In Público (10/7/2009)
Inês Boaventura
«Aos críticos, o vereador diz que quando se denunciou e quando pôs as mãos à obra "os valores" pelos quais se norteou "foram exactamente os mesmos"
José Sá Fernandes admitiu ontem vir a integrar a lista do socialista António Costa às eleições autárquicas de Outubro. Mas o vereador avisa que será "intransigente" e que o acordo, a discutir nos próximos dias, só avançará se o actual presidente da Câmara de Lisboa aceitar incorporar no seu programa eleitoral as propostas da associação cívica Lisboa É Muita Gente.
A "defesa da estrutura ecológica municipal e metropolitana" e o "combate por uma gestão municipal transparente e rigorosa" são as áreas de actuação eleitas como fundamentais pelo movimento, que inclui independentes, renovadores comunistas e fundadores do Movimento Partido da Terra e do Partido Popular Monárquico.
Sá Fernandes justificou a opção por apresentar o seu programa a António Costa dizendo que o socialista "foi o único que mostrou abertura" para tal, e admitindo que seria "uma tentativa um pouco exótica" encetar diálogo com as restantes forças da autarquia para que incorporassem as propostas do movimento que encabeça nos respectivos programas eleitorais.
O vereador, que em Abril se tinha assumido como um dos defensores de uma convergência de esquerda nas eleições autárquicas, lamentou ontem que não tenha sido possível alcançar esse objectivo. A culpa, diz, é dos que "acham mais importantes os seus símbolos do que os interesses de Lisboa", dos que "por uma questão de política nacional reduzem Lisboa a uma tarefa secundária" e dos que "dizem que não se querem diluir em listas de outros partidos".
"Publicamente António Costa endereçou-me convites para integrar as listas, mas ainda não acertámos isso", garantiu Sá Fernandes. Ainda assim, o advogado, que nas últimas autárquicas foi eleito como independente pelo Bloco de Esquerda (força que entretanto lhe retirou a confiança política), não esconde que "daqui a um ou dois anos" espera promover, "como vereador", um encontro com apoiantes e jornalistas "para prestar contas".
Num balanço dos últimos quatro anos na autarquia, Sá Fernandes considerou que os primeiros anos (durante a presidência do PSD) foram "de denúncia" e os restantes (já com António Costa) serviram para "pôr as mãos à obra". Aos que o criticam pela mudança, assegurou que "os valores foram exactamente os mesmos quando se denunciou e quando se fez": "rigor, transparência e participação". »
LOL
Ao Costa ainda vai sair muito caro pactuar com o VENDIDO do Sá Fernandes, que é um incompetente, um incapaz e alguém cujas promessas não valem NADA.
ResponderEliminar"Mãos à Obra"???? Que fizeste tu nestes dois anos? Só me ocorre a triste figura que fizeste nos casos da Praça das Flores e das Janelas Verdes. Veja-se a Carta do Ruído, da tua responsabilidade, que não inclui uma única medida para resolver o problema, e que tem tantos erros que anda para lá e para cá há meses.
ResponderEliminarO Costa vai perder muitos votos à custa deste Fernandes.
Oh que pena! Assim mata-se dois coelhos duma só cajadada! São os dois derrotados duma vez.
ResponderEliminarAssim fica tudo esclarecido, são todos muito pro-cidadão, fez-nos pagar bem o tunel, todos mt pelas arvores, pelos lisboetas, mas depois... de lá estarem dentro é tudo o mesmo. Entreguem isto a uma empresa para gerir, pq assim não vamos lá.
ResponderEliminarSe o Sá Fernandes admite concorrer, o Lisboeta deve assegurar-se de que corre com ele de onde está.
ResponderEliminarRidiculo
ResponderEliminarAntonio Costa não está interessado na CML quer ser o novo secretario geral do PS, pois caso contrario
ResponderEliminarnão convidava Sá Fernandes, só falta mesmo vir agora convidar o Manuel Salgado.