Tinha anunciado no meu artigo anterior que
continuaria o meu “tour” por bons exemplos do Estilo Abarracado, tão
português, tão lisboeta.
Hoje vou debruçar-me sobre as lojas e comércio em
geral, já que estes são uns dos mais convitos seguidores do Estilo Abarracado e
têm-nos proporcionado exemplos excecionais de “como fazer”.
É curioso como os tempos mudam. Antes, no séc. XIX e grande parte do séc. XX, as lojas eram veículos dos últimos gritos da moda
na decoração e a apresentação era fulcral, mesmo que discutível o gosto.
Lembremo-nos
do modernismo das livrarias da Rua do Carmo, da elegância da pastelaria
Versailles e contemporâneidade da pastelaria Mexicana, dos interiores de lojas como a luvaria Ulisses ou a Ramiro Leão
(antes do tsunami Benetton), entre muitas outras.
Será que hoje as lojas ainda mantêm essa função? Se sim, o que dizer do gosto
nacional! Se não, o que aconteceu para a mudança radical de paradigma na relação
com a cidade, com o público, com a arte?
Onde fica este Bazar Indiano/Paquistanês? |
Fica no Prémio Valmor de 1908! E as outras lojas, que estão encerradas rematam o bom gosto. |
Neste preciosíssimo prédio da Avenida Almirante Reis, as mísulas decorativas atrapalham o lindo toldo da loja de móveis. E a pastelaria à esquerda? Digam-me o que acham... |
Fica em plena Baixa Pombalina! Por favor, há limites. |
A pedra que reveste a fachada caiu, mas isso não impediu a vida de continuar. Sempre conheci esta loja assim. |
Por detrás do letreiro esconde-se uma fachada em ferro fundido. Baixa Pombalina. |
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