Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
13/08/2010
Reabilitação de pavimentos. Empreitada nº 27/DMPO/DOIS/DCRIS/2010
Os jornais noticiaram há dias que a CML prevê gastar até ao fim do presente ano qualquer coisa como 8 milhões de euros na 'reabilitação' de pavimentos degradados ('reabilitação' é a designação oficial da obra).
A Praça do Príncipe Real está a ser uma das primeiras beneficiadas dessas 'reabilitações' de pavimentos degradados. A empreitada nº 27/DMPO/DOIS/DCRIS/2010 foi adjudicada à Estrela do Norte por 73883,50 €. Nos avisos que esta empresa colocou nos carros estacionados na praça, solicitando a sua retirada por motivo dessa obra, fala-se em a mesma ficar pronta em 7 dias. De facto ao ritmo que a obra está a decorrer esse prazo deve ser cumprido.
Mas esta celeridade está a ser feita à custa de quê?
Uma reabilitação digna desse nome obrigaria a uma completa remoção da degradada camada de alcatrão, senão mesmo, da reparação do substrato do piso, caso necessário.
Mas o que se observa neste caso é, pura e simplesmente, a colocação de uma nova camada de alcatrão em cima do piso degradado.
Assim além de se observar uma significativa subida do piso, ver fotos anexas - com todos os problemas que isso acarreta em tempos de intempéries - teremos um desgaste muito mais rápido deste novo piso do que seria de esperar de uma obra feita como deve ser.
Oito milhões não chegam para refazer em profundidade esses pisos degradados, de modo a que durem pelo menos uma dezena de anos?
Conclusão: depressa e bem não há quem.
É o habitual. A obra é realizada de modo a que dentro em breve seja necessária adjudicar nova reabilitação. O dinheiro dos contribuintes é uma cartão de crédito sem tecto de despesa.
ResponderEliminarNão era eu que queria ser o empreiteiro! Safa... Ouvi dizer que se a "reabilitação" não for efectuada correctamente, que o empreiteiro malha com os ossos na cadeia...
ResponderEliminarBasta começar a chover para o distinto vereador da área anunciar logo que com chuva não se podem fazer obras de repavimentação.
ResponderEliminarSó no estrangeiro.
Isto só acontece porque neste país nunca há responsáveis e/ou consequências. Tudo se explica e se desculpa e no final "ficamos assim". Recomendo um "passeio" à zona da casa dos bicos para poderem assistir um excelente exemplo de "buraquismo" camarário (restos de calçada, restos de alcatrão, restos de carris, restos de passeio) que melhorou 1% depois de ... pasme-se ... o Papa ter vindo à praça do comércio não fosse o Sr. estragar as sandálias Prada. Começo a achar que as eleições camarárias deviam incluir grande parte dos funcionários pois isto não pode ser obra de uma só pessoa!
ResponderEliminarNão há responsaveis porque a abrilada quer que seja assim.
ResponderEliminarA abrilada serviu para que os que a fizeram, hoje usufruam em proveito próprio à custa do Estado.
A 1ª republica durou 16 anos, esta podrocracia em que vivemos já vai com 36, está na altura de repor a dignidade que Portugal merece, um país com um Estado credível conforme houve durante o Estado Novo.
Talvez não falte muito, já que a nova geração nada ganha ou vai ganhar com a porcaria do 25 de abril. O sistema faliu por excesso de uso da geração que agora está em topo de carreira ou que já se reformou, uns por terem unhas partidas outros porque simplesmente não gostam de trabalhar, etc...
Enquanto teimarem neste tipo de passeios antiquados, artesanais e anti-higiénicos que temos em Lisboa, teremos sempre buracos. E gastaremos uma fortuna a manter. É o pior dos dois mundos.
ResponderEliminarA Abrilada não é para aqui chamada nem tem nada a ver com isto, antes pelo contrário.
ResponderEliminarO que tem a ver com isto é a falta de seriedade de muitos dos nossos decisores, mais nada. E isso, infelizmente, é uma pecha que vem de longe.
