In Lusa
«O mercado de artesanato da Rua Augusta, em Lisboa, foi hoje "extinto por notificação da Câmara de Lisboa" por a actividade "colidir" com a agenda do novo Museu do Design, disse à Lusa fonte próxima dos artesãos.
Segundo Joana Cordeiro, familiar de um dos doze artesãos que têm bancas junto ao Arco da Rua Augusta, a primeira referência ao encerramento das vendas foi feita na terça-feira, durante uma reunião com serviços camarários.
"Foi a primeira vez que ouvimos falar nisto. Na quarta-feira à tarde já recebemos uma notificação a dizer que a partir de hoje o mercado estava extinto definitivamente, portanto, num prazo de 24 horas", contou, adiantando que a justificação se prendia com a abertura, na sexta-feira, do Museu do Design e da Moda (MUDE), na mesma rua.
"Hoje tivemos direito a uma audiência com a vereadora do Abastecimento e foi-nos dito que as actividades não se coadunam com a agenda do MUDE", explicou.
Joana Cordeiro disse que a autarquia propôs alternativas - a Praça da Figueira, o Parque Eduardo VII e o Cais do Sodré -, mas as propostas não satisfazem os artesãos, já que essas zonas não têm ambientes adequados para acolher um mercado que é há anos uma imagem de marca da Rua Augusta.
Os artesãos já não montaram as suas bancas hoje e temem que não haja solução para as suas vendas: "as consequências são gravíssimas. São doze famílias que ficam em dificuldades".
"O MUDE fez uma conferência de imprensa a manifestar a sua intenção de dinamizar a cidade e a única dinâmica inicial é o desemprego. A vereadora disse hoje que o mercado da Rua Augusta acabou", contou Joana Cordeiro.
A Lusa procurou contactar a vereadora responsável pelo Abastecimento, Ana Sara Brito, e o director do mesmo departamento, João Rodrigues, o que não foi possível até ao momento.
ROC.
Fonte: Agência LUSA»
Bom, perdoem-me a franqueza, mas parece-me que só por isto já valeu a pena o tal de MUDE. Aquele artesanato que ali andou anos a fio, além de não o ser (artesanato), era impróprio (qualquer vilória francesa ou italiana tem melhor "mercado" que aquele) para aquele espaço nobre da cidade, que se chama Rua Augusta.
Exactamente: o problema foi terem deixado instalar-se ali durante anos um «artesanato» que de artesanato pouco ou nada tem.
ResponderEliminarPor piada, há até caixas MB inacessíveis, uma inclusivé por lá estar sempre gente com o rabo sentado.
No entanto, o assunto não pode ser tratado na base do «amanhã, sai tudo daqui para fora».
Olha se era no tempo dos embargos do Sá Fernandes...
concordo.
ResponderEliminaraquilo e as feiras de domingo nas arcadas são do mais piolhento que há.
nada dignificante.
mas não se pode dar um chuto nas pessoas dessa forma. afinal, estavam lá legalmente.
e todas as ruas comerciais de qualçquer cidade euro+eia têm artistas de rua e afins. tb não se pode querer um ambiente aséptico.
portanto, a coisa não devia ser tratada com tamanha ligeireza...
Talvez a partir de Outubro as pessoas passem a contar sejam eles lisboetas ou trabalhadores em Lisboa.
ResponderEliminarA prepotência deste tipo de atitudes são lesivas à democracia.
PS:Apesar do "artesanato" na generalidade não ter qualquer interesse cultural.
Se nos limitarmos ao rigor das normas ninguém foi chutado, pois as licenças para este tipo de actividade são de caractér precário e por natureza (de acordo com as próprias condições de adjudicação dos lugares) podem acabar de um momento para o outro.
ResponderEliminarContudo, julgo que em tudo isto há uma lamentável falta de coragem dos responsáveis camarários. Acabar de um momento para o outro é possivel legalmente, mas estamos a falar de pessoas, para as quais aquela actividade era a sua vida. E assim sendo em termos humanos, foram chutados sim!
Por isso, independentemente dos legalismos deveria haver uma informação sobre o fim deste mercado com uma antecipação maior.
Claro que uma antecipação maior favorece o aparecimento de movimentos contestatários, o que é sempre uma "maçada".
Eu acho uma mais-valia para o local o fim deste mercado, contudo lamento a falta de coragem na forma como as coisas foram feitas.
Ter lugares de decisão política implica a assumpção de posições com frontalidade e implica também que os cidadãos sejam tratados como pessoas, com o mínimo de respeito.
Pelo que leio aqui, nem uma coisa nem outra parece ter existido. Infelizmente!!!
mas porque é que não vão para a Praça da Figueira e a situação fica resolvida? Não foi o que foi proposto? É uma opção assim tão má...
ResponderEliminarA Praça da Figueira é a vergonha de muitas vergonhas da Baixa. Ponham lá este "artesanato", sempre dá alguma vida àquilo.
ResponderEliminarE porque não o Martim Moniz, que ficou tão bonito desde que o João Soares mandou fazer aqueles magníficos arranjos?
ResponderEliminarE os skaters da Praça da Figueira vão para aonde?
ResponderEliminarSinceramente nao percebo.
ResponderEliminarEntao ainda lhes dao 3 locais de escolha para continuar a actividade, e os meninos armam-se em finos e dizem que nao querem. Sao 3 locais, no meu ver muito bons. Mas se calhar eles queriam era uma coisa mais central. Para quem precisava de ganhar dinheiro no fim do mes, anda muito esquesito.
