In Diário de Notícias (4/11/2010)
por DANIEL LAM
«O prolongamento da Linha Vermelha até à aerogare da Portela vai entrar em funcionamento até ao fim de 2011
O prolongamento da Linha Vermelha do Metropolitano de Lisboa (ML) entre Oriente e o aeroporto da Portela deverá entrar ao serviço no final de 2011, servindo aquela aerogare pelo menos durante seis anos, até 2017 - data em que está prevista a inauguração do novo aeroporto, em Alcochete. Numa visita às obras em curso, o presidente do ML, José Cardoso dos Reis, garantiu ontem que, "mesmo após o encerramento do aeroporto, esta linha continuará a ser útil para servir os futuros frequentadores daquela área, que poderá vir a ser residencial".
A mesma opinião foi defendida pelo secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca, que acompanhou o ministro dos Transportes de Marrocos, Karim Ghellab, nesta visita às estações, ainda em construção, do Aeroporto e da Encarnação.
O presidente do ML salientou que este prolongamento da Linha Vermelha, no valor de 210 milhões de euros, não serve apenas o aeroporto, que será a estação terminal. Partindo da actual estação Oriente, a linha cresce mais 3,3 quilómetros e ganha três novas estações: Moscavide, Encarnação e Aeroporto.
Segundo informações fornecidas pela empresa do comboio subterrâneo, "a estação Moscavide constituirá um interface com transportes rodoviários suburbanos". Destaca também a importância da estação Encarnação, que se "situa na zona dos Olivais, uma das mais populosas da cidade de Lisboa, com cerca de 7% do total de habitantes da cidade".
As obras, que começaram em Fevereiro de 2007 e cuja conclusão chegou a estar prevista para o final deste ano, "estão bem encaminhadas", revelou José Cardoso dos Reis, adiantando que a parte de construção civil está toda pronta, com o túnel aberto desde o terminal do Oriente até ao Aeroporto.
No átrio da estação Aeroporto, o presidente do ML explicou em francês ao ministro marroquino vários pormenores técnicos da execução das obras.
As dezenas de visitantes percorreram a pé cerca de um quilómetro de túnel entre as estações Aeroporto e Encarnação, no piso onde será instalada a via férrea.
A estação Aeroporto vai ter, nas paredes, peças de pedra em baixo relevo com 46 caricaturas de figuras públicas, como Amália e Eusébio, da autoria do cartoonista António. José Cardoso dos Reis referiu que as outras duas estações - Encarnação e Moscavide - "também terão intervenções artísticas, mas ainda não estão definidos os autores".
O terminus da estação Aeroporto fica situado por baixo das pistas dos aviões, revelou o director de projectos do ML, Francisco Sécio, salientando que "a parte mais demorada e complicada das obras já está toda concluída, com a construção do túnel e das três estações".
De acordo com o mesmo engenheiro, "decorreu tudo normalmente e não surgiu nenhum imprevisto pelo caminho. A parte mais difícil verificou-se no troço já perto da estação Moscavide, em que foi necessário passar por baixo de duas grandes condutas de água da EPAL. Isso implicou fazer contenção de terrenos por baixo das condutas para depois abrir e construir o túnel por baixo".
Francisco Sécio explicou que "agora só faltam as fases de acabamentos e especialidades, como a instalação eléctrica, a via férrea, postos de transformação, sistemas de telecomunicações e os equipamentos das três estações". Apesar de parecer que ainda falta fazer muito, o mesmo responsável considera que "esta parte é mais rápida e tudo deverá ficar concluído até Maio do próximo ano".
Indicou que já está a ser colocada malha antivibratória no piso ao longo de todo o túnel para amortecer as vibrações da circulação dos comboios. "Dentro de duas ou três semanas começam a ser colocados os carris", acrescentou Francisco Sécio.
Quanto à influência da actual crise financeira nos futuros projectos de expansão da rede do ML, o secretário de Estado, Carlos Correia da Fonseca, garantiu que "as obras já em curso - prolongamento da Linha Vermelha ao Aeroporto e extensão da Linha Amarela desde Amadora Este até à Reboleira - vão ser mesmo concluídas".
Todos os outros projectos, entre os quais os já anunciados prolongamentos até Loures e até ao Hospital Amadora-Sintra, "estão suspensos para se avaliar os seus níveis de importância e de prioridade".
O presidente do ML especificou que a extensão da linha desde Amadora até à Reboleira "ficará pronta a meio de 2012".»
"extensão da Linha Amarela desde Amadora Este até à Reboleira - vão ser mesmo concluídas" se foi mesmo isto que disse o SET então vê-se que sabe do que fala!
ResponderEliminarMas é verdade. A ligação da Falagueira à Reboleira vai mesmo ser terminada.
ResponderEliminarSeria muito interessante a Vimeca apostar em ligações frequentes e de largo período de funcionamento entre a Reboleira e o Hospital Amadora-Sintra.
Filipe e a ligação da Reboleira para as Casas do Lago tambem vai ser feita?
ResponderEliminarMAS NAO VAI SER A LINHA AMARELA!!
ResponderEliminarPorque a estação da Amadora Este é na linha azul..
TRISTE É VER QUE A CIDADE JA NAO É PRIORIDADE - EM VEZ DE ESTENDEREM A LINHA ATE A ESTRELA E DEPOIS CAMPOLIDE MAIS UMA VEZ OS ARREDORES VOLTAM A GANHAR...e se em 15 min. se está no centro de Lisboa, para que viver dentro da cidade??
E o que raios interessa a cor da linha? Elas são todas da cor do ferro. O que interessa e que a obra em curso, vai ser terminada!
ResponderEliminarEu não me acredito em mais prolongamentos do ML (e ainda bem) nos próximos anos.
O dinheiro investido em ligações duvidosas já dava para pagar umas 2 ou 3 ligações da linha de Cascais à de Cintura e uma grande parte da AV do Poceirão ao Caia.
Anónimo disse...
ResponderEliminarMAS NAO VAI SER A LINHA AMARELA!!
Porque a estação da Amadora Este é na linha azul..
TRISTE É VER QUE A CIDADE JA NAO É PRIORIDADE - EM VEZ DE ESTENDEREM A LINHA ATE A ESTRELA E DEPOIS CAMPOLIDE MAIS UMA VEZ OS ARREDORES VOLTAM A GANHAR...e se em 15 min. se está no centro de Lisboa, para que viver dentro da cidade??
12:24 AM
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Conforme eu ja disse e não sei porquê o meu comentario não foi aprovado, é mais provavel ser o jornalista a trocar as cores das linhas que o entrevistado. É que são poucos os jornalistas que conseguem dar uma notícia de transportes sem baralhar tudo
Em segundo lugar é normal que a oferta vá de encontro à procura. Se vive muito mais gente na periferia do que no centro e se o custo de construção duma linha de metro é muito mais baixo na periferia e envolve menos engenharia, então tudo se torna obvio. Os transportes à superficie chegam bem para a procura das zonas que refere.
As pessoas vivem no centro quando lhes baixarem o preço e houver estacionamento e acabe a degradação do centro. Eu tenho meios para adquirir casa no Intendente, na Mouraria, no Alto do Pina, na Baixa e na Picheleira, mas não quero. Não gosto da maioria das pessoas que frequenta essas zonas, e essas zonas são deprimentes tanto pela degradação humana como a javardice das ruas e as casas todas degradadas e com colonias de pragas de bichos rastejantes juntamente com frio e humidade. Identifico-me muito mais com casas novas nas Colinas do Cruzeiro ou na Quinta da Marialva por exemplo. Os preços juntamente com a qualidade tambem são bastante atractivos.