In Diário de Notícias (17/8/2009)
«As freguesias da zona histórica de Lisboa são as menos escolhidas por quem admite mudar de casa e viver no centro de Lisboa. Esta realidade foi revelada no inquérito "Viver Lisboa". Do total de inquiridos residentes em Lisboa, mais de metade (72,9 por cento) manifestaram vontade de continuar a viver na capital. Os que admitem mudar, indicam as freguesias da Coroa Norte (Ameixoeira, Lumiar, Charneca e Carnide).
As freguesias da área histórica habitacional são as menos escolhidas (só 13 por cento dos que admitem mudar de casa), o que mostra a pouca atractividade destas áreas da cidade.
"Os bairros históricos foram postos de parte pela população. A maior parte tem grandes problemas de estacionamento e falta de equipamentos", comentou o vereador com o pelouro do Urbanismo da câmara de Lisboa. Manuel Salgado sublinhou que nestas zonas "só a classe alta acaba por se fixar, uma vez que as operações de reabilitação necessárias são profundas e dispendiosas".
Salgado destacou ainda as preferências dos residentes e de quem gostaria de morar em Lisboa pelas freguesias da coroa Norte, "de construção mais recente e que estão bem equipadas".
Seguem-se nas preferências dos inquiridos as zonas de Campo Grande, S, João de Brito, Nossa Senhora de Fátima e Alvalade).
O inquérito "Viver Lisboa" foi elaborado pela autarquia, em conjunto com o Instituto Superior Técnico e abrangeu residentes e pessoas que trabalham na capital.»
Este post é uma quase-repetição do post anterior "Lisboetas mostram resistência a possível mudança de habitação" - a fonte é diferente, mas o conteúdo practicamente o mesmo.
ResponderEliminarNão ia morar para a parte norte da cidade nem que me pagassem. As pessoas não querem ir para os bairros Históricos(?) porque nunca houve incentivos para que isso acontecesse ,bem pelo contrário,e a CML é a primeira a ter edifícios degradados, em obras infinitas e quando requalificados não colocam lá ninguem a viver, basta ver o que acontece em Alfama.
ResponderEliminarTenho muitas duvidas que os jovens não gostassem de lá morar se tivessem condições para tal.As pessoas são o coração dos bairros, quando deixarem de lá viver estes morrem.
Este inquérito não mostra as "preferências das pessoas,mas apenas onde há ou não estacionamento.
ResponderEliminarSobre estacionamento deixo um comentário no post seguinte sobre a EMEL.
Já pensaram que falta onde estacionar no centro de Lisboa?
ResponderEliminarUma das coisas boas do centro de Lisboa é que é possível lá viver sem veículo próprio.
ResponderEliminarTenho amigos que vivem no centro de Paris que optam como muitos outros nesta cidade, por não ter carro. Vão para o trabalho de metro e quando precisam de fazer uma viagem de automóvel alugam um. Isto sai-lhes muito mais barato e tem toda a lógica. o problema de Lisboa é que o seu centro foi sendo abandonado pelos habitantes pelas mais diversas razões e infelizmente o automovel ainda é a maneira mais rápida e mais comoda para chegar para quem vem de diversas zonas da periferia ou até de dentro da própria cidade.É urgente dotar a cidade de mais e melhores transportes públicos, mais rápidos,comodos e frequentes, incentivar o uso de motos e bicicletas e obviamente incentivar também o repovoamento do centro da cidade e o desenvolvimento de empregos.
ResponderEliminarA conversa é a mesma de à 15 anos! Daqui a 15 será que já mudaram o disco?
ResponderEliminarAs pessoas a quem se coloca a questao sao suburbanas e a sua resposta revela claramente a sua mentalidade suburbana. O pensar em funcao do carro tem tudo de suburbano. Se morassem em Lisboa saberiam que nao necessitam de ter carro para o dia-a-dia. Eu sempre morei em zona historica e nunca me desloquei para o trabalho de carro, tenho carro mas apenas para sair da cidade ao fim-de-semana.Sou efectivamente um condutor de domingo, e com muito orgulho.
ResponderEliminarOs bairros das freguesias da coroa norte parecem-se realmente com suburbios, pelo que faz todo o sentido que os suburbanos para la queiram ir morar...
ResponderEliminarOs centros historicos tenderao a ser povoados, por um lado, por jovens e idosos, e por outro lado, pelas elites.Isto e o que se verifica na maior parte dos paises europeus. Os apartamentos pequenos (T0, T1) sao ideais na fase inicial e na fase final da vida (solteiros,casais jovens s/filhos, idosos) e os apartamentos maiores (T2 e +)tenderao a ser ocupados pelas elites culturais e intelectuais. Sao estas elites que eventualmente podem apreciar viver em ambiente historico.Nao sera concerteza o canalizador que agora vive em Loures que de um momento para o outro decide ir morar para o Castelo para ter vista de rio e estar perto de museus, cafes e restaurantes.Este processo ja aconteceu na maior parte das capitais europeias.Tambem vai acontecer um processo de remodelacao dos apartamentos mais pequenos tendo em conta esta nova realidade, a tendencia sera juntar 2 apartamentos pequenos para fazer um maior, ou fazer um grande de um predio inteiro. Eu ja morei no centro historico de Amesterdao e no meu bairro mais de 80% da pop. tinha habilitacoes superiores. Nos suburbios esta taxa era muito mais baixa.Este processo sera a unica forma de salvar o centro historico.
ResponderEliminarO comentario anterior é horrivel! Um canalizador não pode gostar de ver o rio, só porque é canalizador!!! Estupidez. Mais um emigrante que voltou da Holanda com a mania que é muito importante. Está-se mesmo a ver que os idosos ricos apreciam calçada torta e subir escadas!
ResponderEliminarO Castelo é só a freguesia de Lisboa que tem os residentes mais pobres! Se não fosse a intervenção da junta nos ultimo anos ainda hoje muitos não tinham água e casa de banho em casa, e nem todos foram contemplados, ainda há quem tenha que ir aos balneários publicos.
Basta ir aos bairros historicos e ver a "elite" que lá vive. Então na Mouraria e no intendente ui ui! É que nem a elite das prostitutas, dos toxicodependentes e dos imigrantes ilegais lá vive!
o inquérito não mostra prefer~encias, em opções, mas sim condicionantes.
ResponderEliminareu quero viver na zona histórica, mas não ha estacionamento, transportes, não ha casas recuperadas, as que existem estão podres e mesmo assim caras, não ha equipamentos, não ha cuidado, ha criminalidade, há sujidade.
eu não opto pela zona norte, sou obrigado a viver na zona norte.
tão a norte que é fora da cidade.