31/12/2010

Transtejo vai suprimir cinco carreiras nas ligações fluviais entre Lisboa e Seixal

In Público (31/12/2010)
Por Carlos Filipe

«A retirada de um navio do serviço de ligação fluvial entre Lisboa e o Seixal, com a consequente redução da oferta de cinco movimentos entre as duas margens do Tejo, implicará o aumento do tempo de espera de 15 para 20 a 25 minutos entre ligações, anunciou ontem a Transtejo, em comunicado. A autarquia do Seixal já tinha condenado essa intenção, que descrevia como uma "incoerência", sustentando que o Plano Regional de Ordenamento do Território para a Área Metropolitana de Lisboa até prevê um reforço daquelas ligações.

Na nota da Transtejo pode ler-se que "face aos últimos dados de procura registados, impõe-se a reorganização da oferta [entre as 6h10 e as 9h, nos dias úteis], com a consequente retirada de um navio. Esta medida enquadra-se nas medidas de gestão determinadas pelo Conselho de Administração, estando já prevista na definição da oferta considerada para efeitos de elaboração do orçamento para 2011." Segundo determinação governamental, as empresas estatais terão que reduzir em 15 por cento, em 2011, os seus custos operacionais.

A supressão das carreiras - três no sentido Seixal/Lisboa e duas no inverso - terá efeito a partir de amanhã. A operadora diz que já articulou os novos horários com a concessionária dos autocarros no Seixal.»

12 comentários:

  1. viva a prioridade ao transporte público,é só discursos.O Seixal fica muito mais longe.Os autocarros que servem o Seixal são o refugo da Europa:velhos, podres.Andamos sempre ao contrário.

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  3. Isto é só um exemplo de que vai acontecer. Todos os transportes publicos vão piorar. Aliás nos ultimos anos já tem acontecido isso um pouco por todos os transportadores.

    A CP vai tirar imensas circulações, vai diminuir a limpesa aos comboios e vai despedir 160 trabalhadores.

    A Carris vai despedir 150 trabalhadores e continuar com a politica de cortes nas circulações e pôr uma pausa nas renovações de frota, e vai haver diminuição de frota. Tambem vai/está a poupar na manutenção da frota. As tarifas de bordo nos eletricos vão subir 70%.

    As compensações aos privados pelos passes sociais e carreiras sociais estão a diminuir abrutamente e em 2011 vão levar com um corte ainda maior pelo que imensas circulações da Lisboa Transportes, Scotturb, Rodoviária de Lisboa e TST estão/vão desaparecer.

    Manter transportes publicos sociais sai caro e o Estado está determinado de vez a demitir-se dessa função.

    As carreiras fluviais da Trafaria e Montijo tambem vão levar com cortes. Cada vez mais ligações fluviais é Cacilhas e Barreiro que são aqelas mesmo que têm uma função verdadeiramente necessária e social. O resto é facilmente substituido por autocarros.

    Transportes publicos como os que já houve esqueçam. O tempo das vacas gordas acabou. Ter atenção ao ambiente e ao transito é muito bonito mas só trás prejuizo monetário. Veiculos particulares é que rendem dinheiro ao Estado.

    Por isso a partir de agora parem de criticar o transito e o mau estacionamento. Os transportes publicos cada vez estão mais caros e piores e só anda neles quem não tem outra opção ou gosta mesmo daquilo.

    Ah, com os congelamentos de salarios que vai haver em quase todas as transportadoras contem com muita greves de transportes.

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  4. Cenário negro...mas bem real.
    Isto é só a ínfima ponta de um icebergue gigante.

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  5. A. Lourenço, os autocarros que servem o Seixal estão a ser substituidos, assim como os autocarros que servem Almada e Setubal.
    Em 2010 a TST adquiriu cerca de cem autocarros para substituir os piores autocarros matriculados entre 1985 e 1994. E os novo autocarros eram para ser mesmo novos, se não fosse o caso duma empresa do grupo ter perdido a concessão de Groningen e ter ficado com 400 autocarros sem serviço que a casa mãe mandou distribuir por outras empresas do grupo.

    Aos poucos as coisas vão melhorando.
    Numa empresa de cerca de 600 autocarros em que à formação da empresa em 1995 já foi herdada uma frota velha e um passivo monstruoso, e regalias aos colaboradores que só levavam as contas da empresa para o fundo, as alterções não se puderam fazer dum dia para o outro. Ainda há funcionários na empresa do tempo da Rodoviária Nacional e a lei não permite tirar direitos consquistados aos trabalhadores.

