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Banco de Portugal: Atendimento ao público em Lisboa apenas no Parque das Nações a partir de segunda
20 de Outubro de 2009, 14:58
O atendimento ao público em Lisboa do Banco de Portugal, sobre responsabilidades de crédito, protestos de efeitos e cheques, passará a partir de segunda-feira a funcionar exclusivamente nas novas instalações do regulador no Parque das Nações.
Em comunicado, o banco central informou que este tipo atendimento será realizado das 08:30 às 15:00 nas suas instalações situadas no Avenida D. João II, Lote 1.12.02 M, Edifício Adamastor, Torre A.
Os clientes poderão ainda utilizar o correio electrónico para realizar as suas reclamações ou pedir informações, através do endereço clientebancario@bportugal.pt.
Lusa/SAPO"
É mais um serviço que sai da Baixa para a periferia.
Chegou à minha atenção que as árvores da avenida do brasil vão ser cortadas para dar espaço a uma ciclo via. Por favor, alguém com conhecimentos nos meios de comunicação faça chegar esta notícia. Obrigado
ResponderEliminarNão me choca.
ResponderEliminarQue a Baixa seja liberta da imensa pressão de serviços e trânsito e os edificios sejam aproveitados para habitação e comércio.
Que me recorde, a maior parte dos centros históricos das cidades europeias estão dedicadas a museus, habitação ou pequeno comércio e não grandes instalações de serviços, bancárias ou de outro tipo (que exigem estacionamento e obrigam a grandes obras de transformação).
Parque das Naçõe tem parte em Lisboa, não está todo na periferia.
ResponderEliminarPeriferia do centro de Lisboa, claro.
ResponderEliminarainda bem. o que a baixa precisa é mais habitação e gente que viva lá a semana toda.
ResponderEliminarEstou perfeitamente de acordo. Lisboa precisa é de pessoas a morar nela e de comércio. Aliás já ai em cima está um comentário perfeito (na minha opinião)nesse sentido.
ResponderEliminarTalvez tenha razão. Talvez não. O declinio da Baixa começou na década de 70 e acentuou-se nas décadas de 80 e 90. No anos 70 começaram a sair os primeiros serviços, nomeadamente as sedes de alguns bancos e empresas nacionalizadas. Esta situação reforçou-se nos anos 80 e 90. Com isto foram milhares de pessoas que deixaram de frequentar a Baixa, com o consequente prejuizo do comércio local.Esta realidade é que foi "matando" a Baixa tal como a conhecemos. Talvez tenham razão quando dizem que devia ser eminentemente habitacional. Mas a realidade não é esta. Nos anos 50 as pessoas viviam a Baixa diariamente. O meu avô paterno saia todos os dias do seu escritório nos Anjos, pegava no seu automóvel, estacionava-o no Rossio e acabava a tarde com amigos a beber um café no Café Gelo (entretanto fechado, entretanto reaberto). Nessa altura milhares de Lisboetas faziam o mesmo, e a maioria não tinha carro, nem havia Metro. Hoje, porque razão vamos á Baixa ? Nos últimos anos apenas a Fnac e a Nespresso me "obrigavam" a lá ir. De resto vou por prazer e não por necessidade. Mas a Baixa não se faz só dos que a amam, mas também dos que necessitam dela. E cada vez necessitamos menos. São Tribunais que saem, sedes de empresas, em breve serão os Ministérios e a Baixa vai ficando vazia. Habitação ? Claro, mas a maioria dos edificios não oferece o conforto moderno que exigimos. A última empresa que se aventurou a remodelar um edificio por inteiro na Baixa, na Rua da Prata, era espanhola e já "se foi embora". Penso que nos últimos anos houve um acontecimento que deveria ter marcado o momento de agir. Foi o encerramento da "Loja das Meias" no Rossio, uma das mais antigas e elegantes da Baixa. Fechou, não por má gestão como alguns gostam de apregoar quando fecham alguns estabelecimentos, mas porque já não tinha clientes na Baixa. E isto significa que a Baixa é cada vez mais o "poiso" de pessoas que não a vivem. Turistas, pessoas em trânsito para transportes, emigração de rendimentos reduzidos. A maioria não consome, ou consome pouco. E sem dinheiro não há renovação. São centenas as lojas fechadas na Baixa. Se o número for divulgado penso que será chocante. Habitação ? Talvez, mas quem habita, sai de manhã e chega à noite. Muitos não seriam consumidores. Penso que numa saudável mistura estaria a solução. Primeiro, não sairem mais serviços da Baixa. Segundo, promover habitação para jovens. Terceiro, conceder beneficios fiscais às empresas. Quarto, melhorar a segurança dia e noite. É fácil ? Talvez não, talvez sim...
