27/09/2009

Lixo atirado do Parque Mayer para o Jardim Botânico



Fotos: SN © 2009 (clicar nas imagens para ampliar)


A nova plateia do Parque Mayer está praticamente colada ao muro do Jardim Botânico e como seria de esperar agora existe um lastro de lixo nos limites do Jardim.

A civilizada audiência das últimas filas da bancada não só deixa lixo nos assentos como o atira para dentro do Jardim Botânico e pela colocação de algumas garrafas dá a impressão que também o invade.

Afinal é permitido beber durante os espectáculos?

Como é fácil de concluir a vizinhança do Jardim Botânico devia ser outra; e a ser esta como é possível construir uma bancada mesmo junto ao muro?

SN

4 comentários:

  1. Que falta de civismo... às vezes penso que estamos mesmo entregues à bicharada.

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  2. Sim, é chocante perceber que

    1. se constrói uma plateia colada ao muro de um jardim Botânico, que cumpre uma função de investigação e preservação desde o século XIX.

    2. Durante o dia há ensaios logo quem veio estudar ou à procura de repouso é obrigado a ouvi-los.

    3. As pessoas assistem a um espectáculo, bebem cerveja e atiram com os copos de plástico, alguns empilhados, garrafas e latas para dentro do jardim.

    4. A organização dos espectáculos não toma precauções no sentido de corrigir o erro de construção, indemnizando o jardim e já agora limpando a sujidade.

    A bicharada... pois caro Pedro Gomes é exactamente como diz.

    E por isso temos contestado a intervenção no Jardim de Santos que não só é indiferente à lei que preserva as árvores classificadas, ou seja, dá mau exemplo, como irá atrair ainda mais o visitante bicho porco que urina, deixa lata de cerveja onde calha e tudo o que não convém.

    Há justamente uma semana, apanhei o comboio em Cascais, por volta da meia-noite, e na carruagem onde me sentei vieram instalar-se cerca de 30 teenagers (rapazes e raparigas) que beberam cerveja e vinho, fumaram e gritaram à vontade, até sairem muitos no Estoril e os restantes em Santos.
    Na carruagem, onde nunca apareceu o revisor, vivia-se um ambiente de bar e além dos teenagers (alguns com 12 e 13 anos) seguiam adultos que cuspiram para dentro do recipiente dos papéis que se encontra junto à porta.

    Ficaram esquecidos nos bancos, os respectivos copos de plástico com restos de cerveja, chutados acidentalmente por outras pessoas que entravam ou saiam.

    É assim, o grunho urbano.

    Por isso a ideia de atrair multidões aos jardins sem primeiro as educar é um acto insano. Se esta gente não tem maneiras não merece aceder aos pequenos paraísos que outros longamente construíram.

    É compreensível que no estado de ignorância e com tamanha falta de civismo em que se encontram muitas pessoas não consigam perceber que um jardim tem vida própria, logo não necessita de "dinamizações" bem intencionadas.

    Não é o jardim que precisa de ser alterado em profundidade mas as pessoas é que precisam de reabilitar o cidadão informado e sensível dentro delas.

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  3. Boa parte dos Portugueses tem uma relação doente com o espaço público : é interpretado como vazadouro, lixeira, escarradouro.

    Vejam-se as praias no fim do verão, as bermas das estradas em todo o ano, as ruas das cidades, as caldeiras das árvores.

    Não é só uma falta de higiene clamorosa é falta de brio, de coluna, de elegância. Com uma atitude destas, desleixada, amorfa e negativa nunca iremos longe.

    O Jardim Botânico, espaço intimista e de estudo, uma pérola rara, de que qualquer cidade civilizada se orgulharia merecia muito melhor.

    Nuno Homem de Sousa

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  4. VERGONHA!!!
    mas infelizmente ainda há portugueses que são porcos, bastava ver o estado das praias logo pela manhã, mesmo quando são limpas todos os dias à noite

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