"Lisboa e Porto estão mais perto de iniciar a redução da emissão de partículas poluentes dos veículos pesados. Os testes aos filtros de partículas que decorreram nos últimos meses demonstraram a sua eficácia.
É impossível quantificar aquilo que vai ser reduzido em termos de partículas poluentes do ar, dizem os especialistas. Porém, a notícia de que, com filtros especiais, a sua emissão é reduzida quase a cem por cento, sem grande impacto na potência dos motores e nos custos de combustível, deixou os representantes das transportadoras satisfeitos.
Na apresentação dos resultados dos testes aos filtros de partículas em veículos pesados que circulam nas regiões de Lisboa e do Porto, que decorreu ontem nas instalações da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), Pedro Gomes, da Universidade Nova destacou a "diminuição significativa" dos valores da opacidade após as medições com os filtros instalados nos veículos".
Através da medição da opacidade (nível de poeiras poluentes) ficou claro, segundo o especialista, que houve reduções de 90%, 95% e até 100% das emissões.
Valores importantes tendo em conta que as partículas inaláveis são poderosos poluentes atmosféricos com efeitos provados na saúde humana (asma, bronquites, cancro, etc).
No showcase apresentaram-se três fabricantes - Pirelli, Camprovis (portuguesa) e Dinex. Estes fabricantes demonstraram o tipo de filtros indicados para cada tipo de veículo pesado.
Apesar de terem sido registadas perdas de potência em algumas viaturas (por exemplo, em operações de grua numa das viaturas de limpeza urbana da CML), esse facto não se confirmou em todas.
Também se registaram situações de aumento do consumo de combustível. Porém, disse Pedro Gomes, "outros factores parecem ter sido decisivos para esse desfecho: diferentes condutores, diferentes percursos, diferentes níveis de carga ou serviço", o que tornou difícil fazer comparações.
Os custos de instalação envolvidos na aquisição dos filtros para todos os casos testados é de cerca de 5 mil euros por filtro, podendo haver mais custos envolvidos no caso de ser necessário um aditivo (casos dos filtros Pirelli e Camprovis).
Segundo foi defendido ontem, o Estado deverá constituir-se parceiro não só estabelecendo regras de funcionamento do sistema de filtros, como apoiando a sua instalação nos veículos pesados.
Uma das propostas foi a criação de benefícios fiscais. Outra, a introdução das zonas de emissões reduzidas (ZER) e de regimes de portagens em função do desempenho ambiental das viaturas.
Os filtros serão obrigatórios por directiva europeia, no âmbito de um plano que inclui medidas destinadas a reduzir as emissões de partículas em suspensão"
Fonte: Jornal de Notícias
Aqui está uma boa notícia. Reduzir as partículas poluidoras da atmosfera urbana para que possamos respirar melhor, principalmente nas cidades. Como poderíamos andar de bicicleta, passear as crianças pelos passeios, com a atmosfera inrespirável, cada vez que passa um pesado, um autocarro? Nem pensar!
ResponderEliminarAgora é aplicar filtros também nos carros mais antigos.