    Claro que os novos não sobem de escalão tão depressa (para compensar os gastos com os velhos), mas na empresa ainda há muitos a ganhar muito e a fazer pouco. Depois claro que para compensar há quem trabalhe 14 horas por dia.

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  6. Os taxis tambem já têm uma greve agendada para Março caso o governo não ceda ás exigências da Antral.

    Vem no Correio da Manhã de dia 3 de Janeiro.

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  7. Xico205

    Veja o caso da Lisboa Transportes (LT)

    A empresa ficou com os trabalhadores e frota da RN (condições iguais as da TST) mas em poucos anos tem uma das frotas mais recentes de Portugal

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  8. Pois tem uma das frotas mais recentes de Portugal. Tem a versão base dos autocarros, carroçados no pior carroçador nacional, os Irmãos Mota, com espaço apertadissimo para as pernas onde eu não consigo fechá-las, bancos Fainsa de plastico que ficando lá sentado mais de 10 minutos com os solavancos dos autocarros se fica com uma brutal dor de costas, horários da treta, frota de autocarros a menos que quando estão varios imobilizados, simplesmente as circulações previstas no horário não se fazem sem haver informação aos passageiros, pessimos horários, não há informação dos serviços da empresa nas paragens, os motoristas têm escala de 18 e 19 horas por dia, alguns já me confessaram que já adormeceram ao volante... Há motoristas da TST que fugiram da Vimeca. Dizem que prferem autocarros mais velhos mas não terem o terror psicológico que a Vimeca lhes provoca a ameaçá-los com processos disciplinares quando se recusam a fazer mais horas extra e ir trabalhar durante as ferias.

    Mal por mal antes a TST, pelo menos compra autocarros confortaveis e que vêm com extras e são originais Mercedes e não marcas brancas como os da LT. E as viagens previstas no horário fazem-se mesmo excepto se o autocarro desse horário tiver acabado de avariar mas isso é impossivel em todo o mundo.

    Prefiro um topo de gama usado a uma marca branca nova.

    Prefiro para mim comprar um BMW ou um Honda usado do que um Dacia novo ou um carro coreano ou indiano.

    Mas isto são opções particulares. Há quem não concorde comigo e ainda bem que há mercado para tudo.

    A politica da Vimeca/LT/Scotturb é: carros novos acima de tudo. Tudo o resto é secundario.

    Os inquéritos de satisfação aos clientes são mais elevados na TST e na RL (em que a maioria da frota é adquirida em segunda mão) do que na Vimeca/Scotturb devido a tudo o resto que não envolve a idade dos veiculos.

    Antes um bom carro velho que um mau carro novo.

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  9. Em minha opinião os autocarros ao serviço da LT melhores são precisamente os mais velhos: Mercedes O405 de 1996, 97 e 98 e os Volvo B10M de 1990.

    Os MAN de 2006, 07, 08 e 2009 são desconfortaveis e cheios de ruidos parasitas. Estão pior construidos apesar de terem sido fabricados pelos Irmãos Mota tal como os primeiros Mercedes que referi e que já todos ultrapassaram o milhão de quilometros.

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  10. Já agora para completar a informação da Lisboa Transportes:

    A RN ao dividir-se por empresas regionais com vista ao sucesso da privatização agrupou todos os centros de exploração da periferia norte de Lisboa numa só empresa, a Rodoviária de Lisboa que operava atravez dos centros de exploração de Queluz, Adroana, Caneças, Bucelas e Santa Iria da Azóia. Ao longo dos tempos foram aparecendo compradores. As primeiras a serem compradas foram os centros de exploração da Adroana pela internacional inglesa StageCoach e o centro de exploração de Queluz pelo Grupo brasileiro Imorey isto em 1993. Acontece que no Verão de 1995 num Domingo à tarde houve um acidente com um autocarro herdado da RN que ficou sem travões numa descida da Damaia e abalroou varios carros e matou 5 pessoas, alguns eram peões que iam no passeio. Lá voltou a celebre discussão do mau estado das frotas de autocarros em Portugal e o gigante económico brasileiro para salvar a sua imagem rfesolveu abater todos os autocarros herdados da RN e substitui-los por Mercdes O405 e Scania L113 novas encomendando a sua construção aos Irmãos Mota de VNG. Apenas continuaram a existir cerca de uma dezena de autocarros articulados de 1990.
    Mais tarde a StageCoach resolveu vender a sua empresa portuguesa e o grupo Imorey comprou-a mudando-lhe o nome para Scotturb. O grupo Imorey comprou em 1993 a Rodoviaria de Lisboa (SECTOR DE QUELUZ) que automaticamente lhe mudou o nome para Lisboa Transportes (para se distinguir da RL que ainda era estatal na altura)e a Viação Mecanica de Carnaxide (VIMECA) e desfez-se das instalações de Carnaxide e agrupou as duas empresas numa só em Queluz de Baixo/Barcarena. A Vimeca e a Lisboa Transportes passaram a ser uma unica empresa, Lisboa Transportes é só um nome comercial para os passgeiros saberem que são utilizados passes sociais uma vez que resultou da privatização da RN. Na Vimeca não há passes sociais pq nunca foi estatal, uma vez que tinha menos de cem autocarros escapou à nacionalização em 1975. A mesma sorte não teve a Eduardo Jorge de Queluz que hoje se pode considerar avó da LT.

