Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
Não existia nenhuma lei que impedia a descaracterização das cidades por demolição e substituição de imóveis de traça antiga por imóveis de traça contemporânea?... Se não existe, devia existir. Como é que a CML permite uma coisa destas? Lisboa está novamente entregue aos patos-bravos tal como na década de 70 do século passado, responsáveis pela destruição de tanta coisa linda para substituírem por prédios rafeiros, escuros e com marquises?
O turismo não se interessa por esses. Hoje em dia, esses imóveis são os mais desvalorizados. O que as pessoas querem são os de traça antiga. Pois a CML, que para umas coisas parece sempre pronta a defender os interesses do turismo, mais do que os interesses dos lisboetas, compactua com uma barbaridade destas? Estão a matar a galinha dos ovos de ouro? Porque é que acham que o turismo está todo centrado na zona histórica da cidade? Porque é que será que ninguém quer ir para as zonas de construções recentes? Estes arquitectos complexados estão convencidos que a realidade pode e deve mudar para se adaptar ao seu ego mesquinho, mas está na altura de as entidades responsáveis, nomeadamente a CML, impedirem isso de acontecer. Se eles querem tirar uma construção horrorosa para fora do papel, então façam-no onde não haja nada que possa ficar descaracterizado em redor. Alguém que obrigue esta gente a perder a mania de ir construir imóveis contemporâneos para as zonas históricas e obriguem-nos a cingirem-se fora dessas zonas, que já de si são pequenas e cada vez menores precisamente por causa dessas reconstruções desenfreadas. Porque é que não há ninguém a construir imóveis de traça antiga em zonas de traça contemporânea? Porque é que é sempre ao contrário?
Esses arquitectos são uma cambada de hipócritas. Querem construir nas zonas históricas porque são essas as mais caras e só construindo aí é que o peixe pode render, só assim conseguem ganhar bastante dinheiro com os seus projectos ridículos. A hipocrisia está no facto de essas zonas serem caras precisamente porque são históricas. Se não fossem, não tinham metade do valor. Pois esses arquitectos querem ir à boleia da especulação imobiliária gerada nos centros históricos, para ganharem dinheiro com as suas monstruosidades contemporâneas. Ganham dinheiro com a valorização dos imóveis históricos, ao mesmo tempo que os destroem. E ainda há quem se queixe dos políticos deste país... A classe dos arquitectos (desses hipócritas, que estragam o que é verdadeiramente belo e desrespeitam o antigo só porque não se enquadra no seu gosto pessoal) está logo atrás. O mal é haver políticos que apoiam este tipo de comportamentos. Mas lá está, também esses vão beneficiar com luvas desses mesmos construtores e arquitectos.
Lamento esta destruição como a morte de um conhecido a quem estimava. É simplesmente mau demais. Não estaria este edifício protegido? Não dá para levar a tribunal?
Pois é isso mesmo Catarina..."matar a galinha dos ovos de ouro". Também não me recordo de ver turistas nos bairros de Benfica (tirando os que vão ao Estádio).
Mas acredito que cada vez haverá mais pessoas conscientes do que estão a fazer à nossa cidade....e isso vai trazer mudanças.
Porque não há uma cultura de tornar toda a cidade turística (como acontece em Paris por exemplo) em vez de ser só a baixa? Porque não se dá prioridade a uma arquitectura tradicional, distinguidora e característica da nossa cidade?
Gostei muito do comentário lúcido da Catarina de Macedo. A imagem é arrepiante. Parece que em Lisboa andamos a destruir em 2019 aquilo que as muitas cidades europeias perderam entre 1939-1945.
Esta gestão do Medina vai ficar para a história de Lisboa como um mau período para o património.
Todas aquelas cantarias de pedra, porta de entrada, portas interiores & etc....vai tudo para o lixo ?
