«Exmos. Senhores,
Sou,a escrever,um deficiente motor que,apesar dos condicionalismos,exerce profissão e preserva autonomia satisfatória.
A Carris assegura uma carreira muito importante (728),que serve a totalidade da frente ribeirinha,passando por locais residenciais,de trabalho e de lazer. Essa carreira encontra-se servida por viaturas equipadas com rampa de acesso para passageiros de mobilidade reduzida. No entanto,a partir das 19horas,essas viaturas são substituídas por outras mais pequenas,atendendo à redução do número de passageiros. Sucede,porém,que as viaturas do horário a partir das 19horas não dispõem de rampa com acesso de cadeira de rodas,embora existam outras de igual dimensão que as têm.
Ao longo dos anos tenho notado que a política da Carris é inflexível relativamente aos pedidos que formulo,sendo-me tudo indeferido com base em argumentos que evidenciam grande rigidez. No caso vertente,foi-me recusado garantir as referidas viaturas equipadas de rampas por não haver na estação de Miraflores. Repare-se que a empresa não coloca a hipótese de garantir que nessa estação haja viaturas equipadas de rampa,simplesmente apresenta-me esse argumento sem qualquer abertura de mudança. Não,simplesmente porque não.
Assim,serve o presente email para solicitar que faça uso de bons ofícios junto da Carris,por forma a que a empresa mude a sua postura e garanta que a carreira 728 seja servida de veículos equipados de rampas com acesso para cadeira de rodas durante todo o dia e não apenas até às 19horas.
Repare-se que os passageiros com mobilidade reduzida pagam o passe social por inteiro e apenas têm acesso a um conjunto muito limitado de carreiras apetrechadas de viaturas com rampa de acesso,razão pela qual os pedidos desses passageiros,quando razoáveis,deviam ser objeto de análise com flexibilidade e boa vontade,o que claramente não sucede no caso da Carris.
Desde já agradeço a atenção que o presente assunto possa merecer.
Com os meus melhores cumprimentos,
João Miguel Simões»
Sem comentários:
Enviar um comentário