16 de Outubro de 2009, 14:18
Lisboa, 16 Out (Lusa) - A vereadora da Câmara de Lisboa Helena Roseta pediu hoje aos grupos parlamentares para proporem a "revogação imediata" do decreto-lei que rege o prolongamento da concessão do terminal de Alcântara e a abertura de um concurso público.
"Em nome do movimento Cidadãos por Lisboa e de muitos milhares de cidadãos", a autarca, reeleita nas eleições de domingo passado integrada como independente na lista socialista, enviou uma carta aos deputados onde contesta a prorrogação, por mais 27 anos e por ajuste directo, do prazo de concessão do terminal de contentores à Liscont.
A decisão, anunciada no ano passado, tem sido alvo de várias vozes de protesto, mas o Governo nunca recuou, alegando que tem havido um aumento da procura dos serviços e que prevê o esgotamento da infra-estrutura ainda antes de 2010.
Agora até já transferem parques de contentores para os bairros lisboetas, mesmo junto aos moradores e a tirar-lhes a vista para o rio que outrora tinham... uma vergonha
ResponderEliminarhttp://blocodemarvila.blogspot.com/2009/10/e-agora-de-novo-os-contentores.html
Esperemos que a iniciativa de Helena Roseta não caia em saco rôto ou, pior ainda, que não se limite a um simples nº de "show off".
ResponderEliminarVeremos...
Assim como o Sá Fernandes não andou a fazer Show off com o tunel do marquês e com tudo e mais alguma coisa antes de ir para a camara!!! A politica portuguesa está mesmo boa para os eleitores portugueses!
ResponderEliminar"que não se limite a um simples nº de "show off".Veremos..." À luz do que costuma ser a actuação dos políticos, compreende-se que, na sequência das eleições em que os CPL concorreram na lista de António Costa, alguns se questionem... mas só quem não conheça Helena Roseta pode achar que isto é show off. Ou quem não conheça de facto a redação do acordo feito antes das eleições. A partir das eleições os CPL continuarão como até aqui a intervir de acordo com os princípios que sempre tiveram, e com os interesses de Lisboa sempre primeiro. O que os CPL não queriam era contribuir para a eleição se Santana Lopes.
ResponderEliminarCPL
Mais uma jogada do gang anti-contentores onde a falsidade e a demagogia grassa.
ResponderEliminarPara o bem da cidade de Lisboa e para o seu porto - que sempre lhe deu significado, vida e alma - esperemos que seja mais um murro em ponta de faca!
Anónimo das 7,27, aqui tem a sua resposta.
ResponderEliminar"Coerência e lealdade
Fui ontem entregar a todos os partidos representados na Assembleia da República uma carta em que lhes pedia, ao abrigo da competência de fiscalização dos actos do Governo (art.º 162 da Constituição), que tomassem a iniciativa de revogar o Decreto-lei 188/2008, através do qual o Governo entregou à Liscont, sem concurso, a concessão por mais 27 anos do terminal de contentores de Alcântara. Sempre considerei esse diploma iníquo. Assinei há um ano a petição para o revogar e afirmei que devíamos levar a batalha até ao fim. É o que estou a fazer.
Mas uma coisa é pedir a revogação da prorrogação de um contrato feita sem concurso, outra é saber se Lisboa deve continuar a ser uma cidade portuária e qual o papel do terminal de Alcântara nesse processo. Para mim é uma evidência histórica e geográfica que Lisboa não deve abandonar o seu porto. O que é preciso, como repeti na última campanha eleitoral, é reconciliar a cidade com o seu rio e os lisboetas com o porto.
As conversações que António Costa tem mantido com todas as entidades intervenientes na zona (porto, operadoras de transporte e ferroviárias, LNEC, etc.) constituirão certamente uma excelente base de trabalho para se encontrar, para aquela zona, a melhor solução. Que não envolve apenas o terminal, mas também o nó ferroviário, as acessibilidades, o funcionamento hidro-geológico do vale de Alcântara e a animação ribeirinha na zona das docas. As questões a resolver são conflituais e tecnicamente complexas, daí a importância do talento negocial de António Costa neste processo, de modo a que a CML estabeleça com rigor os limites do que pode e deve ser feito, do ponto de vista dos interesses da cidade e da frente ribeirinha.
Mas isto não invalida que se critique a decisão inicial de prorrogar uma concessão sem concurso. Por isso não tive dúvidas em tomar a iniciativa que tomei, da qual dei naturalmente conhecimento prévio a António Costa.
É esta a maneira de fazer política em que acredito. Com lealdade mas sem abdicação. Sabendo ouvir e fazendo acordos sempre que necessário, mas sem nunca prescindir dos princípios que dão sentido ao nosso combate – entre os quais, sem hesitação, a defesa da transparência em todos os negócios que tenham o Estado como parceiro.
Helena Roseta"
Estava aqui http://adiferencaemlisboa.blogspot.com/2009/10/coerencia-e-lealdade.html
Muito Bem Helena Roseta. E assim se distingue do BE que fez dessa questão do contrato (não da actividade portuária) a base do seu programa eleitoral em Lisboa. Há que distinguir as coisas. Quem as distingue ganha. Quem gosta de misturar tudo para confundir e tentar reinar, perde. Ainda bem que não se deixou levar pelo BE, a certa altura temi o pior pelas notícias que saíam a público...
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