ResponderEliminarNão existia nenhuma lei que impedia a descaracterização das cidades por demolição e substituição de imóveis de traça antiga por imóveis de traça contemporânea?... Se não existe, devia existir. Como é que a CML permite uma coisa destas? Lisboa está novamente entregue aos patos-bravos tal como na década de 70 do século passado, responsáveis pela destruição de tanta coisa linda para substituírem por prédios rafeiros, escuros e com marquises?
ResponderEliminarO turismo não se interessa por esses. Hoje em dia, esses imóveis são os mais desvalorizados. O que as pessoas querem são os de traça antiga. Pois a CML, que para umas coisas parece sempre pronta a defender os interesses do turismo, mais do que os interesses dos lisboetas, compactua com uma barbaridade destas? Estão a matar a galinha dos ovos de ouro? Porque é que acham que o turismo está todo centrado na zona histórica da cidade? Porque é que será que ninguém quer ir para as zonas de construções recentes? Estes arquitectos complexados estão convencidos que a realidade pode e deve mudar para se adaptar ao seu ego mesquinho, mas está na altura de as entidades responsáveis, nomeadamente a CML, impedirem isso de acontecer. Se eles querem tirar uma construção horrorosa para fora do papel, então façam-no onde não haja nada que possa ficar descaracterizado em redor. Alguém que obrigue esta gente a perder a mania de ir construir imóveis contemporâneos para as zonas históricas e obriguem-nos a cingirem-se fora dessas zonas, que já de si são pequenas e cada vez menores precisamente por causa dessas reconstruções desenfreadas. Porque é que não há ninguém a construir imóveis de traça antiga em zonas de traça contemporânea? Porque é que é sempre ao contrário?
Esses arquitectos são uma cambada de hipócritas. Querem construir nas zonas históricas porque são essas as mais caras e só construindo aí é que o peixe pode render, só assim conseguem ganhar bastante dinheiro com os seus projectos ridículos. A hipocrisia está no facto de essas zonas serem caras precisamente porque são históricas. Se não fossem, não tinham metade do valor. Pois esses arquitectos querem ir à boleia da especulação imobiliária gerada nos centros históricos, para ganharem dinheiro com as suas monstruosidades contemporâneas. Ganham dinheiro com a valorização dos imóveis históricos, ao mesmo tempo que os destroem. E ainda há quem se queixe dos políticos deste país... A classe dos arquitectos (desses hipócritas, que estragam o que é verdadeiramente belo e desrespeitam o antigo só porque não se enquadra no seu gosto pessoal) está logo atrás. O mal é haver políticos que apoiam este tipo de comportamentos. Mas lá está, também esses vão beneficiar com luvas desses mesmos construtores e arquitectos.
Lamento esta destruição como a morte de um conhecido a quem estimava. É simplesmente mau demais. Não estaria este edifício protegido? Não dá para levar a tribunal?
ResponderEliminarCumpts,
JR
Pois é isso mesmo Catarina..."matar a galinha dos ovos de ouro".
ResponderEliminarTambém não me recordo de ver turistas nos bairros de Benfica (tirando os que vão ao Estádio).
Mas acredito que cada vez haverá mais pessoas conscientes do que estão a fazer à nossa cidade....e isso vai trazer mudanças.
Belo demais para preservar. No seu lugar nascerá certamente mais um "confort design" hotel qualquer, certamente
ResponderEliminarPorque não há uma cultura de tornar toda a cidade turística (como acontece em Paris por exemplo) em vez de ser só a baixa? Porque não se dá prioridade a uma arquitectura tradicional, distinguidora e característica da nossa cidade?
ResponderEliminarNão descansam enquanto não demolirem tudo... Para quê termos entidades públicas? Nada protegem
ResponderEliminarGostei muito do comentário lúcido da Catarina de Macedo. A imagem é arrepiante. Parece que em Lisboa andamos a destruir em 2019 aquilo que as muitas cidades europeias perderam entre 1939-1945.
ResponderEliminarEsta gestão do Medina vai ficar para a história de Lisboa como um mau período para o património.
Um abraço