A propósito da nova torre da Avenida Fontes Pereira de Melo, um tal sr. Sardo, muito conhecido das trienais de arquitectura, dizia que "há sempre quem chore e tenha nostalgia de uma cidade perdida", referindo-se à destruição de uns três ou quatro palacetes Fim-de-Século que estavam em muito mau estado para, no mesmo local, se erguer a bisarma planeada.
O Sr. Sardo acha que, tal como dezenas de outros arquitectos e amigos, que as cidades têm de se reinventar, sim, mas sobretudo se o forem na proporção dos seus desmandos e risco grosseiro.
O que pensará o sr. Sardo e os seus amigos desta beleza de harmonia urbanística que é o Largo do Rato, onde foram, há pouco tempo, mais umas casas ao charco para criar o vazio urbano que algumas das fotografias mostram?
Senhores Sardos e afins que enroupados numa falsa modernidade, defendem a destruição paulatina de vastas áreas da cidade deverão ser denunciados e desmascarados.
Outras cidades há, onde associações de moradores estão atentas ao que acontece ao património dos seus bairros e não deixam que pseudo-modernos e bacocos, destruam para sempre o que é de todos.
Por cá a sereníssima e impávida ordem dos arquitectos torna-se cúmplice, pelo seu silêncio, do pior urbanismo.
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O pior ainda está para vir...
ResponderEliminarLisboa está a saque, desde que tem como Vereador do Urbanismoo o Arquiteto Manuel Salgado.
ResponderEliminarCuriosamente o sr. Sardo mora actualmente num belíssimo edifício dos anos 30 (penso que da autoria de Cassiano Branco), depois de ter passado por um prédio do início do séc. XX. Claro que não mora em monos destes!
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