29/09/2009

Discuta-se os peões I

Grande parte de Lisboa é isto. Quando as ruas são estreitas, elas são sempre feitas a pensar no automóvel. Além de uma faixa com alguma largura (a velocidade praticada mostra que ela é larga) existe ainda uma faixa para estacionamento enquanto o passeio é pequeno e está em mau estado (ao contrário do alcatrão). Isto acontece mesmo quando há parques de estacionamento nas imediações. O peão é menosprezado mesmo apesar de necessitar de muito menos espaço para se deslocar à vontade.
Como acontece em todas estas ruas, os peões caminham no alcatrão, pondo a vida em perigo.
O que acham as candidaturas sobre a dicotomia espaço para estacionamento vs. espaço para passeio?
(posta ligeiramente alterada)

6 comentários:

  1. Não são só os carros os obstáculos contra os peões. Os pilaretes são um obstáculo contra os dois.

    Vejam por exemplo os pilaretes na Tv. do Arco de Jesus, perpendicular à R. da Academia das Ciências:
    http://www.flickr.com/photos/nunoloureiro/3408394026/

    É impossível um peão transitar nestes passeios. Qual a utilidade destes pilaretes? Serve para os carros não estacionarem em cima do passeio sem dúvida, mas não serve para os peões poderem caminhar no passeio. São completamente inúteis. Qual a alternativa? Pilaretes mais baixos? Pilaretes na berma da estrada em vez de no passeio? Profissionais com cérebro e bom senso quando mandam executar ou executam estas obras?

    Não consigo compreender como se manda executar uma obra destas e não se consegue compreender que é completamente inútil. Até a circulação automóvel é prejudicada. Instalaram uma data de pilaretes nesta zona e o que acontece é que os automóveis continuam estacionados nos mesmos sítios, não em cima do passeio mas na berma da estrada e os outros automobilistas que se lixem. Às vezes ficam 10minutos em manobras para conseguir passar num sitio.

    A ridicularização do passeio também acontece em plena R. do Século há muitos anos. Aqui, o peão consegue transitar, mas com muita dificuldade. Se por acaso o peão transportar qualquer coisa (tipo um saco) então é impossível transitar. De qualquer das formas, o que na prática acontece é que o peão acaba por transitar pela estrada e esta é uma rua com bastante movimento:
    http://www.flickr.com/photos/nunoloureiro/3407597979/in/set-72157604379674910/

    Eu gostava de ver pilaretes por todo o lado, mas assim não, mais vale não fazerem nada.

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  2. Há passeios de largura ridícula! E o que dizer do "passeio" central da avenida entre a Praça de Espanha e Sete Rios (Columbano Bordalo Pinheiro), onde pessoas estão perigosamente entre as faixas de ambos os sentidos?

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  3. Nuno Loureiro,concordo a 100%.
    E muitas vezes até há espaço suficiente para ter um passeio largo com pilaretes que não incomodam. Como no caso da fotografia.

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  4. a juntar a estreiteza dos passeios ha tambem a questao dos caixotes do lixo nos passeios, que nos obrigam a ir para a estrada

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  5. oh amigo carvalho: os passeios da rua de sol ao rato são assim desde pelo menos desde há 100 anos. e parques de estacionamento na zona? onde e quais? o problema é os passeios não serem tratados. a ultima vez que alguem tratou dos passeios da rua foi no tempo do sampaio.
    nCaiado

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  6. Caiado,

    há 100 anos não estava lá para verificar, mas até há poucas décadas o espaço do peão não era exclusivamente o passeio, como é agora. Veja por exemplo o link, ali mesmo no Rato
    http://menos1carro.blogs.sapo.pt/88597.html

    Parques de estacionamento na zona, então não existem? Eu nunca vou para ali de carro, não os conheço bem, mas lembro-me logo de um na Alvares Cabral, no início da Escola Politécnica, outro na D. João V, etc.

    De qualquer modo, o peão não pode ser prejudicado pelos problemas de terceiros. Tal como o merceeiro não tem que tolerar os roubos de quem não tem dinheiro.

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