúbal se deve à diminuição da construção civil em Espanha, dado interessante para que fala da "dependência" do país se não se fizer a ampliação do TCA; e do destino da carga).

    Ficar-lhe-ia, contudo, grato se quisesse elaborar sobre o que entende por "floresta à volta".

    Cordialmente,

    Luis Serpa

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  6. que canseira...

    isto de dar troco a fundamentalistas...

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  7. É curioso, caro Anónimo - não sei se é o mesmo do debate no post "Início" - porque eu não me vejo como um fundamentalista. Antes pelo contrário: sempre disse, desde que comecei a lutar contra o projecto de ampliação, que se houvesse estudos credíveis, completos, abrangentes que demonstrassem inequivocamente que ampliar o TCA é a melhor solução os aceitaria sem mais .

    Não vejo onde está o fundamentalismo. Em procurar a verdade nos diferentes argumentos?

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  8. Em vez de mandarem bitaites para o ar apresentem propostas.

    Já com a Ponte e com O Aeroporto, muitos chegaram-se á frente com estudos.

    Uns melhores que outros.

    Se isto é tudo tão fácil, tão óbvio, tão simples, cheguem-se á frente.

    Eu também sou espectacular a mandar no Benfica, a resolver a crise mundial e acabar com a fome no mundo.

    Mas ideias estruturadas, estudos, demonstrações á séria...pois..é mais fácil mandar bitaites e assobiar para o lado.

    Muita coisa pode ser discutível neste projecto, mas ainda não vi ninguém dizer alguma coisa sustentadaou credível.

    E perdoem-me, mas só mesmo a APL apresentou alguma coisa á séria.

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