«Vale a pena ler os comentários da petição, alguns bem simples, mas esclarecem bem o crime que vamos deixar cometer...
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Por exemplo, o comentário do subscritor nº 2579 da petição:
"Lamentavel meterem as maos em tudo o que funciona bem e deixarem para tras meio pais a literalmente cair no abandono!"
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Esta obra será um bom exemplo do que se NÃO DEVE FAZER; em termos de ineficiência energética, ambiental, económica, patrimonial, etc.
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Mas sobretudo será um mau exemplo para todas as restantes intervenções públicas, que se vão fazendo pelo país.
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Legisla-se a obrigatoriedade de promover a eficiência energética, e cria-se um mastodonte gastador como este. Não é só o seu custo, o pior vão ser os custos de manutenção...
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Pede-se à população para apertar o cinto, e esbanja-se desta forma, quando, com este valor, se podia reabilitar muito do património existente (para onde podia ser ampliado o museu, com novas dependências, oficinas, etc.).
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Acabar com o casamento de mais de um século, dos coches com o actual picadeiro, é um crime de lesa cultura, de lesa património nacional....
A merecer julgamento na praça pública, apurando responsabilidades a quem devia dar um bom exemplo, e faz disto...F Ferreira, arq»
Pois é, a câmara de Lesboa fica toda contente com o Orçamento Participativo, ou lá como aquilo se chamava, mas pôr à discussão pública assuntos como este é que livra!, livra!
ResponderEliminarÉ OBVIO QUE O MUSEU DOS COCHES VAI PERDER O SEU ENCANTO....
ResponderEliminarMAS OUTRO DIA FUI LA E AS CONDIÇOES DE VISITA SÃO MÁS, POIS NA SEGUNDA SALA OS COCHES ESTÃO TODOS EM CIMA UNS DOS OUTROS, DEVIDO À FALTA DE ESPAÇO E NÃO SE CONSEGUEM VER BEM...ESTÃO TODOS COLADOS UNS AOS OUTROS...Assim, o novo museu resolve a falta de espaço..
Quando é que terá sido a última vez que os comentadores visitaram o Museu dos Coches?
ResponderEliminarPassem por lá, vejam o estado de conservação da grande maioria do espólio, vejam também o estado de conservação do espaço e a evidente desadequação do mesmo face à qualidade e, sobretudo, à dimensão da colecção (que aliás se vê forçada a partilhar parte do acervo com Vila Viçosa) e depois falem.
Se metade dos críticos investisse menos tempo em criticar o trabalho dos outros e mais um pouco que fosse em fazer qualquer coisa por si e pelos outros...
Já ninguém admite como bom exemplo de um automóvel de hoje, uma daquelas "banheiras" americanas, enormes e consumistas, de há umas dezenas de anos atrás!
ResponderEliminar-Pois essa é ainda a mentalidade da obra arquitectónica que vai sair do previsto novo museu dos coches.
Que esperamos NESTA ÉPOCA dos nossos políticos:
-Bons exemplos de eficiência energética, ambiental e cultural.
-Se temos milhões do casino de Lisboa para gastar em cultura, e temos palácios em ruínas, é prioritário RECUPERÁ-LOS; e se até é fácil a sua adaptação ao programa de ampliação do actual museu dos coches; e ainda por cima, se até há vários nas proximidades do actual!
-A reabilitação do edificado urbano antigo de Lisboa é o melhor dos cartazes para dar vitalidade à cidade, para atrair turistas, para motivar o desenvolvimento económico. “Pirolitos” novos, qualquer um constrói, em qualquer lado…
-Este edifício, nesta data, apenas será comparável ao que se faz nos países do terceiro mundo… e vamos continuar a ter o nosso património a cair aí pelas esquinas…
(Mais parece que a nossa economia é um mar de rosas… que o nosso meio ambiente está cuidado… e que em termos energéticos somos excedentários…)
-É manter o “casamento” do actual picadeiro com os coches. É a única atitude cultural, cívica e de bom censo que se espera de todos, principalmente de governantes que saibam o que andam a fazer…
-O contrário é andarmos por aí a matar as já poucas galinhas dos ovos de ouro que fazem a diferença e são a mais-valia deste nosso país.
