08/02/2012

"O dir. reg. de Cultura também já acedeu a aprovar o acrescento, mas critica o banco por este ter "confrontado as autoridades com um facto consumado".


Consumado na Igreja
O Banco de Portugal não pediu qualquer autorização para colocar um biombo no telhado da Igreja de S. Julião, que está a reconverter em Museu da Moeda. O acrescento destina-se a tapar condutas de ar condicionado e outro equipamento técnico. Depois de o caso ter sido denunciado pelo vereador António Carlos Monteiro (CDS-PP), a Câmara de Lisboa prepara-se agora para legalizar a obra, que, pelos cálculos do autarca ,terá uns três metros de altura. "É uma vergonha. A câmara e o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico deviam ter embargado aquela barbárie", indigna-se o vereador. O director regional de Cultura também já acedeu a aprovar o acrescento, mas critica o banco por este ter "confrontado as autoridades com um facto consumado". A.H.in Público
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Mas o que é isto ?!? :

"O director regional de Cultura também já acedeu a aprovar o acrescento, mas critica o banco por este ter "confrontado as autoridades com um facto consumado".

Tal como o antigo Director Regional da Cultura nunca exigiu, puniu ou corrigiu o Escândalo de Vandalismo de Estado e do Patriarcado que constituiu o caso do Portão Lateral da Sé … O que achará o Sr. Secretário de Estado da Cultura, Viegas … destes “casos” …
A “Cultura” ultrapassa … os Livros e os Poemas … Antes da palavra impressa e Gutemberg, a Catedral era o Livro Iconográfico tal como Victor Hugo na “Notre Dame de Paris" o descreve quando afirma “O Livro matou a Catedral “ …
Além disso poderemos ainda mais uma vez perguntar ...O gradeamento bem visível e parte integrante e inalianável do Património da Igreja no seu todo ... na entrada da Igreja de São Julião ... é para repor … ou é para “desaparecer”… tal como na Igreja de São Roque !?
Recapitulemos ainda o que Manuel Salgado afirmou na altura:
“A polémica estalou no fim de Setembro, quando o vereador do CDS-PP se apercebeu de que estava a ser construída uma torre de betão a poucos metros da torre sineira da antiga Igreja de S. Julião, que está a sofrer obras de adaptação para receber o Museu da Moeda. A torre, segundo explicou na altura ao PÚBLICO o arquitecto Gonçalo Byrne (autor do projecto), destina-se a albergar "um sofisticadíssimo sistema de climatização".
Na sequência da denúncia do vereador centrista, António Carlos Monteiro, a autarquia determinou a realização de uma vistoria à obra. O resultado ainda não é conhecido, mas ontem o vereador Manuel Salgado disse em reunião do executivo municipal que o próprio Gonçalo Byrne reconheceu que houve "um ligeiro aumento" da altura do edifício.”
E disse que já deu entrada um projecto de alterações, "que está a ser apreciado". "Se não estiver em condições de ser aprovada, a obra será embargada e demolida e terão de encontrar outra solução", concluiu o autarca da maioria que governa da cidade.
( in Público 27/10/2011 )
António Sérgio Rosa de Carvalho




2 comentários:

  1. Existem razões de sobra para punir o autor, é inexplicavel como será possível que um arquitecto reconhecido internacionalmente seja o autor de tal coisa.
    Na 1ª foto que ilustra este post, a torre não é um "ligeiro aumento", a mesma foto foi fotografada praticamente à altura, e portanto não existe deformação. Em segundo, muito espanta a utilização de betão e armaduras em cima de um edificio em pedra estabilizado à vários anos a igreja.
    Todos sabemos que o betão dilata e ira provocar movimentos (milimétricos) nas pedras e provocar o "desarranjo" das pedras estruturais da igreja.
    A Ordem do Arquitectos deveria punir quem prevarica, não colhe o facto consumado. Os arquitectos têm que ser responsabilizados, e não tem o direito de manchar o bom nome dos arquitectos.

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  2. Caro Anónimo:

    "O acrescento destina-se a tapar condutas de ar condicionado e outro equipamento técnico."

    Acha que foi o arquitecto Byrne que colocou lá as condutas????
    ...ele limitou-se a tentar minimizar o impacto arquitectónico das imposições técnicas!

    cumps.
    f.

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