In Jornal de Notícias (29/1/2010)
TELMA ROQUE
«Empreendimentos demoram quatros anos a ser comercializados
As Avenidas Novas, Olivais, Benfica, Telheiras e Campolide, em Lisboa, são as zonas da capital com melhor prestação de vendas, segundo um estudo de mercado residencial. Ao contrário, Belém, Restelo e zonas históricas demoram mais tempo a ser comercializadas.
Segundo a consultora imobiliária Aguirre Newman, que ontem apresentou um estudo para caracterizar a oferta, cada empreendimento levará, em média, quatro anos a ser comercializado na totalidade. Ao avaliar, em Outubro do ano passado, 152 empreendimentos, totalizando quase 5700 fogos, concluiu que há mesmo apartamentos que demoram mais de oito anos até serem vendidos.
João Madeira Andrade, director do departamento de consultadoria e investimento da Aguirre Newman, a zona da cidade com mais T1 à venda é a do Parque das Nações, onde está também concentrada a maioria dos T2, a par das Avenidas Novas. Benfica, Telheiras e Campolide têm a maioria dos T3. Os T5 estão em maior número nas Avenidas Novas.
Em Lisboa, predominam os agregados familiares com uma a duas pessoas, com ênfase no último caso. Em conjunto, representam 39% das situações. Apesar disso, as habitações com duas assoalhadas não parecem seduzir os compradores de casas, que continuam a preferir "casas grandes", sublinhou João Madeira Andrade.
João Madeira Andrade revelou que, em 2008, as zonas de Telheiras/Benfica/Campolide, Lumiar/Alta de Lisboa e Avenidas Novas foram as que apresentaram o licenciamento de nova construção mais elevado.
Reabilitação pouco expressiva
Dos 152 empreendimentos em comercialização analisados pela consultora imobiliária, apenas 27 correspondiam a reabilitações de edificações. No ano passado, o peso da reabilitação na produção total de construção foi de 6,2%, muito pouco quando comparado com outros países europeus.
Quanto à população residente em Lisboa, caiu 15% na década 1991-2001. Comparando a população residente em 2008 (489.562 habitantes) com a de 1991, o decréscimo acentua-se para os 26%. O director da Aguirre Newman frisou que, com excepção da zona do Lumiar e Alta de Lisboa, todas as restantes zonas tiveram perda de residentes entre 7% e 24%.
O estudo conclui que, em 2009, houve uma subida do preço médio de venda por metro quadrado na construção nova em comercialização, além de uma maior flexibilização nas margens de negociação nas vendas e maior peso do arrendamento com opção de compra na habitação nova.»
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Dada a insignifância da reabilitação de prédio antigos nas Avenidas Novas, isto significa que a brevíssimo trecho teremos estas metamorfoseadas em Telheiras 2. Lisboa vai no bom caminho...
Eu tenho visto várias notícias sobre este estudo. Para mim, que moro nas Av. Novas desde que nasci, começo a ter dúvidas sobre esta afirmação. Há 4/5 anos, era verdade, hoje as vendas arrastam-se. Existem bastantes prédios novos que há muito não vendem nada...
ResponderEliminarAinda bem que não vendem, baixem-lhes os preços que já passam a vender.
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