23/05/2022

Palácio Sinel de Cordes - Pedido de esclarecimento à CML e Trienal de Arquitectura de Lisboa

Foto de Abinadi Meza (2019)


Exmo. Sr. Presidente da CML, Eng. Carlos Moedas
Exmo. Sr. Vereador Diogo Moura
Exma. Direcção da Trienal da Arquitectura


CC. AML, JF e Agência LUSA

No seguimento do agendamento para a Reunião Extraordinária da CML do dia 25 de Maio, da Proposta nº 255/2022, relativa à aprovação de uma adenda ao protocolo de cooperação celebrado em 2012 entre a CML e a Associação Trienal de Arquitectura de Lisboa, bem como a respectiva transferência de verba;

E no rescaldo de recente visita ao Palácio Sinel de Cordes, sede actual da Trienal de Arquitectura, pudemos constatar várias situações que consideramos graves em relação à manutenção do edifício, manutenção e reabilitação que foram justificativas em 2012 para que tivesse sido despejada a escola que ali funcionava há 30 anos.

Passados 10 anos sobre a cedência do palácio à Trienal, e porque, porventura, as situações que observámos poderão não ser da exclusiva responsabilidade da inquilina, gostaríamos que nos esclareceessem sobre a razão de ser:

1 – Do péssimo estado de conservação de caixilharias e portadas em madeira, sem tinta ou com tinta a descolar-se, empenadas, etc.
2 - Da totalidade das paredes estarem num mau estado de conservação, com rebocos em destacamento e com sinais visíveis de deterioração causada, possivelmente, por suspensão de objectos ou obras de antigas exposições/ocupações, sendo estas últimas uma fonte de receita para a associação.
3 - Das magníficas portas de entrada do palácio estarem a necessitar de uma intervenção urgente para as proteger das intempéries.
4 – Da aparente ausência de manutenção dos dois belíssimos exemplares, um Celtis australis e uma Ficus macrophyla do logradouro, cujo estado geral, aliás, não faz jus aos objectivos protocolados - prevê a Trienal algum plano de arquitectura paisagista para o logradouro?

Estas dúvidas surgem-nos pelo facto de uma das contrapartidas dadas à Trienal pela cedência do espaço ter sido, justamente, a recuperação faseada do palácio. O que se viu não é nem gradual, nem faseado. É uma manutenção em níveis mínimos da pré-ruína.

Com os melhores cumprimentos

Miguel de Sepúlveda Velloso, Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Maria Teresa Goulão, Helena Espvall, Pedro Jordão, Gustavo da Cunha, Madalena Martins, Carlos Boavida, Fátima Castanheira, Maria do Rosário Reiche, Jorge Pinto, Maria Ramalho

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