Rádio Renascença 12-12-2008:
"Cais das Colunas volta a fazer parte do postal da cidade
"Cais das Colunas volta a fazer parte do postal da cidade
O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, e o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, reinauguraram hoje o Cais das Colunas, no Terreiro do Paço, em Lisboa.
Depois de ter estado mais de dez anos em obras por causa da construção do túnel do Metro, o ancoradouro foi finalmente destapado e a praça está livre de tapumes.
Um panorama para apreciar enquanto é tempo. A 5 de Janeiro, começa a ser construído um colector, desta vez por iniciativa da Câmara de Lisboa.
“A má notícia que eu dou é que a obra vai começar, não esta que está concluída, mas uma obra que infelizmente não foi feita em simultâneo com o Metro”, afirmou o presidente da autarquia.
António Costa argumenta que o colector é essencial para a cidade de Lisboa, porque cerca de 20% dos esgotos desaguam no Rio Tejo sem qualquer tipo de tratamento.
A empreitada de construção do emissário, até à estação de tratamento de Alcântara, vai prolongar-se durante cerca de um ano e manter intransitáveis dois terços da Praça do Comércio. "
De que serve o Cais das Colunas? Será que não perdemos uma oportunidade?
ResponderEliminarÉ óbvio que representa um ícone para Lisboa e para os seus cidadãos, para além do remate da perspectiva do Terreiro do Paço, mas será que a recolocação no mesmo local faz sentido? Não será uma visão redutora e antiquarista?
Quando afinal se promovem alargamentos e conquistas ao rio, e estou a lembrar o alargamento do cais na Rocha Conde de Óbidos para supostamente optimizar o parque em Alcântara de contentores. Porque não avançar o Cais de Colunas sobre o rio.
A localização do Cais das Colunas faz sentido quando o Terreiro do Paço era “fechado”, e não passávamos pela frente dos torrões. Em termos de significado existencial estes, os torreões tinham uma função muito clara, como as guardiões, ou guaritas da “praça do poder”, para além de remate estético de uma praça aberta ao rio. Mas hoje, com a circulação de fronte dos torreões, quase exclusivamente viária, infelizmente a recolocação do Cais das Colunas no mesmo local faz pouco sentido.
É evidente, que seria excelente que se alterasse o trânsito, e a passagem fosse exclusivamente pedonal, mas insistir nesta situação é uma perfeita estupidez pois infelizmente os arruamentos alternativos pela cidade histórica não são têm capacidade e produzem efeitos negativos a montante.
A solução seria, avançar o Cais das Colunas de cerca de 10 metros, e todo o seu muro, reconstruindo inclusivé as escadas laterais em ferradura.
Esta solução permitira recuperar o murete e passeio frente rio, permitia a estabilização urbana de uma avenida marginal alinhada com faixa central, e passeios do lado dos Torreões, e um outro do lado do rio.
Lamentavelmente a cidade de Lisboa perde mais uma vez uma excelente oportunidade, a ausência de planeamento fruto de alguma incapacidade de avaliação, para ponderar modelos de desenho urbano tradicionais em contexto histórico, de forma a restabelecer metodologias intemporais. Esta forma ou modelos tradicionais são injustamente considerados, sentimental e nostálgico, mas teria a virtude de recuperar a beleza do passeio pedonal na frente rio afinal tão desejado.
só pode ser uma piada...
ResponderEliminarÉ impressionante o facto de NUNCA se fazerem as obras em simultâneo, gasta-se dinheiro, tempo, paciência. O largo do chafariz de dentro, em Alfama, já foi fechado e aberto vezes sem conta com obras sem fim. O mesmo se passa por toda a cidade, sempre sem haver responsáveis, sempre impunemente.
ResponderEliminarInfelizmente não é piada
ResponderEliminarAS obras na cidade nunca são feitas em simultaneo: vem os serviços da água, fazem buraco, Depois a electricidade,abrem buraco outra vez. POr fim os telefones, abrem e fecham o mesmo buraco.
Como deixam a calçada???? Sempre uma agradável surpresa
senhor anónimo
ResponderEliminarse reparar, o passeio junto ao torreão esquerdo foi grandemente alargado.
o mesmo vai acontecer com o passeio jutno ao outro torreão, com as obras da frente ribeirinha.
não é preciso avançar ou tirar o cais...
é que se fizesse isso, ia-se plantar o cais (umas boas toneladas de pedra) em cima do túnel do metro, com consequências óbvias, além de que ficaria mais avançado do que o cais fluvial, impedindo manobras das ligações fluviais...
portanto...não foi falta de pensamento...
quanto ás obras da conduta..sim, falta de pensamento
ResponderEliminaranedota pura
ResponderEliminartambém gostava de saber o parecer do igespar à reposição do cais das colunas...ou melhor...à meia reposiçáo.
ResponderEliminarSó lá está a parte central. a parte oeste está tapada por um aterro enorme e um novo pontão até à ribeira das naus, sendo que os muros para a praça do comércio estão cheios de grafitis e partidos e incompletos, parecendo que um carro se despenhou pelo meio.
a parte este desapareceu num aterro enorme que vai até à estação de barcos, sendo que o aterro está coberto de um lindo cimento. desapareceu todo o murete até ao torreão e a escadaria lateral está tapada com aterro.
isto é que é resposiçáo? o que é que o igespar disse? estamos a falar de um monumento nacional!