02/04/2009

Operação de salvamento na linha de partida


O primeiro passo para o salvamento da magnífica casa de António Varela e Almada Negreiros foi dado ontem com a aprovação da proposta CPL para se dar início ao processo da sua classificação. Mas isso não basta e há que combater, JÁ, argumentos tais como:

- O que fazer com a casa?
- Não pode haver mudança de uso (ninguém se importa que a Boa Hora de tribunal vire hotel, pois não? Além do mais, na Rua de Alcolena há várias moradias que não para habitação...);
- Nunca viveria ali porque a casa é preta e tem azulejos esotéricos (lembro que a mesma CML, no mandato anterior, esteve para dar [ainda estará?) de mão beijada a uma loja maçónica um seu palacete no Príncipe Real ... é caso para dizer que nada melhor que esta casa... mesmo que para outra loja];
- Não há dinheiro para manter ali a polícia quanto mais a casa;
Etc.

É estranha a postura da CML. Foi preciso arrancar-se a ferros uma decisão que devia ter partido dela, logo à nascença optando por exercer o direito de preferência. Mas não, andavam todos distraídos. E a passar a bola ao vizinho do lado.

E agora?

O IGESPAR pode, já, inviabilizar a venda da casa e fazer voltar tudo à estaca zero. A lei não foi cumprida e portanto há que a fazer respeitar. Se não o fizer, é por pura cobardia.

A CML, por seu lado, tem que contactar o MC para que ambos comecem, já, a fazer aquilo que se espera de ambos: encontrarem forma de adquirir a casa (com os azulejos, note-se bem!), e desenvolverem um projecto de exploração e viabilização para a casa. Envolvendo parceiros privados e instituições, a começar por mecenas e pela Ordem dos Arquitectos, historiadores de arte, herdeiros do primeiro proprietário, do arquitecto projectista e do artista plástico; bem como, porque não, a Maçonaria (uma vez que o que era secreto deixou do ser há já alguns anos).

Façam qualquer coisa. Mexam-se!

3 comentários:

  1. Essa casa devia ir abaixo. Não tem qualquer valor para a cidade.

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  2. É vergonhosa a postura desse senhor que dá pelo nome de presidente da ordem dos arquitectos.
    Para umas coisas está caladinho, não se incomodando com a destruição maciça de todos os edifícios do sec XIX de Lisboa; neste caso concreto, faz este alarido todo (também já aprendeu a fazer petições com medo de ser ultrapassado).
    Realmente é triste a figurinha que as pessoas fazem para andarem sempre á "babuge".

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  3. Ele devia ir para Leiria destruir a terra dele em vez de andar por aqui a apoiar a destruição da nossa.

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