CML quer residência universitária no lugar da Penitenciária~-PUBLICO-19.11.2008, Ana Henriques
Rede de bicicletas prometida pelos socialistas foi chumbada na assembleia municipal, mas António Costa promete voltar à carga para pôr lisboetas a pedalar
A Câmara de Lisboa quer instalar, "a curto prazo", uma residência universitária no local onde hoje está a Penitenciária de Lisboa, que por enquanto ainda acolhe presidiários, mas que vai ser desactivada até 2011.
O vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, explicou ontem na assembleia municipal que existe já um protocolo nesse sentido entre a autarquia e as universidades públicas instaladas na cidade. Pelos cálculos feitos no município, o local onde hoje vivem mais de 800 reclusos, na Rua Marquês da Fronteira, poderá vir a albergar cerca de cinco centenas de estudantes, investigadores e professores.
Manuel Salgado respondia assim às acusações do PSD, segundo o qual a equipa que governa a Câmara de Lisboa não quer repovoar a cidade, ao reduzir o número de habitações previstas para o empreendimento da Praça de Entrecampos, em troca do aumento dos prédios para escritórios. O autarca mencionou também o aproveitamento de edifícios camarários devolutos nos bairros históricos para criar "mais mil unidades de alojamento".
Mesmo assim, a assembleia aprovou uma moção pedindo documentos ao executivo que possam esclarecer os seus deputados sobre a transformação dos planos para Entrecampos, feita à revelia dos arquitectos do atelier Promontório, que assinaram o único projecto conhecido até hoje. Depois de defender que o Promontório não pode invocar direitos de autor, por se tratar de um projecto de loteamento, Salgado - que é também arquitecto - frisou que a Empresa Pública de Urbanização de Lisboa, encarregada pela autarquia de desenvolver o empreendimento, contratou este atelier sem concurso público ou outro tipo de consulta ao mercado, tendo-lhe pago quatro milhões de euros pelo trabalho desenvolvido, quando a actual legislação não permite dispensa deste tipo de procedimento acima dos 25 mil.
"Segundo me informou a administração da EPUL, o caso está a ser investigado pelas autoridades", referiu o autarca. Tratou-se de uma decisão de uma anterior administração, mas o actual presidente da empresa defendia em 2006, quando em funções, que a lei não a obrigava a fazer concursos públicos para projectos.
A discussão da criação de uma rede de bicicletas em Lisboa foi ontem também alvo de acalorada discussão na assembleia, com os socialistas a votarem vencidos a sua proposta, considerada demasiado cara e perigosa para os próprios ciclistas. O presidente da autarquia promete tentar, mesmo assim, fazer cumprir a sua promessa de pôr os lisboetas a pedalar pela cidade
Rede de bicicletas prometida pelos socialistas foi chumbada na assembleia municipal, mas António Costa promete voltar à carga para pôr lisboetas a pedalar
A Câmara de Lisboa quer instalar, "a curto prazo", uma residência universitária no local onde hoje está a Penitenciária de Lisboa, que por enquanto ainda acolhe presidiários, mas que vai ser desactivada até 2011.
O vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, explicou ontem na assembleia municipal que existe já um protocolo nesse sentido entre a autarquia e as universidades públicas instaladas na cidade. Pelos cálculos feitos no município, o local onde hoje vivem mais de 800 reclusos, na Rua Marquês da Fronteira, poderá vir a albergar cerca de cinco centenas de estudantes, investigadores e professores.
Manuel Salgado respondia assim às acusações do PSD, segundo o qual a equipa que governa a Câmara de Lisboa não quer repovoar a cidade, ao reduzir o número de habitações previstas para o empreendimento da Praça de Entrecampos, em troca do aumento dos prédios para escritórios. O autarca mencionou também o aproveitamento de edifícios camarários devolutos nos bairros históricos para criar "mais mil unidades de alojamento".
Mesmo assim, a assembleia aprovou uma moção pedindo documentos ao executivo que possam esclarecer os seus deputados sobre a transformação dos planos para Entrecampos, feita à revelia dos arquitectos do atelier Promontório, que assinaram o único projecto conhecido até hoje. Depois de defender que o Promontório não pode invocar direitos de autor, por se tratar de um projecto de loteamento, Salgado - que é também arquitecto - frisou que a Empresa Pública de Urbanização de Lisboa, encarregada pela autarquia de desenvolver o empreendimento, contratou este atelier sem concurso público ou outro tipo de consulta ao mercado, tendo-lhe pago quatro milhões de euros pelo trabalho desenvolvido, quando a actual legislação não permite dispensa deste tipo de procedimento acima dos 25 mil.
"Segundo me informou a administração da EPUL, o caso está a ser investigado pelas autoridades", referiu o autarca. Tratou-se de uma decisão de uma anterior administração, mas o actual presidente da empresa defendia em 2006, quando em funções, que a lei não a obrigava a fazer concursos públicos para projectos.
A discussão da criação de uma rede de bicicletas em Lisboa foi ontem também alvo de acalorada discussão na assembleia, com os socialistas a votarem vencidos a sua proposta, considerada demasiado cara e perigosa para os próprios ciclistas. O presidente da autarquia promete tentar, mesmo assim, fazer cumprir a sua promessa de pôr os lisboetas a pedalar pela cidade
É muito perigoso andar de bicicleta porque os automobilistas estacionam onde querem e conduzem sem respeito.
ResponderEliminarProvavelmente é perigoso sair de casa porque parece que andam aí criminosos impunes.
Em Portugal a realidade só se emenda com um buraco onde caiba a cabeça.
completamente de acordo. o Ps faz asneira mas nesta questão o psd faz asneira da grossa, o que não é de estranhar pois o seu passado e pesente é bem triste.
ResponderEliminarSerá que nunca mais nos livramos deles, uns e outros.
Ó Antonio acorda pá?
ResponderEliminarSegundo o artigo estas serão as palavras de Manuel Salgado, "Depois de defender que o Promontório não pode invocar direitos de autor, por se tratar de um projecto de loteamento, Salgado - que é também arquitecto - frisou que a Empresa Pública de Urbanização de Lisboa, encarregada pela autarquia de desenvolver o empreendimento, contratou este atelier sem concurso público ou outro tipo de consulta ao mercado, tendo-lhe pago quatro milhões de euros pelo trabalho desenvolvido, quando a actual legislação não permite dispensa deste tipo de procedimento acima dos 25 mil." Gostei do pormenor "que é também arquitecto", porque será?
Parece que afinal Manuel Maria Carrilho tinha razão, será que Antonio Costa anda a dormir?
Ou está à espera de outro livro?
Hehe....quatro milhões de euros (para projecto no papel) e sem concurso !!?
ResponderEliminarOs tipos fazem mesmo o que querem com o povo mais enganado da Europa....eu emigrava outra vez.
JA