A propósito do texto Precisa-se de matéria prima para construir um País, fui contactado pela filha de Eduardo Prado Coelho que nos procurou a propósito da petição sobre o Museu dos Coches e onde teve ocasião de verificar a existência deste artigo atribuído a seu pai e cuja autenticidade nos refere ser falsa.
Não obstante nele eu ter tido ocasião de referir que o mesmo foi retirado de um comentário a um texto abaixo e publicado por um anónimo, logo não ser da minha responsabilidade, esclareci num comentário a este texto que o mesmo pertence como original a Ubaldo Ribeiro. Porém, como o texto por mim publicado tem a assinatura de Eduardo Prado Coelho, tal como aparecia no texto por mim copiado, aqui fica a retratação e a reposição da verdade.
Para que não subsistam dúvidas segue nota ao Público, de Eduardo Prado Coelho que a 25 Outubro de 2006 teve ocasião de desmentir a autoria do texto.
Não obstante nele eu ter tido ocasião de referir que o mesmo foi retirado de um comentário a um texto abaixo e publicado por um anónimo, logo não ser da minha responsabilidade, esclareci num comentário a este texto que o mesmo pertence como original a Ubaldo Ribeiro. Porém, como o texto por mim publicado tem a assinatura de Eduardo Prado Coelho, tal como aparecia no texto por mim copiado, aqui fica a retratação e a reposição da verdade.
Para que não subsistam dúvidas segue nota ao Público, de Eduardo Prado Coelho que a 25 Outubro de 2006 teve ocasião de desmentir a autoria do texto.
"Já tinha ouvido falar no assunto, mas não me interessei demasiado. Tive até felicitações por aquele texto de que não era autor. Não me ralei. Não andei à procura em blogues, porque nunca fui dado a tal prática (por motivos muito polémicos que já expus diversas vezes, com grande escândalo das almas mais piedosas). Não tenho nada contra os blogues, mas também nada a favor; é como os vinhos (não bebo, sou incapaz de estender a mão para um copo de álcool que passe à minha frente) ou as corridas de automóveis. Para mim, estas coisas passam-se noutro planeta. Mas o que me impressionou desta vez é que a minha massagista, Natália, uma moldava que é também uma excelente pessoa, veio dizer que tinha havido uma notícia desagradável a meu respeito no Correio da Manhã. E trouxe o venerável periódico. De facto, os títulos da notícia não eram exaltantes: “Professor universitário acusado de plágio” e como frase de entrada: “É acusado de ter copiado e ‘adaptado’ o texto de um escritor brasileiro.” Quanto ao texto propriamente dito, está correcto (é da Márcia Bajouco, que me havia telefonado). E põe os pontos nos iis. Mas tarde de mais. Já há toda uma página embandeirada em títulos sobre o assunto.
Parece que João Ubaldo Ribeiro teria escrito um texto sobre a situação brasileira intitulado “Precisa-se de matéria-prima para construir um país”, que começaria deste modo: “A crença geral era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique. Agora dizemos que Lulanão serve”, e que eu teria adaptado – segundo um blogue que seria “notas.blogs.sapo.pt” – nestes termos: “A crença geral era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão eGuterres. Agora dizemos que Sócrates não serve.” Ora basta perceber o que repetidamente tenho escrito para se poder afirmar que eu acho que Sócrates serve, e muitíssimo bem. Parece que o vocalista dos UHF, António Manuel Ribeiro, até me citou, porque concordava com o que me era atribuído como a minha forma de pensar. Diz ter recebido uma mensagem de correio electrónico que continha o texto assinado por E.P.C. Parece que o texto corre por vários sites. E diz que o texto que eu teria escrito, e não escrevi, teria sido divulgado no PÚBLICO em determinada data. Mas vai-se ao jornal desse dia, e não está lá nada disso. Uma fraude inqualificável. No entanto, alguém a perpetrou, certamente com a convicção de que me poderia fazer mossa. Nem pense, estou-me inteiramente nas tintas para gente desta laia. Mas a minha amiga moldava achava que eu estava triste, certamente amarfanhado pelo peso do plágio. E até o meu casaco verde lhe pareceu cinzento. Mas o que mais uma vez se prova é que a forma relativamente anónima e irresponsável com que se pode escrever em mensagens por telemóvel ou mails permite todas as delinquências que é muito difícil punir devidamente.Estamos no domínio da heteronímia dos pobres mas também dos canalhas. Coisas que, por amizade, enternecem um coração moldavo, mas não o meu."
Eduardo Prado Coelho, professor Universitário, in Público 25 Out. 2006
Jorge Santos Silva
O texto "Precisa-se de matéria prima para construir um País" também foi repudiado por João Ubaldo Ribeiro.
ResponderEliminarver em:
http://oolhodocuko.blogspot.com/2009/02/eduardo-prado-coelho-antes-de-falecer.html#links
(rectificando):
ResponderEliminarO texto "Precisa-se de matéria prima para construir um País" também foi repudiado por João Ubaldo Ribeiro.
ver em:
http://oolhodocuko.blogspot.com/2009/02/eduardo-prado-coelho-antes-de-falecer.html#links