In Jornal de Notícias (26/9/2010)
Cristiano Pereira
«A Câmara de Lisboa atribuiu ontem 14 ateliês municipais a artistas escolhidos através de um concurso público para o qual concorreram 163 candidatos. Alguns dos que ficaram de fora falam em “injustiça” e violação dos regulamentos. A autarquia rejeita as acusações.
No centro da polémica estão as suspeitas levantadas pelo jovem artista plástico Hugo Rodrigues de Queirós que fala em ?graves irregularidades? ocorridas no 1º Concurso de Atribuição de Ateliês Municipais.
Hugo Rodrigues lembra que o regulamento do concurso destinava-se a "jovens artistas em início de carreira" e que esse facto é várias vezes referido no texto que estabelece as regras. Só que "inacreditavelmente, foram atribuídos ateliês municipais por 45 euros a Ana Perez Quiroga (50 anos), e por 100 euros a Ângela Ferreira (52 anos), artistas conceituadas com décadas de carreira, entre outros", acusa. "Será que é justa a atribuição de ateliês municipais a artistas de 50 anos e 25 anos de carreira? Ou mesmo a artistas com 40 anos e 15 de carreira, dado que naturalmente não são "jovens artistas em início de carreira"??.
Ontem, minutos antes da cerimónia da entrega das chaves, o presidente do júri e director municipal de Cultura da CML, Francisco Motta Veiga, refutou, ao JN, tais acusações, considerando que “não têm fundamento” e que são originadas por “uma leitura precipitada do regulamento”.
“O regulamento não limita e não diz que isto são ateliês só para jovens, diz que são ateliês para as artes e é o projecto em concreto que é consagrado”, disse, lembrando que o concurso até teve a preocupação de não adoptar “um critério em que o currículo bastasse”. “O foco deste concurso é posto no projecto”, sublinhou, explicando que “queremos cá jovens, vamos tê-los, mas este não é um concurso para menores de 30”.
O concurso público de atribuição de ateliês municipais possibilita a cedência de contratos de arrendamento com rendas a preços bastante abaixo do real valor do mercado. A entrega das chaves decorreu ao início da noite de ontem no Palácio dos Coruchéus, em Lisboa.
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Julgo que foi a primeira vez que houve concurso para atribuição de ateliers. E é assim que deve ser. O resto ...
e que tal a CML vender os edifícios para pagar a dívida?
ResponderEliminarPara quê?
ResponderEliminar...Santa ignorância! Se acreditasse em Deus pedia-lhe paciência para estes reaccionários. Nunca estão satisfeitos com nada.