Excelente noticia! O mau aspecto que as tendas e bancas davam a uma das areas mais nobres da cidade era inaceitavel.
ResponderEliminarNão concordo nada, acho sim que davam vida!
ResponderEliminareu gostava de passear por ali e de os ver.. e de ver os turistas a vê-los. Ao sol e ar livre. Mas é mais cool o mude.
ResponderEliminarMudasti Lisboa
Anónimo disse...
ResponderEliminareu gostava de passear por ali e de os ver.. e de ver os turistas a vê-los. Ao sol e ar livre. Mas é mais cool o mude.
Mudasti Lisboa
3:44 AM
Nem mais!
Estiveram ali 30 anos..?? A mim nunca me incomodaram e era negócio que turista gostava. Há coisas bem piores para o aspecto da zona....começando por o próprio arco em péssimas condições.
ResponderEliminarHá coisa bem ,bem, piores e parece que não incomodam ninguem.Porra!!!
ResponderEliminarÉ degradante esta forma de tratar as pessoas. Pensei que o A.Costa se regesse por outros princípios. Não é assim que se faz uma cidade decente.
ResponderEliminarSe é pelo dignificação que dão à Rua Augusta, então o que serão as esplanadas do lado do Rossio, plantadas com "temporários" chapéus bem no centro da rua?
ResponderEliminarA câmara deve uma desculpa do tamanho do mundo aos artesãos expulsos! Não é de pessoa de bem notificar a 19 e expulsar a 20.
ResponderEliminarTanta coisa para fazer pela baixa antes de ''limpar a rua de bancas''
A rua Augusta merece melhor que este mercado de rua sem categoria, mas sinceramente a culpa não é de quem lá está a fazer pela vida.
ResponderEliminarA culpa é de quem lá os pôs ou seja a digníssima Câmara Municipal de Lisboa.
Há que seleccionar em concurso quem pode ocupar estes espaços que são o cartão de visita da cidade, se é mesmo que devem ser ocupados.
Mas estes senhores que nos desgovernam não sabem o que isso é.
Agora arranjaram a desculpa do MUDE para tirar de lá este mercado de fancaria. Por um lado ainda bem, mas arranjem alternativa, pois estavam ganhando pela vida, coisa que vai sendo difícil.
Já agora para quando mandar fazer uma limpeza a este arco fantástico que é o da Rua Augusta. Está com um aspecto deprimente.
Ainda tive a esperança aquando do arranjo do relógio que se fizesse também a limpeza ao mesmo tempo, mas isso neste Portugal dos pequeninos, é fazê-los pensar demais e depois ficam muito cansados. É verdade, já me esquecia que é preciso dar trabalho aos empreiteiros e assim montam o andaime duas vezes e toca a cobrar mais.
ja se pensou que se calhar aquilo estava com mau aspecto por causa da camara de lisboa nao fiscalizar o mercado nao dar bancas com mais bom apecto ja que a camara tem tao bons arquitectos ou so o MUDE pode ficar bonito???
ResponderEliminarja se pensou que sao 12 familias que vao para o desemprego com a crise de desemprego a nivel mudial..
ja se pensou que que vamos ao site da CML e os lugares destes artesoes ja estam a venda por hasta publica iso tudo por dinheiro sera??
ja se pensou que se calhar os lugares alternativos percisam de condiçoes minimas o que eu no meu a ver nao há em nenhum.
Temos que pensar que são 12 familias que ali trabalharam durante 24 anos que eram um apoio de informação turistica para os turista sim, porque o unico poste turisto fica no meio da rua e que ajudavam os turistas depois de ser roubados sim porque a policia tem sempre mais que fazer e ao fim de 24 anos sao chutados dali par fora de um momento para o outro em 24 horas sem tempo para pensar sem dignidade denhum pelo o que fizeram pela a cidade durante 24 anos.
Ha situaçoes que me custam a ver como cidadao lisboeta e como Portugues esta é uma delas as pessoas que trabalham na camara começando no presidente tenham vergonha porque as pessoas nao podem ser assim tratadas isto é desumano
De facto sou da opinião que aquelas 'artesãos' ali ficassem. Quer dizer, pelo menos esses nunca me incomudaram ao contrário, por exemplo, das esplanadas no meio da rua ou d'os vendedores de ervas aromaticas dizendo que é droga. Esses sim são inconvenientes que deveriam ser extintos. Por acaso até aprecio imenso aquelas pinturas e caricaturas que estavam a venda na Rua Augusta.
ResponderEliminarOs que dizem: "queres chamom, coca" qt muito podem ser multados por um policia municipal por ñ terem licença de venda, mas ñ se pode fazer mais nada pq o que eles vendem ñ é droga! Vendem é outras coisas legais ao preço de droga! O mais engraçado é que já vi turistas estupidos a comprar! Ganda banhada que levaram!
ResponderEliminarDecisão degradante.
ResponderEliminarE aqui, com o teor do comentário do post e de alguns dos comentários aqui desenvolvidos, parece que o degredo é maior...
Por alguma coisa aquela é a Praça do COMÉRCIO.
Querem uma merda de uma cidade museu. Cada vez mais vontade tenho de me ir embora.
Na tentativa de manutenção do Mercado de Artesanato na rua Augusta, por mais este Verão, p.f. assinem e divulguem a petição
ResponderEliminarhttp://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=RAugusta
Obrigado!!