A Associação de Valorização do Chiado quer dinamizar a vida do bairro depois das 19 horas, altura em que o comércio costuma fechar.
Alguns comerciantes já alargam os horários. Esta sexta-feira começou a "Acção de Primavera".
"Quando o comércio tradicional fecha, há um adormecimento e temos tentado incentivar os comerciantes a alargarem os seus horários", disse ao JN Vítor Pereira da Silva, o presidente da Associação de Valorização do Chiado.
A entidade, que luta pela defesa dos interesses dos empresários e moradores daquele bairro, apresentou, ontem ao final da tarde, a acção "Chiado After Work". Trata-se da primeira de várias iniciativas que visa cativar mais pessoas ao Chiado ao final do dia e dar a conhecer novos espaços de restauração. "Estou bastante optimista porque já no Natal conseguimos dinamizar esta zona, apontou o responsável.
"Aqui no Chiado temos óptimas condições, esplanadas fantásticas que foram abrindo em escadinhas, praças ou hotéis e temos espaços interiores modernos com gente dinâmica que sabe decorar", prosseguiu Vítor Pereira da Silva, sublinhando que é fundamental que se criem condições para a confraternização entre as pessoas para que o próprio comércio seja beneficiado.
Perto de 40 lojas já aderiram ao alargamento de horário até pelo menos às 20 horas, uma mais que o habitual. Para além disso, o presidente da Associação saúda o facto de "vinte e tal espaços espaços de restauração terem combinado uma oferta concertada entre as 18 e as 21 horas para tentar criar uma retenção de pessoas e um convívio generalizado como acontece em Inglaterra ou em outros países onde as pessoas têm por hábito relaxar e confraternizarem ao final da tarde". As iniciativas dos bares e restaurantes passam por um vasto programa de ementas e preços especiais, bem como animações culturais. Na óptica de Vítor Pereira da Silva, o número de espaços que aderiram à iniciativa é "bastante significativo".
Para já, a iniciativa dura apenas até 6 de Maio, mas o presidente da Associação fez saber que "provavelmente em 2010 já iremos conseguir que estas acções se estendam todo o ano".
"Temos de mostrar que estamos abertos, que estamos vivos", salientou, destacando a grande vantagem da zona em relação às grande superfícies: "Os centros comerciais precisam de simular a cidade, mas nós não precisamos: temos o património, os edifícios, as calçadas, as igrejas e o ar livre".
"O nosso objectivo é muito claro: queremos que o Chiado se torne num bairro modelo", rematou.
In JN
Para já, como morador, tive direito a 4 horas de barulho, amplificado, claro, das 20 às 24, no dia da apresentação, com presidente e tudo, ao que parece. Como não há animação em Portugal que não meta barulho, a coisa promete!
ResponderEliminarIsto é mesmo da incultura dominante:
ResponderEliminar- espaços interiores modernos, leia-se contra a identidade local, Kaffee Haus (holandês), decoração igual a 1 milhão de cafés modernaços, outros nomes estrangeiros, esplanadas pátios de traseiras do Siza,
- o nome AFTER WORK é brilhante ... esta Associação sabe inglês !
está a nascer mais uma asneira das grandes.
ResponderEliminarsempre que se fala em animação cultural, sai palhaçada e barulho quando o que a cidade precisa, e esta zona em particular, é de equilibrio e de mais calma nas intervenções no espaço público, seja ele físico, seja simbólico ou sonoro. os liberais do costume dirão que se limita a liberdade, eu direi que se amplia a liberdade de quem por lá passa, vive, dorme, passeia,usa o espaço. bom senso e capacidade de reflexão, precisa-se!
nuno caiado
Podiam começar por abdicar daquelas telas penduradas nos candeeiros! Aquilo é feio e desnecessário - não é por haver telas a tapar as consolas de ferro forjado que as pessoas vão aderir à iniciativa.
ResponderEliminar