ResponderEliminarSage comentário, Carlos Leite de Sousa.
ResponderEliminarA Baixa não pode ser nenhum museu que só abre das 10h às 18h de Terça a Domingo. É preciso revitalizar e criar condições para que de lá não saiam mais empresas. Ao fim e ao cabo, a Baixa é a Baixa e, como grande entusiasta, fico com uma profunda mágoa quando pelas 22h represento 10% do total de pessoas que andam por lá.
E vou lá apenas por carolice, para dar um passeio de final de jornada.
Antes ia-se à Baixa para ir às lojas que só lá existiam. E hoje, entre Zaras, Fnacs e outras multinacionais por que razão se vai à Baixa quando o Colombo, o Vasco da Gama e o Alegro estão tão próximos?
E o risco de se ser assaltado ou agredido num centro comercial é menor.
ResponderEliminarEu não vejo mal nenhum haver multinacionais na Baixa, apenas essas lojas ainda conseguem atrair gente nova à Baixa de Lisboa.
Veja-se o caso da Baixa de Coimbra, que não tem multinacionais e só tem velhos. As pessoas novas de Coimbra só vão à Baixa quando lá moram ou de passagem. Compras só nos centros comerciais que é onde há as lojas da moda (Bershka, Pull&Bear, e afins).
Os comercios das várias baixas das cidades portuguesas ainda anda à volta de botões, tecidos e ourivesarias. As gerações mais novas não consomem essas coisas.
Uns amigos meus que tiveram em Londres à pouco tempo, uma das coisas que mais repararam é que se vê imensa gente nova nas ruas e quase não se vê velhos. Em Portugal só se vê velhos, principalmente nos centros das cidades.
Porque vou à Baixa? Porque é lá que me sinto que estou em Lisboa! Andar na Rua Augusta, estar na espanada atrás da estação do Rossio, caminhar um bocado pra Alfama. Faz-me sentir bem! Gosto de ver os turistas. Quem diz que não há movimento na baixa, acho que está errado. Isso das lojas fecharem, fecham porque o pessoal gosta de fazer compras no centro comercial. Eu na baixa, só gosto de ir comprar sapatos porque são mais baratos e são tugas. A baixa cada vez também está mais cosmopolita, desde os imigrantes no Martim Moniz aos turistas a beberem café no café Nicola. Iniciativas como o festival de magia de rua na baixa tem sido uma mais valia.
ResponderEliminarAgora o ponto que ninguém tocou é porque o Banco de Portugal saiu da Baixa. Por logística? Falta de espaço? Custos imobiliários? Eu pessoalmente estaria mais de acordo se o BdP tivesse aberto um balcão extra na Expo. Isto de centralizar tudo e obrigar o cidadão a deslocar-se por todo o lado é uma treta. Porque as "centrais" começam a dispersar-se umas das outras. E dps querem que as pessoas andem de transportes. Tá bem tá. Bem pelo menos as lojas de cidadão continuam a existir, uma até na baixa. Esperemos que continue.
A Baixa tem de se modernizar. O modelo de comércio e habitação actualmente existentes não têm condições nem actrativos para competir com os centros comerciais ou outras zonas habitacionais.
ResponderEliminarJá afirmei neste blog, por diversas vezes, que o comércio da baixa tem de assumir o figurino dos centros comerciais, mais espaço pedonal (= a menos trânsito), melhor identidade visual das lojas (não significando todas iguais) e melhor aproveitamento das lojas âncoras já existentes (FNAC, ZARA, Pingo Doce), do MUDE, da proximidade do Metro e de uma infinidade de restaurantes, entre outros.
É necessário também começar com uma política de repovoamento da Baixa, antes de começar a esvaziá-la dos serviços e ministérios. É preciso fazer uma transição serena e lógica para não matar de vez este espaço de tradição em Lisboa.
Há anos li numa reportagem que na zona do Rossio só existem 6 eleitores ressenciados. Como já se passaram alguns anos, é provável que já não exista nenhum.
Uma correcção; "recenseados" e não "ressenciados" :(
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