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26/01/2012
António Costa pede audiência a Assunção Esteves, preocupado com nova lei das rendas
Por Ana Henriques in Público
"É intolerável que o Governo faça uma lei que atinge essencialmente o concelho de Lisboa", observou Ruben de Carvalho na reunião de câmara de ontem
Preocupado com os efeitos, na cidade, da nova lei das rendas que o Governo quer fazer aprovar, o presidente da Câmara de Lisboa escreveu uma carta a pedir uma audiência à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves.
Numa das moções que o autarca anexou à carta, a vereadora Helena Roseta recorda que o artigo 65.º da Constituição "estabelece o direito à habitação e obriga o Estado a adoptar uma política tendente a estabelecer um sistema de renda compatível com o rendimento familiar".
"O Estado não pode demitir-se das suas obrigações constitucionais", argumenta a vereadora da Habitação de Lisboa, que rejeita a criação de um regime transitório de cinco anos para idosos e deficientes, findos os quais estas pessoas pagarão os mesmos aumentos que as restantes.
Helena Roseta defende a necessidade de serem feitas simulações que permitam avaliar os impactos da lei antes da sua aprovação final. "A eliminação da relação entre actualização de renda e o estado de conservação dos fogos prejudica a reabilitação urbana e a regeneração social das zonas antigas e em mau estado da cidade", considera a autarca.
A segunda moção que segue na carta enviada a Assunção Esteves é subscrita pelo vereador Ruben de Carvalho e diz que esta revisão da lei constitui "mais um novo e grave factor de instabilidade social". Se for por diante, "legitimará uma vaga de despejos, com especial impacto em segmentos da população mais frágeis", antevê o PCP. Ruben de Carvalho alerta para as consequências que as medidas terão não só no arrendamento habitacional como no pequeno comércio, na restauração, nos serviços e nas associações populares. Os comunistas temem a emergência de um ciclo de carência habitacional "que venha acarretar para o Estado e autarquias um novo esforço de realojamento de famílias em condição precária".
A complicada situação que se vive no Regimento de Sapadores Bombeiros, sob suspeita desde que o presidente da câmara anunciou, há perto de um ano, ter participado às autoridades suspeitas sobre concursos para compra de veículos, foi outro tema ontem em discussão na reunião do executivo. O presidente da câmara foi instado pelo vereador do CDS-PP, António Carlos Monteiro, a demitir o comandante do regimento, por este ter escrito um email aos bombeiros a queixar-se do vereador que superintende à corporação. Mas António Costa respondeu que nem ele nem o vereador se sentiam ofendidos por esse facto.
Expliquem-me, pois não consigo compreender.
ResponderEliminar"Um regime transitório de cinco anos para idosos e deficientes, findos os quais estas pessoas pagarão os mesmos aumentos que as restantes" deve partir do princípio que ao fim desses cinco anos os idosos ficaram outra vez novos e que os deficientes deixaram de o ser, só pode.
Ou então que, por terem necessidades especiais, lhes é concedido um prazo alargado para se adaptarem à nova lei. Também pode ser...
ResponderEliminarO Costa quer mesmo a cidade a cair. Já está a arranjar meios para embargar e garantir a decadência e degradação da cidade.
ResponderEliminarÉ claro que os senhorios têm razão! Não são eles que devem pagar. A segurança social compete ao Estado, a quem pagamos impostos (e de que maneira). Mas os inquilinos tb. têm razão. O governo foi eleito para resolver estes problemas (= governar), mas com a herança que recebeu, também não pode deixar de cumprir o que acordou com a troica!
ResponderEliminarVenha o diabo e escolha, mas já agora que escolha bem: Ponha-se do lado dos Portugueses (senhorios e inquilinos) e resolva o VERDADEIRAMENTE DIFICIL PROBLEMA com a troica, sem atirar senhorios contra inquilinos (= portugueses contra portugueses).
O descalabro vai ser de tal ordem que é por aqui que vai passar uma nova Revolução, porque vão tocar numa das necessidades mais básicas do ser humano: a habitação.
ResponderEliminarAnónimo disse...
ResponderEliminarO descalabro vai ser de tal ordem que é por aqui que vai passar uma nova Revolução, porque vão tocar numa das necessidades mais básicas do ser humano: a habitação.
1:06 PM
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Continuará a haver habitação para todos até porque Portugal tem casas a mais. Simplesmente mudam-se de zonas finas para a periferia à procura de preços mais baixos. Nada de novo, os ultimos 50 anos têm sido assim.