In Público (15/12/2009)
Por Inês Boaventura
«No início do ano vai também avançar, em colaboração com outra empresa, um serviço de transporte de crianças. O objectivo é reduzir as deslocações dentro da capital
A Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) vai colocar à venda, a partir de Janeiro e por cerca de 30 euros, um dispositivo electrónico que funciona como um parquímetro portátil que os utilizadores transportam consigo e activam com um cartão pré-carregado sempre que estacionarem numa zona tarifada.
Esta medida insere-se numa política de diversificação dos meios de pagamento do estacionamento, que ao longo dos anos as diferentes administrações da empresa foram assumindo como sendo necessária (desde logo para combater a vandalização dos parquímetros), embora esse reconhecimento tenha tido até agora poucos ou nenhuns efeitos práticos. Actualmente, os parquímetros e os títulos pré-comprados, conhecidos como raspadinhas, são os únicos meios de pagamento disponíveis.
Os primeiros 200 parquímetros portáteis vão ser colocados à venda em Janeiro, na loja e nos parques de estacionamento da EMEL, prevendo-se para uma segunda fase o alargamento da rede de vendas e do número de aparelhos disponíveis. Diogo Homem, da área de marketing e comunicação da empresa, explica que o dispositivo vai custar cerca de 30 euros, incluindo um cartão já carregado com esse mesmo valor.
O presidente da EMEL, António Almeida, defendeu, em declarações à Lusa, que este sistema "será muito benéfico para a empresa e para o utente, porque deixam de existir as situações em que o utente ou paga menos tempo do que fica estacionado ou paga a mais". A comodidade é outra das vantagens apontadas pela empresa, já que os utilizadores dos parquímetros portáteis não terão de abandonar os seus automóveis para fazer os pagamentos.
Experiências
A tecnologia foi importada de Israel e, segundo Diogo Homem, já está em campo aí e em diferentes países do Norte da Europa. No caso de Lisboa, o sistema começou a ser testado por 200 pessoas em Setembro, tendo deste então sofrido "alguns ajustes de pormenor", explicou a mesma fonte.
Outra novidade que a EMEL pretende introduzir "no primeiro trimestre" do próximo ano, adiantou Diogo Homem ao PÚBLICO, é o pagamento através do telemóvel. De acordo com este responsável, não é ainda certo se essa modalidade será disponibilizada por chamada telefónica ou envio de mensagem escrita, estando neste momento a ser estudada qual a melhor solução.
Um outro projecto que a empresa vai lançar em "Janeiro ou Fevereiro" é um serviço de transporte de crianças, entre um conjunto de parques de estacionamento já existentes nos limites de Lisboa e as escolas. A ideia, como explicou o presidente da EMEL, é que os pais deixem os seus carros nesses parques, entreguem os seus filhos ao cuidado de uma empresa especializada (no caso a Easy-Bus) e viajem em transportes públicos até aos seus locais de trabalho, "reduzindo as deslocações dentro da cidade".»
Sem comentários:
Enviar um comentário