Ora a descrição não faz juz ao resultado. Vejam por vós:
Esta é uma obra da CML, que recebeu este edifício da ESTAMO em troca de licença de obras em operações urbanísticas da propriedade da empresa imobiliária do Estado. |
Corrijam-me se estou enganado, mas o Panteão Nacional está classificado como Monumento Nacional desde 1910, não está?
E este tipo de classificações impõem áreas de salvaguada de forma a preservar o entorno do monumento, conservando o contexto histórico, arquitetónico e de vistas, não estou certo?
Como é que este tipo de intervenção mantém a contextualização do Panteão?
Não vou referir-me aos interiores que foram totalmente esvaziados; aposto que não vão ter uma referência sequer à época histórica da sua construção mas não deixo de perguntar-me como é que esta intervenção com este tipo de janelas passou pelo IGESPAR, pela Direção Geral do Património Cultural ou pelos serviços camarários de defesa do património já que pelos doutos arquitetos e membros do atual executivo municipal pérolas deste tipo são "expediente ordinário".
Para que servem estas instituições públicas se não são eficazes na defesa da memória patrimonial desta cidade?
Será que não conhecem as condicionantes que impõem uma intervenção em património histórico e que estão definidos pelas boas práticas internacionais? Se não adquiriram este grau técnico o que estão a fazer nos quadros desses institutos?
A arquitetura deste edifício, assim como a de muitos em Lisboa, públicos ou privados, militares ou civis, é, per si, despojada, sem elementos decorativos, numa sequência monótona e disciplinada de janelas que acabam, no final, por trazer-lhe a dinâmica necessária. Este tipo de intervenção que as imagens reproduzem retiram o elemento que suporta a dinâmica destas fachadas, e não consigo deixar de sentir, quando olho para a resultado final, que estes volumes são monólitos, sem alma, que nada oferecem, que nada comunicam.
Mas o atrevimento de quem projetou e de quem aprovou esta monstruosidade não tem a capacidade de perceber o óbvio.
São estas as janelas escolhidas para constar num edifício na área de proteção do Panteão Nacional. Heróis do Mar e nem respeitar o património sabemos... |
Ainda subsistem algumas janelas. Porque não mantiveram este tipo de janelas que imprimiam a dinâmica à fachada, de si tão monótona? Será porque era o que estava lá antes? |
Que futuro terão as gerações que aqui se formarem quando o exemplo de incultura já lhe veio em tão tenra idade?
Também tinha reparado no mesmo!
ResponderEliminarNão percebo...falta total de sensibilidade e bom gosto. Enfim a parolada do costume, espero que as voltem a substituir. A Câmara ou o IGESPAR devia exigi-lo com a tal área de salvaguarda
O obra é da CML!
ResponderEliminarEla é a dona da obra.
Um "belo" exemplo dado pela CML.
ResponderEliminarAs janelinhas de vidro único lembram-me aquela que colocaram na diagonal da fachada da Igreja de São Julião - agora Museu da Moeda.
Quem é que aprova estas coisas?
Quando me mudei para a Alemanha, achei a arquitectura dominante monótona, insípida.
ResponderEliminarSubitamente me parece o pináculo da inspiracao, depois de ver o caixote destas fotos.
e que belas recordaçoes das janelas e de todo o edificio temos nós ex alunos de lá ,ao vermos que todos os azulejos antigos lindissimos e muita da estrutura interior em vez de ser preservada foi destruida,uma palavra, tristeza,só nos consola saber que pelo menos continuou a ser uma escola,muito diferente do que conheciamos ...
ResponderEliminare que tristeza sentimos nós ex alunos dessa antiga escola ao ver todos os seus azulejos lindissimos e antigos destruidos e a sua extrutura interna incluindo janelas,ser destruida em vem de preservada,tantas recordaçoes temos e fotos que entre nós ainda partilhamos,só nos consola saber que continuou pelo menos a ser uma escola diferente mas escola.
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