    Em 1995 o grupo Barraqueiro compra os 3 sectores da Rodoviaria de Lisboa: Caneças, Bucelas e Sta Iria e transforma-os na rede amarela, rede verde e rede azul da empresa.

    Neste mesmo ano de 1995 a Rodoviaria Sul do Tejo (antigo CEP 7 da RN) é comprada tambem pelo Grupo Barraqueiro que lhe altera o nome para Transportes Sul do Tejo. Em 2001 o grupo inglês Arriva adquire 40% da TST e em 2003 a totalidade da empresa até aos dias de hoje.

    Estão explicadas as diferenças de frota na atualidade entre diferentes filhas da Rodoviária Nacional apenas na região de Lisboa.

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  11. Xico205, eu ando todos os dias na Vimeca e deixa-me discordar de algumas coisas que apresentas:

    - os autocarros mais antigos da Vimeca, esses Mercedes, são de longe os piores para os passageiros. São muito desengonçados, não dá para permanecer de pé durante a viagem, estão cheios de ruídos e têm uma suspensão tão má que nas curvas os passageiros que estão sentados caem para o lado contrário da curva.

    - a maior parte dos horários da Vimeca são cumpridos, especialmente após os ajustes recomendados pelos passageiros nas reclamações. Na Vimeca não me lembro de ficar 40 e 60 minutos à espera de um transporte que passa a cada 16 como me acontece frequentemente na Carris.

    - os novos carros da Vimeca são muito confortáveis e silenciosos, apesar dos bancos Fainsa. Acredita na palavra de quem tem 1,92m e se consegue sentar naqueles bancos, mas não se consegue sentar nos bancos dos Mercedes podres de 1996 nem nos dos MAN menos recentes. São muito silenciosos e os passageiros só lhes tecem virtudes. Basta veres aos fins-de-semana, na carreira 2, alguns comentários como "a Vimeca finalmente lembrou-se da nossa existência", carreira que aos dias de semana leva os Mercedes podres de 1996.

    - quando há alterações programadas ao normal percurso da Vimeca (maratonas em Lisboa ou a São Silvestre na Amadora) são colocados avisos nas paragens terminal e nos autocarros a informar de desvios programados. As carreiras continuam a ser efectuadas, embora por caminhos alternativos, mas os seus terminais não são descurados. E isto não acontece na Carris onde os avisos sobre maratonas são feitos na internet umas horas antes e não se garante o percurso da carreira, limitando-se a cortá-las até ao sítio onde ela deixa de poder passar.

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  12. Tenho de discordar com o que aqui li sobre a Vimeca Transportes. Trabalho na Carris e conheço muito bem a vimeca. É a empresa portuguesa onde a média de idade da frota é a mais baixa, ronda os 4 anos, os autocarros são bons, com ótimas condições, sobretudo os novos MAN. A carroçaria é irmãos mota, como sempre foi na Vimeca, é bastante boa e é uma empresa portuguesa! Os autocarros da vimeca circulam sempre dentro do horário e têm uma frequência de passagem que nem em sonhos a TST conseguirá atingir. é uma empresa que aposta na tecnologia e na formação. Basta olhar para a vimeca e para a TST, por exemplo, e ver as diferenças... a imagem da TST é de uma empresa desleixada, com autocarros velhos e motoristas que nem farda usam! A Vimeca mostra ser uma empresa moderna e com um cuidado extremo na sua imagem!

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