08/03/2013

Imagens de Marca - Lisboa/Portugal (continuação)

Tinha anunciado no meu artigo anterior que continuaria o meu “tour” por bons exemplos do Estilo Abarracado, tão português, tão lisboeta.
Hoje vou debruçar-me sobre as lojas e comércio em geral, já que estes são uns dos mais convitos seguidores do Estilo Abarracado e têm-nos proporcionado exemplos excecionais de “como fazer”.
É curioso como os tempos mudam. Antes, no séc. XIX e
grande parte do séc. XX, as lojas eram veículos dos últimos gritos da moda na decoração e a apresentação era fulcral, mesmo que discutível o gosto.
Lembremo-nos do modernismo das livrarias da Rua do Carmo, da elegância da pastelaria Versailles e c
ontemporâneidade da pastelaria Mexicana, dos interiores de lojas como a luvaria Ulisses ou a Ramiro Leão (antes do tsunami Benetton), entre muitas outras.
Será que hoje as lojas ainda mantêm essa função? Se sim, o que dizer do gosto nacional! Se não, o que aconteceu para a mudança radical de paradigma na relação com a cidade, com o público, com a arte? 

Onde fica este Bazar Indiano/Paquistanês?

Fica no Prémio Valmor de 1908! E as outras lojas, que estão encerradas rematam o bom gosto.

Neste preciosíssimo prédio da Avenida Almirante Reis, as mísulas decorativas atrapalham o lindo toldo da loja de móveis. E a pastelaria à esquerda? Digam-me o que acham...

Fica em plena Baixa Pombalina! Por favor, há limites.
A pedra que reveste a fachada caiu, mas isso não impediu a vida de continuar. Sempre conheci esta loja assim.
Por detrás do letreiro esconde-se uma fachada em ferro fundido. Baixa Pombalina.
Este gaveto da Avenida Almirante Reis com a Avenida Pascoal de Melo é um charme com as suas varandas e está bastante bem conservado, pelo padrões lisboetas. Mas a loja... é tudo menos charmosa. E aqui poder-se-ia ter feito bem, com resultados ainda melhor junto dos clientes, tenho a certeza.
 Continua...

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