Apenas ... para ficarem com uma impressão geral e aproximada da reportagem do World of Interiors ... aqui vai .... continuamos a não reconhecer o Valor do nosso Património... enquanto Internacionalmente ele é reconhecido ...
Tal como eu dizia no `post` anterior sobre esta reportagem da Solmar ...
Este grande exemplo de um Projecto Total de Arquitectura de Interiores ou "Gesamtkunstwerk", teve agora o reconhecimento e consagração definitiva da sua importância Patrimonial, ao ser publicado na Mundialmente famosa e respeitada "World of Interiors".
Agora que se fala novamente da classificação deste tipo de Património Único e Insubstituível, tema pelo qual me bato há muitos anos ... aqui temos um caso a ser proposto já e de imediato ... não esqueçendo que a Cervejaria/Restaurante e a Pastelaria são um TODO indivísivel !!
António Sérgio Rosa de Carvalho
É curioso como a notícia da condenação dos cientístas que não previram o sismo de Áquila não mereça qualquer referência neste blog. Tal como é curioso que quase nunca se fale aqui de sismos, embora o risco sísmico de Lisboa seja considerável.
ResponderEliminarSuponho que não vos convenha muito, porque a vossa sistemática defesa incondicional de edifícios sem qualquer resistência sísmica ficaria muito abalada.
Edifícios do séc. XIX nas avenidas novas são lindíssimos, claro, mas quando a terra tremer os seus habitantes vão morrer debaixo dos seus escombros...
Pois então destrua-se tudo e construam-se os caixotes anti-sismicos.
ResponderEliminarMas parece-me que nos sismos têm caído prédios recentes por inteiro enquanto que edifícos centenários vêm desarranjos menores.
E a Baixa Pombalina, construída com tecnologia anti-sísmica e que construção actual se encarregou de tornar inseguros por alterações criminosas?
Caro anónimo 10:59, vamos também acabar com os carros porque são potencialmente letais, com o gás canalizado porque é perigoso. Fuma? Pois não devia.
Por favor, venha com argumentos lógicos e deixe-se de associações delirantes que a história protege-se, não se destrói preventivamente.
"Pois então destrua-se tudo e construam-se os caixotes anti-sismicos."
ResponderEliminarNão é preciso destruir tudo, mas o que foi construido em Lisboa entre o fim da arquitectura pombalina e o início do betão é particularmente sensível e não se pode fazer de conta que não é. A solução, parece-me a mim, passa por reforçar estruturalmente os edifícios, quando isso é possível, e substituí-los por novos (não necessariamente "caixotes"), quando não é possível.
Quanto à baixa pombalina, a história é outra, porque os edifícios originais têm uma boa resistência, devem pois ser preservados nas suas características originais.
Qaunto às comparações com carros e gás, só ajudam os meus argumentos: não se acaba com eles, mas introduz-se segurança ou substituem-se por novos mais seguros.
Caro João Torres,
ResponderEliminarTraga aqui, por favor, um exemplo de um edifício novo a substituir outro antigo que não seja um caixote de metal, vidro e betão.
Sabe, é que a sua sugestão, a julgar pelo que se tem feito ao património e à coesão arquitetónica nesta cidade, a ser concretizada teria o mesmo efeito que um sismo e contra esse sismo luta-se todos os dias para encontrar proteção, sem grandes resultados.
Se modernização é, para si, pladur, focos embutidos, soalho flutuante que parece madeira mas não é, cozinhas minimalistas e mil vezes vistas, e outras malfeitorias, deixe-me lembrar-lhe que não somos América Latina, apesar do que já vem a parecer. Aqui há história e os nossos modelos deviam ser Paris, Roma Madrid.
Uma amiga romana contou-me que o McDonalds que havia na Piazza di Spagna em Roma teve de fechar por pressão popular e converter-se de forma a não ver-se, nada! E aqui?
"a sua sugestão, a julgar pelo que se tem feito ao património e à coesão arquitetónica nesta cidade, a ser concretizada teria o mesmo efeito que um sismo"
ResponderEliminarUma frase que diz tudo: as pessoas que se lixem! Incrível, acha mesmo que os efeitos de substituir (ou reforçar) os edifícos desde já é igual a esperar que desabe tudo num sismo com milhares de mortos!? Então só os edifícios é que contam?
Acrescento apenas que também não gosto de "pladur, focos embutidos, soalho flutuante que parece madeira mas não é, cozinhas minimalistas e mil vezes vistas, e outras malfeitorias", mas:
ResponderEliminar1. edifícios novos não têm de ser necessariamente assim;
2. prefiro isso a morrer num sismo.
Quanto às cidades que refere não tem um risco sísmico semelhante a Lisboa. A única que tem algum risco é Roma, mas muito longe do rico de Lisboa.
Caro João Torres,
ResponderEliminarSe construções novas não têm de ser assim, porque o são sempre?
Se reforçar as estruturas significa fachadismo - fachada antiga, interior novo - então não, obrigado.
As pessoas estão primeiro e por isso mesmo as soluções urbanísticas e arquitetónicas em voga são reprováveis, porque é o economicismo primeiro, as pessoas depois.
Toda Roma e Itália, Turquia, partes consideráveis da Grécia têm alto risco sismico. Quer destruir o património lá? É que eles não querem. E devem estar algo certos porque património é sinal de história, cultura, é fonte de rendimentos para todos e não só para aqueles que deixam cair os seus edifícios para fazer caixotes modernos e vendê-los por um absurdo, porque para esses só o presente conta.