A cidade de Lisboa vai ganhar até ao final de Setembro cerca de trinta quiosques e outros estabelecimentos de restauração a partir de concursos lançados pela autarquia para levar moradores e turistas a "aproveitar verdadeiramente os jardins".
O miradouro do Monte Agudo, a Avenida da Liberdade, o Largo de Camões, o Parque Eduardo VII, o Príncipe Real, o Eucaliptal de Benfica e os jardins de Botto Machado, da Estrela, das Francesinhas, do Torel e das Amoreiras serão alguns dos locais contemplados por estruturas novas ou requalificadas onde o público poderá tomar uma bebida ou saborear uma refeição ou um petisco.
"É preciso espaços que levem as pessoas a estar sentadas nos jardins, a desfrutar realmente deles. No parque infantil do Eduardo VII, por exemplo, as pessoas não têm um sítio para tomar qualquer coisa quando levam as crianças", disse à Lusa o vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes.
Os primeiros quiosques a entrar em funcionamento, no próximo dia 12, vão levar à Praça das Flores, ao Príncipe Real e ao Largo de Camões um pouco do espírito vivido no século XIX e no início do século XX, com a venda de bebidas feitas na altura e sandes, salgados e doces com sabores lisboetas em estruturas antigas recuperadas.
De momento, a Câmara está a promover cinco concursos para atribuição do direito de exploração de novos espaços de restauração em áreas verdes e de lazer, cujos prazos para apresentação de propostas terminam ainda este mês.
Até ao dia 13 estão abertas as candidaturas relativas ao edifício do Eucaliptal de Benfica, encerrado há mais de um ano, e ao novo quiosque do Jardim das Amoreiras, onde a retirada do anterior, em 2008, gerou alguma contestação entre a oposição e moradores.
José Sá Fernandes sublinhou, no entanto, que a estrutura era muito pequena, estava "muito degradada" e nem era a original.
O novo quiosque, que deverá abrir em Maio, terá esplanada, casas de banho e Internet sem fios gratuita (disponível em todo o jardim) e será concessionado por um período de cinco anos, prorrogável até oito, mediante uma renda mínima mensal de 800 euros.
No dia 27 terminará o prazo para a entrega de propostas para o quiosque do Jardim de Botto Machado, a inaugurar em Maio ou Junho, e do restaurante de Montes Claros, no Parque Florestal de Monsanto.
O maior concurso, para o qual são aceites candidaturas até ao dia 30, refere-se, porém, a seis novos quiosques do ramo alimentar com área de esplanada na Avenida da Liberdade, dedicados a seis "temáticas": chocolate, chá e cafés; saladas, frutas e sumos naturais; vinhos, queijos e enchidos; petiscos/tapas; cervejaria e tema livre.
Neste caso, é o vencedor que tem a responsabilidade de fornecer, instalar e explorar as estruturas, que vão abrir ao público até ao final de Julho.
Os seis quiosques, concessionados por 10 anos (prorrogáveis até 16) por um total mensal de três mil euros, terão Internet gratuita e serão uma "reinterpretação dos antigos quiosques lisboetas do final do século XIX".
Segundo a Câmara, um destes espaços terá de envolver a participação de escolas de hotelaria, cozinha ou restauração da região de Lisboa.
"A ideia é ter sítios diversificados, com bom aspecto, que criem ali um verdadeiro passeio", explicou o vereador, sublinhando que a iniciativa se integra na intenção municipal de diminuir o trânsito nas laterais da Avenida da Liberdade.
Esta é precisamente a preocupação do presidente da União das Associações de Comércios e Serviços, Vasco de Melo, que considera a instalação dos quiosques positiva, mas teme que este seja um primeiro passo para cortar a circulação automóvel nas vias paralelas.
"A avenida tem um público que gosta de marcas internacionais de prestígio e vem para a zona de carro. Ninguém vai e volta de metro se for comprar uma mala Louis Vuitton, de centenas de euros", defende.
Já o presidente da direcção da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, Mário Gonçalves, não aplaude nem critica os novos equipamentos: "Com certeza que não nos vamos opor, mas neste momento Lisboa está bem servida no que respeita a estabelecimentos de restauração e bebidas".
In RTP.pt
Olha, mas equipamentos para serem grafitados e vandalizados e assim ficarem meses e meses...
ResponderEliminarCorrecção: MAIS (e não mas).
ResponderEliminarUm executivo de cabeça perdida, para SETEMBRO ELEIÇÕES
ResponderEliminarQue trapalhada esta de misturar o eucaliptol de Benfica, o matagol de Monsanto (etc)... com O JARDIM da Estrela ,único Jardim digno deste nome.
ResponderEliminarO Dr JS Fernandes,advogado, tem-se por vereador de "áreas-verdes-e-de-laser" e de publicidade-e-cª-limitada !
Precisamos urgentemente de um ARQUITECTO PAISAGISTA,tipo Ribeiro Telles, num Pelouro da CML a designar por AMBIENTE e esquecer a idiotice dos "Espaços-Verdes"...e destes advogados lá infiltrados !
Lobo Villa
Vê-se mesmo que as eleições estão à porta! Tenham vergonha!
ResponderEliminarRecuperar os quiosques, acho muito bem. se é por causa das eleições, então que as eleições passem a ser anuais. Eu, como eleitor, apoio...
ResponderEliminarSó me parece que para a já de si péssima mobilidade em Lisboa, esta concessão dos quiosques à Catarina Portas será péssima.
É que ela tem uma beleza de fazer parar o trânsito... :-)