in Público Imobiliário, 15 Fev 2012. Rui Pedro Lopes
Quando Eça de Queiroz escreveu o livro «O Mandarim», em 1880, estava longe de imaginar que o ‘seu’ “Palacete Amarello, ao Loreto” (na realidade, o Palácio Valada e Azambuja), onde decorriam “algumas das mais afamadas festas” de Lisboa, se transformaria mais de 130 anos depois num empreendimento residencial, destinado a arrendamentos de curta duração.
Foi isso mesmo que aconteceu com o Palácio Valada e Azambuja, agora reabilitado numa operação conduzida pelo Fundo Santa Casa 2004, gerido pela Fundbox, e cuja conclusão está prevista para Abril deste ano. O projecto compreende dez apartamentos, com tipologias entre o T0 e o T2, “vocacionados para o segmento alto de turismo cultural e de lazer”, anuncia a entidade promotora, constatando que o imóvel se encontra em fase de lançamento comercial.
O Palácio Valada e Azambuja representou um investimento de cinco milhões de euros e tem uma área de 1.088 m². A estratégia delineada pela Fundbox para o Palácio Valada e Azambuja prevê arrendamentos diários e rendas mensais entre 750 e 1.350 euros. O estudo de mercado realizado por aquela sociedade gestora de fundos imobiliários definiu como meta uma facturação anual dos seus dez apartamentos na ordem dos 120 mil euros, viabilizada por uma percentagem de ocupação de 65 por cento. Num cenário de ocupação do Palácio Valada e Azambuja a 100 por cento este valor poderá aumentar em 20 por cento.
O Palácio Valada e Azambuja possuía 47 inquilinos quando foi adquirido pelo Fundo Santa Casa 2004. Actualmente restam 15. Os outros 37 foram alvo de realojamento, renegociação de contratos de arrendamento ou indemnizações. Este projecto inclui quatro pisos, concentrando nos pisos 3 e 4 os apartamentos alvo de arrendamento, cinco dos quais com sótão e mezanine. O piso 0 alberga actividades comerciais e o piso 1 é constituído por quatro ateliers de 100 m². Estes últimos serão destinados a actividades ligadas à arte e arquitectura. O segundo piso é ocupado pela biblioteca municipal Camões.
Só espero é que regressem oas fabulosos painéis de azulejos do hall de entrada... espero.
ResponderEliminarfabulosos, Paulo, diz bem!, fabulosos. hei-de passar para ver
ResponderEliminarNC