No comentário anterior só não concordo com o bom censo...
ResponderEliminarOu seja, os 32 milhões dariam para recuperar e valorizar o actual Museu, adequando-o ás necessidades tecnológicas e funcionais dos dias de hoje e com o resto do dinheirinho, recuperávamos outros museus ou monumentos, que tanto dele carecem.
ResponderEliminarParece-me evidente e só não vê quem não quer...
Ninguém duvida da necessidade de reabilitação do actual museu dos coches, assim como do seu espólio.
ResponderEliminarDa mesma forma quanto à necessidade de mais espaço de exposição e para a manutenção, que neste caso pode muito bem ser uma “oficina-museu”, com zonas acessíveis aos turistas em termos semelhantes ao resto do museu.
A questão aqui é: TEMOS PATRIMÓNIO PÚBLICO nas proximidades, que precisa também de ser reabilitado, e que pode perfeitamente ser adaptado a este programa.
O museu dos coches não tem que ser apenas um edifício. Actualmente são dois edifícios, e ninguém perde nada com isso, pelo contrário. A dependência de Vila Viçosa deve ser mantida! Os coches estão lá bem.
Com um tiro matam-se dois coelhos. Digo: três coelhos:
1º Reabilitamos o edifício actual.
2º Expandimos o museu para outros edifícios. Ficamos com esses edifícios reabilitados (é um problema que temos que fica também resolvido).
3º Damos um bom exemplo ambiental, e de eficiência de gestão do património cultural, em vez de darmos um péssimo exemplo – que é o que se vai fazer com a obra nova agora prevista, que em nada motiva a restante actividade cultural do país a disciplinar os custos ambientais das respectivas intervenções.
O exemplo público (ainda por cima quando é tão referencial quanto este), é muito mais importante para todas as restantes intervenções a efectuar, sejam públicas ou privadas, que qualquer disposição legislativa.
Aqui e sempre, ainda por cima neste período de vacas magras, os organismos públicos devem DAR UM BOM EXEMPLO, e não um péssimo exemplo, desfasado no tempo, despesista, anti-ambiental…
É um pecado divorciar-mos o actual casamento, dos coches com o picadeiro!
No comentário anterior só não concordo com o divorciar-mos...
ResponderEliminarNo dia em que o nosso governo perceber que reabilitar o espaço urbano não é uma intevenção pontual, mas sim aproveitar todas as ocasiões e todos os edifícios existentes, vai deixar-se destas aberrações de muitos milhões de euros. Gastar tantos milhões e ficar com o actual museu ainda por recuperar, tal como muitos outros edifícios públicos é uma tolice. Concordo com o colega Ferreira, isto é um crime de lesa cultura.
ResponderEliminarMuda-se o chão da sala....e o telhado continua a meter água!
ResponderEliminarP R I O R I D A D E S ! ! ! !
Parece que já há quem justifique a execução da palermice desta obra pelo facto de já serem encargos muito elevados o custo dos projectos, sondagens, demolições e outras comissões...
ResponderEliminarOu então, tal como o Siza: que não percebem como param um projecto depois de ter chegado a esta fase...
De facto é uma grande burrice ter deixado isto chegar onde chegou. Mas é uma burrice de custos bem mais gravosos deixar evoluir ainda mais uma fonte de problemas tão grande como esta.
Reparem no problema dos custos de manutenção dos actuais museus que temos.
Imaginem a manutenção daquela bisarma...
Esta tolice já foi longe de mais.
Estão à espera de a ver pronta para, no final, fazer como o Rui Rio no Porto, quanda teve que reconhecer a estupidez da "recuperação" que deixou fazer na Av dos Aliados?