Até nova avaliação, as noites de fim-de-semana no Bairro Alto passam a durar até às 3h
Câmara de Lisboa chegou a novo acordo com os comerciantes, "entregou--lhes" um Guia de Boas Práticas Comerciais e deu luz verde a 15 esplanadas
A O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, congratulou-se ontem com o "diálogo frutuoso" entre a autarquia, Juntas de Freguesia e comerciantes relativamente ao alargamento do horário de funcionamento dos bares do Bairro Alto até às 3h. Em Maio do próximo ano será feita nova avaliação do horário de funcionamento.
"Agora, é fundamental que tudo corra bem", declarou António Costa à Lusa à margem de uma visita aos Terraços do Carmo, que serão demolidos a partir de amanhã, e depois da inauguração dos miradouros da Penha de França (ver texto abaixo), após obras de requalificação.
O autarca explicou que, quando da alteração dos horários de encerramento das 4h para as 2h, ficara estabelecido que no início do Verão haveria "uma avaliação do processo". "A avaliação foi feita, quer com os comerciantes, quer com os moradores e representantes das Juntas de Freguesia e sexta-feira houve um acordo final relativamente ao alargamento do horário nas vésperas de feriado, sextas-feiras e sábados, acompanhado de um reforço da presença policial, da fiscalização e manutenção da ordem pública, e isso é uma condição essencial para que tudo possa funcionar melhor", referiu Costa.
Regozijando-se com o facto de ter sido "um grande ganho fazer isto por acordo", António Costa afirmou que os resultados serão avaliados em Maio do próximo ano, acrescentando que "se tudo correr bem podemos prosseguir, se as coisas não correrem bem teremos de tomar outras medidas".
Questionado sobre se as preocupações dos comerciantes face ao prejuízo financeiro devido à antecipação do horário de encerramento pesaram na decisão da autarquia, António Costa considerou que "ninguém pode ser insensível à conjuntura económica" que o país atravessa: "Este ano tem sido um ano muito duro para toda a actividade económica e não podemos ser insensíveis a isso."
Paralelamente ao novo horário de funcionamento do bairro, a câmara anunciou também, em comunicado, que aquele espaço público terá ainda, em breve, mais 15 esplanadas, "sem prejuízo para os lugares de estacionamento existentes", lê-se na nota camarária, e que será publicado um Guia de Boas Práticas Comerciais, dirigido aos comerciantes.
"Agora, é fundamental que tudo corra bem", declarou António Costa à Lusa à margem de uma visita aos Terraços do Carmo, que serão demolidos a partir de amanhã, e depois da inauguração dos miradouros da Penha de França (ver texto abaixo), após obras de requalificação.
O autarca explicou que, quando da alteração dos horários de encerramento das 4h para as 2h, ficara estabelecido que no início do Verão haveria "uma avaliação do processo". "A avaliação foi feita, quer com os comerciantes, quer com os moradores e representantes das Juntas de Freguesia e sexta-feira houve um acordo final relativamente ao alargamento do horário nas vésperas de feriado, sextas-feiras e sábados, acompanhado de um reforço da presença policial, da fiscalização e manutenção da ordem pública, e isso é uma condição essencial para que tudo possa funcionar melhor", referiu Costa.
Regozijando-se com o facto de ter sido "um grande ganho fazer isto por acordo", António Costa afirmou que os resultados serão avaliados em Maio do próximo ano, acrescentando que "se tudo correr bem podemos prosseguir, se as coisas não correrem bem teremos de tomar outras medidas".
Questionado sobre se as preocupações dos comerciantes face ao prejuízo financeiro devido à antecipação do horário de encerramento pesaram na decisão da autarquia, António Costa considerou que "ninguém pode ser insensível à conjuntura económica" que o país atravessa: "Este ano tem sido um ano muito duro para toda a actividade económica e não podemos ser insensíveis a isso."
Paralelamente ao novo horário de funcionamento do bairro, a câmara anunciou também, em comunicado, que aquele espaço público terá ainda, em breve, mais 15 esplanadas, "sem prejuízo para os lugares de estacionamento existentes", lê-se na nota camarária, e que será publicado um Guia de Boas Práticas Comerciais, dirigido aos comerciantes.
Miradouro da Penha de França vai integrar antigo depósito da EPAL
A O depósito da EPAL situado nas traseiras da igreja da Penha de França, em Lisboa, poderá vir a ser um restaurante, e a ligação ao topo do edifício deverá ser feita por um elevador exterior, segundo o que disse ontem José Sá Fernandes. Integrado no miradouro da Penha de França, ontem inaugurado pelo vereador e por António Costa, presidente da Câmara Municipal, após obras de requalificação, foi lançado agora um concurso de ideias para o aproveitamento do desactivado espaço da EPAL, depois de um protocolo entre a empresa pública e a autarquia.Com vista alargada sobre a capital, o miradouro da Penha de França é mais um espaço recuperado naquela que é uma tentativa de criação de uma rota de miradouros sustentada por apoios físicos de restauração. Como tal, o miradouro do Monte Agudo, igualmente na Penha de França, foi também ontem inaugurado, embora o quiosque que aí vai ser colocado não tenha ainda ido a concurso. Para este mês está prevista a inauguração do miradouro do Torel. Já o miradouro de Santa Luzia só terá concurso para as suas obras em Setembro.
finalmente.
ResponderEliminara CML estava a matar uma das melhores dinâmicas da cidade.
assim, corrige a mão, a bem da cidade
muita dinâmica, é pena ninguém conseguir dormir
ResponderEliminare é pena que nesse "acordo" não tenham sido ouvidos os moradores. costa cedeu ao lobby da noite, como toda a gente
Pena é também esquecermo-nos que o mesmo senhor que agora diz é até às 3h, foi o mesmo que há não mt tempo disse que era só até à 2h... é um diz-que-disse e contradições que não param!
