Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
29/04/2015
28/04/2015
ESPLANADAS DE LISBOA: Lg Conde Barão
27/04/2015
Turistificação de Lisboa: tuk-tuks na Colina do Castelo
Protesto-desilusão pela demolição da Barbearia Campos/ Largo-do-Chiado-4-7
Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina,
Exmo. Senhor Vereador
Arq. Manuel Salgado,
Exma. Senhora Vereadora
Dra. Catarina Vaz Pinto
Cc. AML, JF e Media
Serve o presente para apresentarmos a V. Exas. o nosso protesto e manifestarmos a nossa desilusão para com a CML pela forma como consentiu, dando antes a entender que não o consentiria, na total destruição da Barbearia Campos, casa centenária até agora existente no Largo do Chiado, nº 4-7.
Com efeito, tudo quanto vier a surgir naquele local depois das obras de alterações em curso, será pura reconstrução, com um nível de autenticidade patrimonial muito baixo, uma vez que só o mobiliário e a montra serão de origem. O chão e os estuques serão novos uma vez que serão recriações, pois os originais já foram destruídos nesta obra.
Mais desiludidos estamos ao constatarmos que esta situação seria evitável, uma vez que a manutenção da barbearia não poria em risco o resto do projecto aprovado para o edifício, apresentado pelo promotor Coporgest.
Esta barbearia centenária poderia ter sido salva na sua autenticidade, se devidamente selada e protegida ("cofragem"), ilusão que foi dada pela própria CML, publicamente, mas que não se verificou na realidade.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, António Branco Almeida, Maria Ramalho, Alexandre Marques da Cruz, Jorge Lima, Pedro Henrique Aparício, Júlio Amorim, Maria do Rosário Reiche, Filipe Lopes, Mariana Ferreira de Carvalho, Inês Beleza Barreiros, Miguel Jorge, Carlos Leite de Sousa, Miguel de Sepúlveda Velloso, Jorge Santos Silva, Nuno Caiado, Rui Martins, Artur Lourenço, Maria João Pinto
Escola Primária de Raul Lino (Calçada da Ajuda) vai ser classificada de Interesse Municipal
Se a proposta for aprovada na reunião de CML desta 4ª Feira (Proposta n.º 267/2015 (Subscrita pela Sr.ª Vereadora Catarina Vaz Pinto e pelo Sr. Vereador Manuel Salgado) Aprovar a classificação do bem cultural constituído pelo edifício da Escola EB1 Raúl Lino da Calçada da Tapada, na Freguesia de Alcântara, como Imóvel de Interesse Municipal, nos termos da proposta;). Acho bem.
GEOMONUMENTO POENTE DA AVENIDA INFANTE SANTO BARBARAMENTE MUTILADO !!!
Na Avenida Infante Santo existem dois Geomomumentos constituídos por afloramentos de calcário com sílex, provenientes do Período Cretácico (Cenomaniano, com cerca de 97 milhões de anos): Um Nascente e outro Poente, ambos submetidos para classificação por proposta camarária n.º 770/2009.
O Geomonumento da Av. Infante Santo Poente, conjuntamente com a sua continuação Nascente, são um dos poucos afloramentos geológicos urbanos que constituem prova material direta da existência nesta região, há cerca de 97 milhões de anos, dum ambiente marinho tropical, pouco profundo, que gradualmente ocupou, no início do Cretácico Superior, o que eram áreas lagunares costeiras ricas em vida marinha que deixaram a sua presença na sequência de rochas calcárias, em alguns casos com intercalações nodulares de sílex que podem ser observados neste Geomonumento lisboeta. Com a emersão das rochas formadas, ocorreram processos erosivos conduzindo à formação de grutas que serviram de abrigo aos povos do Paleolítico, tendo os mesmos usado o sílex presente como matéria-prima para o fabrico de armas e utensílios.
No sentido da Salvaguarda dos Geomonumentos em Lisboa, o Museu Nacional de História Natural, a Câmara Municipal de Lisboa, a Associação Lisboa Verde e outras entidades , têm, nos últimos anos desenvolvido esforços dos quais se salienta:
1 - O Protocolo celebrado entre o Município de Lisboa e o Museu Nacional de História Natural em 3 de Fevereiro de 1998, que criou o Projeto “Geomonumentos de Lisboa” e neste âmbito os 19 locais propostos como Geomonumentos;
2 - O Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de Julho de 2008, que estabelece o regime jurídico da conservação da natureza e da biodiversidade, nomeadamente o seu artigo 20.º que contempla os monumentos naturais:
1 - Entende-se por monumento natural uma ocorrência natural contendo um ou mais aspectos que, pela sua singularidade, raridade ou representatividade em termos ecológicos, estéticos, científicos e culturais, exigem a sua conservação e a manutenção da sua integridade.
