11/11/2011

Gestão da Parque Expo 'escondida'

In Sol (11/11/2011)
Por Tânia Ferreira


«O governo já nomeou a nova gestão da Parque Expo, em funções desde o início do mês, mas só divulga o nome do presidente, John Antunes. O Ministério de Assunção Cristas, que tutela a empresa a extinguir, diz que «não há orientações para divulgar» os nomes dos dois vogais.

Administração

Nova equipa tem três membros e está funções desde o início do mês, mas tutela só revela presidente

Plano

Nova administração, liderada por John Antunes, de apresentar plano de reestruturação da empresa no curto prazo

O novo conselho de administração (CA) da Parque Expo, agora composto por três elementos e nomeado até 2013 com a missão de extinguir a empresa pública, está em funções desde o início do mês de Novembro, segundo confirmou ao SOL fonte oficial do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT).

Mas, neste momento, só o nome do presidente, John Antunes, é conhecido. O MA- MAOT garante que a equipa que sucede à administração de Rolando Borges (que tinha cinco membros) já está formada, mas recusa-se, para já, a revelar a identidade dos dois vogais da Parque Expo. «Não existe ainda orientação para divulgar o nome dos restantes dois membros do CA», assume fonte oficial do ministério liderado por Assunção Cristas, explicando que a composição dos novos órgãos sociais «foi acordada entre os accionistas relevantes da Parque Expo e, em particular, os ministérios que tutelam a empresa [Finanças e MAMAOT]». empresa tem ainda como accionista minoritário a Câmara Municipal de Lisboa.

O Sol apurou que o Governo estará com dificuldades em montar a equipa de gestão da Parque Expo, nomeadamente devido às restrições orçamentais do Estado e à difícil missão que terá essa equipa: fechar a empresa pública, altamente endividada. Questionada sobre este cenário, a fonte do MAMAOT responde que «nesta altura, valerá mais a pena esperar pelo anúncio público, que deverá ocorrer brevemente».

Os novos corpos sociais, segundo a mesma fonte, foram nomeados por uma declaração social unânime por escrito entre os ministérios. «Não foi feita uma assembleia geral, por ser desnecessária», esclarece. E clarifica que, «apesar do acordo entre as partes, a declaração, que se reporta ao principio do mês de Novembro, ainda não estará formalmente em vigor. Por questões de agenda, carece ainda de assinaturas». Recentemente, a ministra da Assunção Cristas (na foto) justificou a escolha de John Antunes - até agora director financeiro da Parque Expo - para presidente com o facto de o gestor conhecer bem a empresa. A governante está convencida que em 2012 não será possível concluir o processo de extinção e, por isso, decidiu nomear a nova gestão por um triénio.

O novo CA «deverá elaborar, a curto prazo, um plano de reestruturação que enquadre as suas perspectivas quanto àquele plano faseado de extinção», avança ainda ao SOL a mesma fonte. No âmbito desta extinção, a intenção do Governo passa pela privatização do Pavilhão Atlântico e da Marina, e pela passagem da gestão da Gare do Oriente para a Refer e Metro, e da parte urbana para as Câmaras de Lisboa e Loures.»

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