30/07/2012

António Costa não afasta candidatura à liderança do PS .

Trampolim ... com "Acrobacias" em diversas fases e plataformas ...
António Sérgio Rosa de Carvalho.

Editorial Hoje no Público:
Costa segue airoso, mas não Seguro 
Uma vez mais, António Costa veio deixar no ar a ideia de que, mais dia menos dia, será ele o líder do PS. Com tudo o que isso implicará depois, desde a liderança de um eventual futuro governo socialista a cargos que mais alto se alevantem. Fá-lo com todo o direito que lhe assiste, embora de uma forma idêntica à da raposa da fábula, a que sugere que “estão verdes... não prestam”, mas na verdade cobiça as apetecíveis uvas que reluzem aos seus olhos. Seguro, que segue menos airoso porque a liderança já não é para ele uma ambição (conquistou-a), mas sim um difícil fardo em tempos de crise, comentou a apetência de Costa com um seco elogio às “qualidades” que sobram no PS para os cargos que se lhe apresentam. “Algumas qualidades”, diga-se, foi o que Costa disse agora ter para vir a ser “o líder”. Mas falta-lhe o momento certo. Falta-lhe que Seguro falhe. Falta-lhe que o PS não se esfarele nas alternativas. Falta-lhe ainda votos. Os do PS e os outros. Tê-los-á? 






António Costa não afasta candidatura à liderança do PS 
O presidente da Câmara de Lisboa diz que "nunca se verificaram as circunstâncias" para se candidatar a secretário-geral do PS, mas admite ter "algumas qualidades" úteis para a função.
Domingo, 29 de julho de 2012 in Expresso online
Concentrado na vida autárquica, António Costa admite que houve alturas em que quis ser secretário-geral do PS e que tem mesmo "algumas qualidades" úteis para a função, mas lembra que este não é o momento para colocar a questão.

Cinco anos depois de ter tomado posse como presidente da Câmara de Lisboa, a 1 de agosto de 2007, o ex-ministro da Administração Interna diz, em entrevista à agência Lusa, que governar um município "tem de implicar um grande gosto" e disponibilidade permanente, envolvendo um grau de exigência "muito superior a ser membro do Governo".

Há alguns anos não se imaginava à frente da autarquia da capital, mas, de qualquer forma, entende que não se escolhe o que se quer fazer na política: "Já vi gente tão infeliz com imensos sonhos de vida que não realizaram e o que tenho visto é que a vida política é menos aquilo que nós queremos que seja, mas aquilo que em cada momento uma pessoa pode ser em função da utilidade que tem".

Sobre a possibilidade de ser secretário-geral socialista, como defenderam já várias figuras do partido, António Costa considera que "nunca se verificaram as circunstâncias" para assumir o cargo.

Questão não se coloca agora


"Houve alturas em que eu queria e não podia ser, houve alturas em que eu queria e havia pessoas mais bem colocadas, houve alturas em que não queria.

Essas perguntas não se fazem em abstrato, fazem-se no momento certo, quando as oportunidades existem.

Neste momento é um problema que não se coloca, o PS tem um líder. Se um dia estiver em discussão, poder-me-á fazer a pergunta e logo verei que resposta estarei em condições de dar", afirma.

Por isso, e apesar de assumir que poderá voltar a candidatar-se nas autárquicas de 2013, a hipótese não está excluída.

"Se me perguntar se eu posso ser guarda-redes do Benfica, digo-lhe claramente não posso ser guarda-redes. Ser secretário-geral do PS é diferente. Acho que tenho algumas qualidades que poderia mobilizar a favor dessa função. É uma pergunta que se pode fazer em abstrato, não se pode é responder em abstrato", sustenta.

Centrado no trabalho autárquico


Por estar "muito concentrado no trabalho autárquico", António Costa refere que não tem acompanhado o desempenho do PS com a atenção necessária para "fazer uma avaliação muito justa do trabalho de oposição que o partido tem ou não feito na Assembleia da República", pelo que prefere não fazer comentários à prestação dos socialistas.

Os contactos com o grupo parlamentar têm sido, aliás, "muito poucos".

No entanto, e embora não seja habitualmente visto em público com António José Seguro como com o anterior secretário-geral, José Sócrates, assegura que a sua relação com o partido é, como sempre foi, muito normal: "Não tenho estados de alma com o PS, nem creio que o PS tenha estados de alma comigo".

2 comentários:

  1. Justa homenagem ao responsávem máximo pelo caos de Lisboa:
    Termina amanhã a 51ª edição dos Prémios António Costa que, ao que tudo indica, serão renovados por mais um mês - ver [AQUI].

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  2. As aspirações de António Costa à liderança do PS (ou até a P.R.) são mais do que legítimas, mas estão previstas no Princípio de Peter:
    Tendo atingido o topo da carreira como autarca, Aº Costa muda de agulha.

    Resta saber o que é que pode levar os militantes do PS a escolhê-lo, depois da demonstração das suas capacidades na capital - onde, ainda hoje, estamos à espera que cumpra uma das suas principais promessas: «Acabar com o estacionamento em 2ª fila».

    Note-se que já nem se lhe pede que "acabe com isso". Pede-se, apenas, que "mostre alguma vontade" para lutar contra esse flagelo - mas nem isso. Chiça!

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