Auditório Nuno Teotónio Pereira na sede da Ordem dos Arquitectos
Entrada Livre
Via http://www.oasrs.org/
Capitólio e Parque Mayer no Ciclo Passar à Prática
O projecto de Reabilitação do Cine-Teatro Capitólio, Teatro Raul Solnado e o Plano de Pormenor do Parque Mayer, da autoria, respectivamente, de Alberto Souza de Oliveira e Manuel Aires Mateus vão abrir, neste ano de 2010, o Ciclo Passar à Prática, no âmbito do qual a OASRS já acolheu, em registo de discussão aberta ao público, os projectos da Fundação Champalimaud, o projecto do Largo do Rato, o Terreiro do Paço ou o projecto do Museu dos Coches, entre outros que lotaram o auditório em 2009.
Desta feita serão os arquitectos autores que, hoje, às 21h, trarão ao Auditório Nuno Teotónio Pereira, na Sede Nacional da Ordem dos Arquitectos, o projecto de Reabilitação do Cine-teatro Capitólio, cujas obras já decorrem, e o Plano de Pormenor para o Parque Mayer, Jardim Botânico, Edifícios da Politécnica e área envolvente– ambas as intervenções seleccionadas na sequência de concursos públicos lançados pela Câmara Municipal de Lisboa.
A OASRS designou o arquitecto Carrilho da Graça para o júri do Concurso do Plano de Pormenor do Parque Mayer.
A apresentação será seguida de debate moderado por Leonor Cintra Gomes, presidente da Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos.
A entrada no debate é livre.
Este evento foi validado com um crédito pelo Conselho Regional de Admissão do Sul no âmbito da formação obrigatória em temáticas opcionais.
Sobre o projecto Capitólio
A integração do Capitólio pressupõe uma aproximação cénica ao sítio urbano - O Parque Mayer, - ao reabilitar o espaço como lugar de teatro.
Transformar o Capitólio é repor a sua “grande sala” e abri-la, lateralmente, para uma grande praça que “encaixa” o espectáculo.
Em esquemas sequenciais é evidenciada a capacidade de reconversão e adaptação do espaço à mutação da relação público / actores.
A reabilitação do edifício deve repor e melhorar o seu desempenho, atingindo a versatilidade compatível com os níveis de exigência das produções contemporâneas de espectáculos.
A “grande caixa” poderá ser transformada numa única “arena”, experimentando os “limites”… explorando múltiplos formatos de espectáculos.
A flexibilidade exigida corresponde a ampliar a capacidade de uso, o que significa um apetrechamento técnico acrescido.
Compatibilizar meios técnicos “mais pesados” com a leveza do edificado levanta o problema da “intocabilidade” do Capitólio como peça arquitectónica.
A retoma de funcionalidade do Capitólio pressupõe, apetrechar o “palco” e a “caixa” com meios técnicos de cena (luz, som e vídeo) sendo exigível que o “esqueleto técnico” pretendido seja minimizado, sob pena de “descaracterização” da “caixa”.
O recurso a meios técnicos de cena, implica reduzir a sua expressão arquitectónica, incompatível com o conceito da “caixa” e as linhas modernistas do edifício.
Sobre o projecto Parque Mayer
O Jardim Botânico é o centro, e constitui uma boa parte, da área em estudo. Situa-se entre os dois conjuntos edificados mais significativos da zona e ocupa uma cota de transição entre ambos. Uma unidade territorial estruturante daquele troço da cidade não pode deixar de partir do Jardim.
A proposta funda-se na extensão da sua massa arbórea, desde o actual limite até ao tardoz da periferia construída. Além de promover a continuidade ecológica com a Avenida, cria-se assim um anel de protecção, que permite uma utilização intensa e absorve o impacto nefasto da poluição, ajudando a preservar o equilíbrio do Jardim Botânico.
Aqueles espaços verdes são, na realidade, as coberturas do novo edificado. Mas, mais do que edifícios de cobertura ajardinada, o que se propõe é a ocupação dos espaços resultantes, sob os grandes planos contínuos que modelam a plataforma à cota superior. Noutros moldes, o paradigma é o da cidade histórica: elevada ocupação do solo, baixa altura de construção.
Embora contínua em conceito, essa camada edificada é profusamente aberta: permeável às ruas circundantes, atravessável no seu interior, recortada para o céu. Qualificando alguns troços existentes e criando outros, gera-se uma malha de espaço público pedonal que articula as duas cotas; o Capitólio é reenquadrado numa nova praça, onde todos os percursos desaguam.
Implementação de novas actividades e revitalização das actuais devem gerar mútuo benefício. Em torno do Capitólio recuperado, será natural um polo de artes performativas; na Politécnica, propõe-se um de artes plásticas. São actividades afins, com impacto económico-social e margem de crescimento; escolas e workshops, associados a residências temporárias, podem garantir uma programação de eventos em ambas as áreas, de forma continuada e económica. E, sobretudo, podem informalmente interagir com a vida da cidade, tomando o espaço público como palco principal. Já o desafio do Jardim Botânico é diferente: recuperá-lo e divulgá-lo sem comprometer um equilíbrio delicado e precioso
mais um projecto faraónico para esbanjar dinheiro público, e para ficar às moscas após a obra feita.
ResponderEliminarassim vamos caminhando para a bancarrota
Este painel virtual na fachada a tardoz (e se for em mais fachadas ainda será pior) é das coisas mais tontas e injustificadas que conheço. Aquilo é para quê? Para se mandar pedras a ver quem parte mais vidros de uma assentada? Será para a passarada das árvores do JB ficar cega e surda? É só para dizer que o novo projecto é de um arquitecto e como tem que deixar marca e não pode fazer um projecto simplesmente de recuperação do projecto original, porque isso seria uma vergonha, calculo, para ele, vai daí resolve meter um painel de quadrícula luminosa em jeito de "pavilhão de Expo", é isso? Seja o que for é profundamente LAMENTÁVEL. Confesso que estava descansado quanto ao futuro do Capitólio, mas com esta imagem já vi que vamos ter mais um problema para resolver...
ResponderEliminarMais Mateus; mais Aires; mais do mesmo...
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