Por Inês Boaventura
«A Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) aprovou o projecto de arquitectura do centro de artes da Fundação EDP, mas fê-lo com duas condicionantes: a “apresentação de um plano de trabalhos arqueológicos” e de “uma proposta alternativa à localização da ponte pedonal”,que estava previsto que unisse o novo equipamento ao Largo Marquês de Angeja.
Estas foram as determinações da directora-geral da DGPC, Isabel Cordeiro, num despacho do qual foi Direcção do Património aprova projecto da Fundação EDP mas impõe condicionantes dado conhecimento à Câmara de Lisboa em meados de Fevereiro, poucos dias antes de esta entidade ter decidido que o projecto se reveste de excepcional importância para a cidade. Em termos práticos, essa decisão da autarquia implica que seja promovido um debate público sobre a obra e permite que sejam ultrapassadas as desconformidades entre o projecto e o Plano Director Municipal. O despacho deixa cair o entendimento dos arquitectos da DGPC que analisaram o processo. No parecer de arquitectura consultado pelo PÚBLICO, Teresa Gamboa e Flávio Lopes consideram que a ponte pedonal e ciclável proposta pela Fundação EDP “apresenta um impacte negativo face à Cordoaria Nacional (cortando algumas das perspectivas de visualização)”. “Uma alternativa em túnel, à semelhança do que já acontece noutros pontos com esta linha de comboios, seria aceitável”, concluem os técnicos.
No seu parecer, os arquitectos defendiam também que “no desenvolvimento do projecto e em fase de especialidades” a Fundação EDP deveria apresentar “um relatório que explicite quais as medidas a implementar no decurso da obra, para protecção física da Central Tejo”, classifi cada como imóvel de interesse público. E solicitavam ainda que fosse efectuado um relatório “com o levantamento fotográfico, sistemático, do interior de todos os imóveis e estruturas que serão alvo de demolições”. Segundo os técnicos da DGPC está prevista a demolição de quatro armazéns, dois edifícios de escritórios, uma subestação e um cais.
Já o arqueólogo José da Costa Correira propôs que “toda a mobilização de terras subjacentes ao aterro” fosse acompanhada por um arqueólogo especialista. Segundo o técnico da DGPC tal justifi ca-se por haver uma “grande probabilidade de ocorrência de contextos náuticos aprisionados nos lodos depositados pelo rio (já demonstrada na Praça D. Luís I e na Av. 24 de Julho, com trabalhos arqueológicos ainda em curso)”. Uma proposta acolhida pela directora-geral da DGPC. O projecto da arquitecta britânica Amanda Levete inclui espaços para exposições e eventos, um centro educativo, uma zona administrativa e serviços. Em Janeiro o administradordelegado da Fundação EDP garantiu que se mantinha a intenção de começar as obras, orçadas em quase 20 milhões de euros, “no primeiro semestre de 2013”.»
Penso que a cidade e o país ficam a perder em várias frentes: a integralidade da Central fica comprometida com a demolição deste edifícios; Belém já está demasiado pressionada com inovações depois do novo museu dos coches, do hotel e do CCB. Aquele que é um espaço "sacro-santo" da história e património de Lisboa e Portugal - dois patrimónios da humanidade encontra-se lá - está a tornar-se numa "Expo II"; perde o património pela vertente do desperdício de dinheiro que podia ser canalizado para projetos culturais urgentes; e perdem os consumidores que vêm a eletricidade subir e afinal esta empresa tem dinheiro a sobrar.
ResponderEliminarEste projeto é mais um escândalo!
É aquela porcaria à beira-rio ali no Cais do Sodré, agora este, mais adiante o hotel, mais lá para cima a FRES....todos querem o seu toldo pertinho d`água !?
ResponderEliminarO banheiro Manuel Salgado é que o dono desta Praia ?
Ignorância e mais uma obra do regime o secretario de estado da cultura será o grande responsável Jorge Barreto Xavier esta aprovação é demonstrativa de provincianismo por parte de quem deveria defender o nosso património uma das maiores riquezas da nossa cidade.
ResponderEliminarSera vaidade? Sera que os nossos governates nao entendem que sao este tipo de empresas que usam e abusam de uma situacao priviligiada para encherem os seus cofres. Existem varios monumentos em Lisboa, e em Portugal com carencia de fundos para o seu restauro. Ja imaginaram o que seria juntar 3 ou 4 edificios patrimonio e recuperar. Varias empresas poderiam concorrer deversificava o patrimonio, os portugueses agradeciam.
ResponderEliminarPorquê só anónimos?
ResponderEliminarAnónimo disse...
ResponderEliminarPorquê só anónimos?
4:10 PM
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Porque se derem a cara vêm os comentários censurados. Em anónimo tudo é publicado. Lá se tem que armar o burro à vontade do dono.
Porquê só anónimos?
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Se calhar são anónimos que têm responsabilidades em relação a outros e que podem muito bem ser alvos de represálias tanto a nível pessoal como a nível profissional...
Já pensou...?
Hoje em dia o mundo é muito pequeno!
Mas pelo menos são anónimos cultos, informados e que "postam" ao contrário de outras pessoas que nem abrem a boca e quando falam é só para dizer asneira!
Como camionistas de mente terruja que só vem para este blog "vomitar"
opiniões!
Os carneiros, os incultos e os cobardes obviamente que não entendem!
Esperem só até o numero aumentar e a união fizer a força!
Só espero que não seja em vão ou tarde de demais!
ANÓNIMO!
Num país e blog onde veneram desempregados, claro que tinham que vomitar barbaridades contra os que mais produzem e sustentam o país. Chama-se cuspir no prato onde se come. Não fossem os poucos que trabalham e fazem descontos e os desempregadops e comunas não ima buscar subsdios. Ou já tinham emigrado ou já tinham morrido à fome ou já estavam nas prisões acusados de roubo a viver à custa dos poucos que contribuem como por exemplo os "camionistas".
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