2 - A classificação de um monumento natural visa a proteção dos valores naturais, nomeadamente ocorrências notáveis do património geológico, na integridade das suas características e nas zonas imediatamente circundantes, e a adopção de medidas compatíveis com os objectivos da sua classificação, designadamente:
a) A limitação ou impedimento das formas de exploração ou ocupação susceptíveis de alterar as suas características; b) A criação de oportunidades para a investigação, educação e apreciação pública. 3 - A proposta camarária n.º 770/2009 que, em reunião de Câmara de 2 de Setembro de 2009, aprovou por maioria o Projeto ”GEOMONUMENTOS DE LISBOA” e locais propostos como Geomoumentos, aprovou o procedimento para a sua classificação como Imóveis de Interesse Municipal e aprovou o protocolo a celebrar com celebrar com o Museu Nacional de História Natural, Museu Geológico e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa para divulgação de percursos turísticos e pedagógicos.
Porém, todo este trabalho integrado, foi agora seriamente posto em causa com o início da construção do futuro parque de estacionamento da Infante Santo. De facto, devido à ignorância e incúria das entidades responsáveis por esta obra: Empresa Empark e Hospital CUF Infante Santo ( pertencente à José de Mello Saúde), e notória falta de acompanhamento por parte da Câmara Municipal de Lisboa, não foi respeitada a integridade daquele Monumento Natural o que por si só revela bem a falta de sensibilidade de certos poderes económicos que esquecem que há outros valores para além do dinheiro. Demonstra igualmente o grau de atraso de Portugal no que diz respeito à Cultura e Bens Naturais que nos coloca, infelizmente, na cauda dos países europeus.
A Associação Lisboa Verde vem solicitar à Câmara Municipal de Lisboa, ao Museu Nacional de História Natural e à Junta de Freguesia da Estrela ( Lei n.º !07/2001), entidades com responsabilidades sobre a salvaguarda daquele Monumento Natural, que tomem uma posição inequívoca de condenação pelo ocorrido, e medidas de salvaguarda que impeçam a continuação das agressões, devendo, quanto a nós. a CML aplicar uma sanção monetária compensatória pelos danos causados, e nomear um arqueólogo para acompanhar o desenrolar da obra, o que é obrigatório, uma vez que aquela zona é abrangida pelo Nível 2 das Áreas de Potencial Valor Arqueológico do PDM de Lisboa.
João Pinto Soares
25/04/2015
Lisboa Africana
«Boa tarde!
25 de Abril SEMPRE!
O meu nome é Vanda Coelho, tenho 47 anos e sou alfacinha da raiz á ponta da folha :-) Relativamente á nossa linda Lisboa (que eu amo como o poeta!), lembro-me de ouvir falar, em pequena, da CASA AFRICANA na baixa,e do "preto" da casa Africana que era um senhor que faria de porteiro (?) naquele elegante estabelecimento de Lisboa.
Estando Lisboa, à data de hoje, com uma população migrante africana, tão significativa, era interessante estudar essa presença dos africanos (muito poucos) em Lisboa, por essa época. Esta figura do "preto" remete-nos para um tempo em que as "colónias" forneciam, para espanto de uma sociedade atrasada e oprimida, "especies" como aquelas que povoaram a Exposição do Mundo Português em 40, no auge do regime de Salazar. A Lisboa Africana é uma realidade, tanta vezes "escondida", mas cada vez mais importante no tecido social da cidade. A diversidade de culturas hoje, em Lisboa, é, talvez das maiores riquezas que possuímos na cidade.
Obrigada por me lerem!
Vanda Coelho»
24/04/2015
Comemorações de Cottinelli Telmo - Então, e agora isto? (I)
Agora que acabou a bela exposição no Padrão dos Descobrimentos e que o filme sobre Cottinelli Telmo já voltou às prateleiras, quando é que quem de direito pega na Estação Fluvial Sul e Sueste e a recupera antes que caia?
Não há vergonha?
O nosso modo sui generis de comemorar o Ano Europeu do Pat. Industrial e Técnico:
Pelo que este boneco de cima, do site promotor imobiliário (http://bpiexpressoimobiliario.pt/Pr%E2%80%A6/Lisboa/Marvila/a7940573) não é propriamente uma grande novidade, ainda que má, pois implicará a demolição total de todos os corpos da frente de quarteirão do lado da Rua Fernando Palha (foto actual em baixo), com a já clássica manutenção da fachada.
No fim da operação imobiliária, que também implicará a construção maciça no lote vago paralelo aos Armazéns Pereira da Fonseca, mas que não fará grande mossa, só restará da antiga Fábrica José Domingos Barreiro o edifício majestoso de gaveto, e vamos lá ver se não será também a fachada.
Temos um modo sui generis de comemorar o Ano Europeu do Património Industrial e Técnico.
23/04/2015
LISBOA ENTRE SÉCULOS: Avenida Morais Soares 157
Depois de anos sem obras, maltratado e sujo, agora aqui está devoluto com janelas abertas a pedir um acidente... É mais um exemplar do periodo Lisboa Entre Séculos em risco de ser demolido.
É desta, é desta!
É desta, é desta!