Comentário à
notícia sobre o PUALZE, que o Diogo Moura já referiu
aqui.
O plano prevê o fim do estacionamento à superfície na "avenida". Lisboa abandonaria a sua ridícula condição de ser provavelmente a única capital europeia com estacionamento na sua avenida mais emblemática. E não se tratam de meia dúzia de lugares. Nem é uma fila, nem duas, nem três mas QUATRO filas de estacionamento ao longo de TODA a "avenida". A acrescentar temos parques de estacionamento que
interrompem ridiculamente o passeio e o jardim. Isto tornará a "avenida" mais agradável, mais bonita, com mais espaço para os peões e esplanadas, aumentará a segurança das bicicletas (disciplinar o estacionamento à superfície é bem mais importante do que ciclovias ou seja lá o que for), e até melhorará o congestionamento, o ruído e a poluição, porque a entrada e saída de carros estacionados é uma principais causas de congestionamento.
O plano prevê contudo estacionamento subterrâneo, o que à partida não me choca apesar de já haver ali bastante oferta. Acabará efectivamente com o estacionamento gratuito (os parquímetros são uma farsa, como sabemos), e permitirá uma discriminação positiva para os residentes. O que me choca é saber que o número de novos lugares de estacionamento seja muito maior do que o número de lugares a suprimir. Ah, e cuidado com a hidrografia no subsolo...
O que me mais me assusta é esta frase: "a autarquia pretende ainda criar atravessamentos pedonais sob a Avenida", o que significa que ela continuará a ser uma via-rápida de onde os peões devem ser afastados. Não é assim que se faz uma cidade humana e agradável.
Ainda não será desta que vou deixar de escrever "Avenida" da Liberdade com aspas.
"a autarquia pretende ainda criar atravessamentos pedonais sob a Avenida"
ResponderEliminarRealmente é de espantar. E no que toca a segurança e limpeza nestes atravessamentos....estamos falados.