Nunes da Silva, vereador da Mobilidade, já reagiu à proposta que o PSD se prepara para apresentar. Em causa está o modelo de mobilidade no Terreiro do Paço. Autarca diz que já circulam viaturas e que em Março obras ficam concluídas
"Só não percebo porque é que o PSD vai apresentar a sua proposta apenas em Janeiro." Fernando Nunes da Silva, vereador da mobilidade, reagiu ontem à notícia de que os sociais-democratas se preparam para apresentar na Câmara uma proposta sobre a circulação do trânsito no Terreiro do Paço.
O vereador adiantou ao DN que está aberto a qualquer opinião desde que surja a tempo de ser executada, referindo que " não é no fim das obras que se vai alterar tudo". "Acho que o PSD deveria pensar nisso e apresentar antes do próximo ano", referiu.
As declarações de Nunes da Silva surgem depois de Victor Gonçalves, vereador do PSD, ter afirmado, ontem, que nem "o próprio vereador da mobilidade concordaria com o actual modelo" de circulação.
"A Câmara Municipal de Lisboa (CML) estabeleceu, desde o início, dois objectivos que ainda hoje se mantêm. Em primeiro lugar queremos diminuir o tráfego na zona e em segundo aproximar o rio da cidade", disse Nunes da Silva, salientando que aquilo a que o vereador do PSD se refere é o modelo que inicialmente a CML queria levar a cabo e com o qual também não concordava.
O vereador socialista afirmou ainda que o modelo existente não tem nada que ver com o anterior, desde logo porque "já circulam automóveis na zona ribeirinha, e até há duas vias de saída da Praça do Comércio tanto na direcção Cais do Sodré/ Expo como no sentido oposto".
A zona ribeirinha já está em obras há algum tempo, mas "não fazia sentido acabar tudo sabendo que dentro em breve teria de se voltar a abrir o pavimento para a conclusão dos trabalhos de renovação da rede de esgotos na Frente Tejo", disse Nunes da Silva aproveitando para sublinhar que este modelo actual "é provisório e imperfeito, sendo o único possível enquanto os trabalhos não forem concluídos". "O mesmo aconteceu com a Rua dos Fanqueiros, que inicialmente estava condicionada no último quarteirão e que depois foi aberta para um melhor escoamento do trânsito automóvel", lembrou.
Já para Victor Gonçalves, o modelo actual de mobilidade teve "reflexos em toda a cidade e agora será mais difícil encontrar uma solução". O vereador do PSD disse que tudo deveria ter sido feito à semelhança do que aconteceu nas obras da Baixa, onde se realizou um estudo sobre as alternativas.
Mas as críticas não surgem apenas por parte dos sociais-democratas. Também os comerciantes da Rua do Arsenal e mesmo o proprietário do Martinho da Arcada já se manifestaram .
Fernando Nunes da Silva garante que os objectivos da autarquia com estas obras "não foram nem serão alterados", mas que a forma de execução está aberta a novas propostas. Segundo o vereador social-democrata, "ainda não se viram alterações" ao modelo inicial. O PSD admite "limitações de trânsito, mas não se pode resolver o problema sem encontrar solução para o trânsito a montante", disse.
A CML prevê concluir as obras no Terreiro do Paço já no primeiro trimestre de 2010 e os restantes trabalhos da zona ribeirinha, entre Santa Apolónia e o Cais do Sodré, até ao mês de Outubro do próximo ano.
in DN
Claro, aquilo está tão bom assim que não faz sentido mudar.
ResponderEliminarEu, por exemplo, que sou masoquista, passo lá todos os dias.
Já repararam que os grandes prejudicados com toda aquela confusão - os utentes dos transportes públicos - não são sequer referidos ao longo da notícia? E também repararam que não é também referida a degradação do serviço de transporte público, especialmente da intermodalidade, ao longo do corredor Cais do Sodré-Santa Apolónia?
ResponderEliminarFilipe, o transporte publico é o metro todo o ano. E os outros todos sómente no dia 22 de Setembro. Até um par de patins é considerado transporte publico!
ResponderEliminarNos restantes 364 dias do ano a Carris não existe!