Estão por todo o lado. E não ficam bem na fotografia. As cablagens das empresas de comunicações dispõem-se de forma caótica nas paredes exteriores de muitos edifícios de Lisboa. A câmara escreveu aos operadores a pedir-lhes que cumpram as regras. Mas tanto a autarquia como a Anacom admitem que é difícil resolver o problema.
Fios e mais fios. São cabos soltos, enrolados, emaranhados uns nos outros, alguns cortados, outros fazendo estranhas ligações. As fachadas dos prédios de Lisboa apresentam bastantes vezes o mais caótico dos cenários, desenhado pelas cablagens das empresas de telecomunicações. São imensos os exemplos de edifícios que, mesmo depois de terem sido sujeitos a obras de reabilitação ou apenas a uma pintura, apresentam um desolador quadro de fios colocados de forma desordenada nas paredes exteriores. Como se os mesmos tivessem sido atirados contra a fachada, de forma aleatória, sem preocupações estéticas e urbanísticas de maior.
A situação é tão comum, e perene, que até parece escapar à atenção da maioria dos cidadãos – poucos serão os que se manifestam incomodados. O que não deixa de ser estranho, já que ela tem relação directa com a fruição da qualidade arquitectónica dos edifícios, muitos deles exemplares representantes de determinadas épocas e e estilos. Seja um edifício do século XVIII ou um prédio modernista, em pedra ou em azulejo, classificado ou não, poucos escapam a este desordenamento. A quase completa ausência de fiscalização tal favorece. Se ninguém multa ou obriga a fazer as coisas de outra forma, será pouco provável que os operadores de telecomunicações se sintam motivados a mudar de atitude. A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) diz que a “solução não é fácil” e, no caso, sugere a coresponsabilização da Câmara Municipal de Lisboa (CML).
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o recorde é provavelmente na Rua de São Bento, no 357 (perto do Rato)
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