ResponderEliminarÉ terceiro-mundista que se admita barulheira em zonas habitacionais até essas horas (e de facto até muito depois, porque as pessoas ficam na rua muito depois das horas de fecho).
ResponderEliminarNão me interessa nada a dinâmica, mudem a dinâmica de sítio e deixem descansar quem tem esse direito.
O direito a fazer barulho não pode de modo nenhum suplantar o direito ao descanso e ao sossego em nenhuma parte civilizada do mundo.
Nunca percebi porque a ASAE não fiscaliza o que se passa na noite, de está tudo em condições, se não há menores, se há drogas ilegais, se as lotações são respeitadas, se os níveis de ruído o são também, se as bebidas não são maradas, se as casas de banho estão em condições, se passam recibo a quem o pedir, coisas assim que eles andam a verificar por todo o lado.
ResponderEliminarcaros
ResponderEliminara maior parte dos donos de bares do bairro alto são moradores e a maior parte das queixas contra barulho eram feitas como retaliação e concorrência entre bares.
basta consultar as queixas feitas poor barulho e, muitas das vezes, um suposto morador queixava-se de um suposto bar barulhento, a 3 ruas de distância...
pois.
e basta consultar as queixas por assalto e agressão, para ver que os factos mais que duplicaram desde que os horários foram reduzidos. SE antes o bairro se era movimentado até as 5h, passou a ser apenas até ás 2h. Quem saía das discotecas, clubes ou vionha de outros bairros para ir buscar os carros estacionados era frequentemente assaltado.
desde que os bares passaram a fechar ás duAS, o policiamento passou para metade, já que os bares não podiam pagar a segurança própria.
e um dos bairros mais dinâmicos da cidade perdeu gás. essa di`^amica é responsável por receitas na restauração e importante cartaz turístico da cidade. Não pode ser desprezado.
E ainda por cima estamos a falar apenas de sextas, sábados e vésperas de feriados.
Basta consulta a facturação da maior parte dos estabelecimentos e rapidamente se chega ás quebras de mais de 50% da facturação.
Basta ver as reportagens da TV para assistir a velhotes e velhotas, completamente impotentes perante o que se lhes passa à porta, a queixarem-se.
ResponderEliminarOu pensam que naqueles prédios moram donos de bares e noctívagos?
Sempre gostava de saber quem inventou essa de que os moradores do bairro alto são donos de bares. Deve ser por isso que nesta reunião se abdicou da presença dos moradores e apenas se falou com os donos dos bares. A quem interessam os moradores, afinal?
ResponderEliminarAntónio Costa deu mostras de falta de visão urbanística e de determinação política.
Dizer que a bagunça nocturna acarreta problemas de qualidade de vida dos moradores e, ao mesmo tempo, achar que se pode deixar aquilo rolar até às 3 da manhã é, no mínimo, imbecil.
Santana também já disse que quer criar um BA "quase sem horários" e que deseja mais "animação" no sítio.
Uma boa solução para o caso era forçar os candidatos a viver no BA durante uma ou duas semanas. Como isto não vai acontecer, resta esperar umas décadas por uma "mudança de paradigma".
Até lá, deixem os moradores do BA morrer. E podem ter a certeza que todos morrerão mais cedo.
o anónimo das 02:45 é um habilidoso com os argumentos, constroi uma bela teoria baseada, perfeitamente consistente, mas assente em factos fantasiosos ou pontuais.
ResponderEliminara cidade cosmopolita é uma necessidade cultural e económica, mas não pode ser feita à custa dos desgraçados que a habitam.
as zonas de diversão não podem pôr em causa a vida de quem lá mora.
deveríamos ser capazes, TODOS, de nos pôr no lugar doi outro.
se tivesse que se levantar àa 06:30 para trabalhar e só pudesse, TODOS OS DIAS, adormecer às 03:30, qual seria o estado de espirito?
o BA devia fechar à meia noite e as zonas de diversão deviam estar localizadas em áreas não habitadas - tipo docas, dos dois lados do rio, evitando excessos de concentração em lisboa
O anónimo das 11:12 tem toda a razão. É a solução óbvia, evidente, intuitiva.
ResponderEliminarHá dezenas de zonas industriais em Lisboa abandonadas, perfeitas para o efeito.
Como digo, resta esperar por um político com visão, sem medo das máfias e lobbies da noite, ou por uma mudança de paradigma que faça que as pessoas deixem de considerar tudo aquilo "normal"
Pode ser que a nova aliada do Costa, a arquitecta Roseta, se ofereça para ir morar no Bairro Alto a fim de testar esses novos horários.
ResponderEliminarE depois entre o Bairro Alto e a CML é um instantinho, de bicicleta, meio de transporte usado pela senhora.
devem pensar que um bairro comercial ou hábitos da população se fazem por decreto.
ResponderEliminarera só a CML mandar e em vez de sairmos á noite no bairro íamos para xabregas...
pois...
Guerra perfeitamente escusada. muito se disse na altura mas nada. agora em vespera de eleiçoes vai de dar uma volta ao texto pois são mais os que lá vão dos que os que lá moram, porém concordo com a medida e entendo que o BA tem de ser considerada zona de excepção.
ResponderEliminar"entendo que o BA tem de ser considerada zona de excepção"
ResponderEliminarexcepção à lei, claro está - uma espécie de off-shore urbanístico controlado pela máfia da noite.