O Estado Novo, de má memória, está cheio de casos semelhantes ou bem piores.
Jorge Pinto disse...
ResponderEliminarA Abrilada não é para aqui chamada nem tem nada a ver com isto, antes pelo contrário.
O que tem a ver com isto é a falta de seriedade de muitos dos nossos decisores, mais nada.
Resposta:
Ou seja é a abrilada! Cada um faz o que quer, o Estado neste caso representado pela CML é negligente e não exige responsabilidade, simplesmente paga e cala porque quem decide chegar à frente com o dinheiro não o sente como seu. A falta de sentido de Estado bateu no fundo. Precisamos urgentemente dum governo autoritario e nacionalista. Estamos exactamente iguais ao final da I Republica. Falidos, mal representados e quem entra para o aparelho de Estado serve-se a si em vez de servir o país! Portugal não tem um rumo nem uma estratégia para o futuro, e muito contentes vemos os senhores do governo alegres e contentes de ferias!!! Devem estar muito cansados coitadinhos pelo arduo serviço prestado ao Estado...
Jorge Pinto disse...
O Estado Novo, de má memória, está cheio de casos semelhantes ou bem piores.
Resposta:
Pois nessa altura os oportunistas de agora não tinham sequer hipoteses! Havia mais controlo do Estado aos seus funcionários, e ainda bem que assim era.
Gostaria que me desse esses tais casos bem piores. ???!!! Tinhamos um país bem mais rico e com mais credibilidade do Estado junto dos outros países do que hoje.
Se hoje ainda não batemos no fundo e ainda conseguimos obter emprestimos estrangeiros (nem que seja para fazer emprestimos a Angola mesmo que eles não nos paguem, apesar de terem muito mais dinheiro que nós) é devido ao ouro que o Salazar deixou.
Na maior parte das cidades europeias este tipo este tipo de zonas ja nem sequer sao alcatroadas, a tendencia sao os pavimentos em paralelipipedo. Tem varias vantagens,como por exemplo ser mais bonito e desmotivar os excessos de velocidade. Os responsaveis de Lisboa deviam pensar mais e talvez viajar um pouco antes de continuarem a fazer asneiras.
ResponderEliminarDepois venham-se queixar que o piso faz ruido! Mais barulhento que os paralelipipedos só as faixas de ferro da Ponte Salazar.
ResponderEliminarE é ver o tráfego a aumentar juntamente com os acidentes porque os paralelipipedos diminuem a eficiencia de travagem, e a velocidade comercial dos transportes publicos a diminuir!!! Só desvantagens.
Nunca mais chega ao dia em que noutros países se atiram para dentro dum poço, a ver se muitos portugueses que tanto gostam de imitar o estrangeiro aderem à moda tambem.
A Ponte Salazar foi tão bem construída que permitiu que os nossos governantes se viessem gabar de feitos de outros nos anos 60 quando foi instalado o comboio na ponte. É que os gebos de hoje em dis constroem autoestradas de duas faixas para quando se tiver de alargar toca a deitar os viadutos abaixo e adjudicar às empresas dos amigos.
ResponderEliminarNo Estado Novo felizmente havia sentido de Estado e não se permitia a ninguem lesar o Estado seja onde fosse, senão ia preso por muitos anos.
ResponderEliminarMas o regime actual que os ignorantes dão vivas apenas tem como propósito roubar ao maximo Portugal, e a maioria assiste impávida e serena e ainda dá vivas!!!
Portugal tem o que merece quando a maioria da população nada faz contra este estado de coisas!!!
Se um grupo de nacionalistas preocupado com a insegurança faz uma manifestação, enchem tudo de policia, quando um bando de pretos selvagens faz arrastões e roubos sempre nos mesmos sitios dia após dia a policia nem vê-la, estão algures noutro sitio a caçar multas à socapa a quem trabalha e produz para o Estado para dar algo aos politicos que estes hão de roubar...