A recolha de lixo e materiais recicláveis em Lisboa, desde há cerca de um ano, deixou de ser feita nos moldes habituais. Antigamente, o lixo doméstico era recolhido todos os dias excepto aos Domingos, agora passou a ser recolhido apenas três vezes por semana (como nas aldeias de província há uns anos). Os restantes dias são ocupados pela recolha de papel e de plásticos.
A recente polémica da Sociedade Ponto Verde e a sua aparente insustentabilidade económica sem subsídios públicos levou-me a questionar:
- Uma vez que a recolha de lixo doméstico foi cortada em metade dos dias, será que, como munícipe, verei a taxa que pago para esse serviço reduzida a metade?
- Uma vez que selecciono o papel e as embalagens, e ofereço esta matéria prima para reciclagem, será que o valor que o município ganha na respectiva revenda se repercutirá nas taxas municipais que pago?
A recolha do lixo passou a ser feita só três dias por semana? Então quem é que nos outros dias anda a esvaziar o caixote do lixo do meu prédio?
ResponderEliminarNão generalize para toda a cidade o que só se passa em algumas freguesias...
A resposta é "não" a ambas as perguntas de retórica.
ResponderEliminarMas fazia todo o sentido que fosse "sim".
Por exemplo, se a taxa municipal que cada um pagava fosse determinada pelo bom comportamento do bairro onde o munícipe morava (leia-se quantidade de lixo por fogo, e percentagem desse lixo que era correctamente separada) - o que me parece ser possível de medir pelos serviços do lixo.
Certamente iríamos ver melhores práticas:
- Cada um saberia que pouco lixo e lixo bem separado implicaria uma taxa inferior (para o seu bairro e, consequentemente, para si), pelo que se esforçaria mais.
- E haveria uma pressão (saudável) sobre os mal comportados do bairro, por parte dos seus vizinhos.
NAO PERCEBE NADA DO SISTEMA DE RECOLHA POIS NAO?
ResponderEliminarSE VIVESSE EM TELHEIRAS VAI VER QUE RECOLHER O LIXO INDIFERENCIADO SO A 3 DIAS POR SEMANA É TUDO MENOS UM HABITO PROVINCIANO.
Esta medida serviu para eliminar os ecopontos, melhorando os passeios e espaço público e faz com que seja mais facil as pessoas deixar o seu lixo.
Deixando-o nos varios caixotes dos seus predios, fazendo por isso com que nao se tenham que deslocar aos caixotes ou ecopontos que ficavam muitas vezes longe das suas casas.
ESPERO QUE JA TENHA PERCEBIDO QUE DIZER QUE ESTE "NOVO" MÉTODO DE RECOLHA DE LIXO E DE PLATICOS, EMBALAGENS E PAPEL NÃO É PROVINCIANO, MAS SIM DE UMA CIDADE DE SÉCULO XXI.
a mudança é um passo para a evolução
Caro Nuno Santos Silva:
ResponderEliminarA minha opinião:
1) A resposta devia ser sim ou, se não 50% de redução, deveria haver alguma redução. Era uma maneira de valorizar este método de recolha junto do consumidor - pela via económica. Era justo.
2) A resposta é não. Você protegeria o ambiente se não consumisse. Quando consome, não oferece nada - está a criar um problema, porque a reciclagem não é uma solução de antecipação, é uma solução de fim de linha, o mais poluente entre reduzir X re-utilizar X reciclar. A redução do consumo é que pode contribuir para reduzir o servilo de lixo e para o ponto 1) da sua pergunta
Anónimo das 4:58 p.m.:
ResponderEliminarPor que razão pagarei eu e os meus vizinhos o mesmo que você e os seus vizinhos? O município é o mesmo, mas o serviço é diferente!
João Pedro:
Na "mouche"!
Anónimo das 9:08:
Não tresleia o que escrevi: «como nas aldeias de província há uns anos» não é mesmo que «é um sistema provinciano». E o que escrevi, meu caro, é um facto: por essas aldeias fora a recolha de lixo era feita nesta frequência.
Mas esse não é o "ponto" do post.
A questão é: um morador de um bairro que apenas tenha recolha de lixo indiferenciado 3 vezes por semana e seja "obrigado" a separar papéis e embalagens, deve pagar o mesmo de um morador de um bairro em que a recolha de lixo indiferenciado é diária e não há "oferta" dos moradores de papéis e plásticos?
Não sei o que referem aqui como província, mas já desde o ultramar que não há províncias em Portugal, apenas regiões meramente limitadas no mapa por razões burocráticas. O ultramar já acabou e nunca devíamos ter posto lá os pés, não era a nossa terra, nem nunca foi uma província nossa. Apenas pura e dura exploração de povos. Deixado aqui o meu protesto por esta constante mania que a capital tem de chamar província a tudo, o que é incorrecto.
ResponderEliminarNão sei se sabem mas na província, paga-se em comparação muito mais IMI, taxas de agua, de lixo e etc..Esta realidade é muitas vezes camuflada porque as pessoas simplesmente não sabem como se vive nas cidades do litoral e as do litoral nas suas províncias. E não sei se sabem nas aldeias das vossas províncias à 1hora da manha apaga-se a iluminação da rua, e não não recolhem se quer o lixo 3 vez por semana, quando mito uma vez, e muitas dessas aldeias são bem grandes.
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ResponderEliminar"A questão é: um morador de um bairro que apenas tenha recolha de lixo indiferenciado 3 vezes por semana e seja "obrigado" a separar papéis e embalagens, deve pagar o mesmo de um morador de um bairro em que a recolha de lixo indiferenciado é diária e não há "oferta" dos moradores de papéis e plásticos?"
ResponderEliminarNão percebi qual dos dois é que acha que devia pagar mais , mas claramente o 1º tem um serviço de melhor qualidade que o segundo. "Não há oferta dos moradores" quer dizer que não há recolha selectiva?
A recolha do lixo foi reduzida para metade, mas se fizer um separação eficiente o lixo também
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