Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
31/01/2014
Quiosque da Estrela: Guia Alemão de Lisboa
A Casa dos Animais
In Site da CML:
«Adote um amigo!
Estes três simpáticos cachorrinhos foram encontrados na zona da Ameixoeira, abandonados na via pública em conjunto com a sua mãe. Têm cerca de cinco semanas, são de porte médio e estão disponíveis para adoção na Casa dos Animais de Lisboa, onde pode visitá-los. As suas referências são os números 106, 107 e 108.
Siga este link e saiba mais:
http://www.cm-lisboa.pt/viver/animais-de-companhia/adota-animais»
29/01/2014
Foi hoje entregue à DGPC pedido de classificação do Odéon
Só para informar que foi hoje entregue formalmente na Direcção-Geral do Património Cultural, à Dra. Catarina Coelho, Directora do Serviço de Bens Culturais da DGPC, pelo Arq. José Manuel Fernandes, Paulo Trancoso e António Branco Almeida (em nome do Grupo de Amigos do Cinema Odéon), o pedido de classificação do Cinema Odéon.
(Foto: JpJoaquim)
Câmara está contra loja de produtos chineses no Londres
In Público (29.1.2014)
Por Inês Boaventura
«O vereador Manuel Salgado afirma que uma alteração de uso do espaço seria “uma perda cultural grave” para Lisboa
A Câmara de Lisboa considera que a alteração de uso do antigo Cinema Londres, na Avenida de Roma, seria “uma perda cultural grave” para a cidade e defende que o Governo não deve conceder ao proprietário a autorização necessária para que o espaço se transforme numa loja de produtos chineses.
A legislação em vigor estipula que a afectação de recintos de cinema a actividades de natureza diferente “carece de autorização do membro do Governo responsável pela área da cultura”. O Decreto-Lei n.º 227/06 define ainda que essa autorização deve ser recusada “quando o desaparecimento” da sala “se traduza numa perda cultural grave para a localidade ou região”.
O vereador do Urbanismo e da Reabilitação Urbana adianta ao PÚBLICO que a Câmara de Lisboa considera ser esse o caso do Londres. Manuel Salgado acrescenta que, em coerência com essa posição, é seu entender que o secretário de Estado da Cultura não deverá conceder a referida autorização, sem a qual os serviços municipais não poderão aprovar uma alteração de uso.
Segundo o assessor de imprensa de Jorge Barreto Xavier, até ao momento “não foi submetido qualquer pedido de afectação a actividade diversa e, por conseguinte, não existe uma avaliação prévia das condições de afectação ou de outras envolventes a ser apreciadas, sendo assim prematuro avançar qualquer elemento”.
O vereador frisa que as obras em curso no antigo cinema, com vista à sua transformação numa loja de produtos chineses, são interiores e não implicam a estrutura do imóvel, pelo que estão isentas de licenciamento municipal. Manuel Salgado diz, pois, que a Câmara de Lisboa não tem qualquer possibilidade de embargar os trabalhos, ao abrigo do Regime Jurídico de Urbanização e Edificação, como solicitou o Movimento de Comerciantes da Avenida Guerra Junqueiro, Praça de Londres e Avenida de Roma. Ainda assim, o autarca afirma que seria “um absurdo” os proprietários do Londres levarem até ao fim as obras, dado que o espaço está sujeito a uma licença de utilização que apenas permite o seu funcionamento como cinema.
Manuel Salgado diz que ontem alertou o dono do Londres, através de um ofício, para os condicionalismos referidos. Um dos co-proprietários e representante dos outros cinco disse ao PÚBLICO que não tinha recebido qualquer informação da Câmara de Lisboa e acrescentou não ter conhecimento de que fosse necessária uma autorização do Governo para que o local deixasse de funcionar como cinema.
Se assim fosse, defende, “os proprietários teriam de se sujeitar e esperar que aparecesse alguém para o mesmo uso, possivelmente com uma renda ‘simbólica’ e em condições negociais altamente prejudiciais”. O que, alega, constituiria “uma grave e infundada limitação ao direito de propriedade e à livre disposição dos bens”.»
28/01/2014
entrevista
entrevista na revista digital HIPERSUPER (23.01.2014)
http://www.hipersuper.pt/2014/01/23/mercados-municipais-como-lojas-ancora-do-centro-das-cidades/
O quê, o prédio do Tavares vai ser demolido por dentro?!!
Vale o que vale, mas o Tavares é Imóvel de Interesse Municipal (http://www.dre.pt/pdf1sdip/1996/03/056B00/04480457.pdf e está inserido num prédio pombalino, certo?
...
«O Restaurante Tavares, também denominado Salão de Chá-Restaurante Tavares ou Restaurante Tavares Rico, foi fundado em 1784 pelo italiano Nicolau Massa, que para aí transferia o seu café e salão de bilhar "O Talão", fundado em 1779. Teve vários proprietários até 1823, quando foi comprado pelos irmãos Manuel e António Tavares. Embora tenha estado apenas quarenta anos na posse destes, foi com o seu nome que o estabelecimento se tornou conhecido. No entanto, a faustosa decoração que hoje caracteriza os salões do restaurante foi introduzida apenas na década de 60 do século XIX, quando o novo proprietário, Vicente Caldeira, entrega o projecto a Hermógenes dos Reis, transformando-o num restaurante de luxo. No início do século XX a casa é ampliada com mais um piso, voltado para a Rua das Gáveas, e recebe a varanda da fachada principal, ainda desenhado por Hermógenes dos Reis. Depois de mais algumas mudanças de propriedade, o Tavares fechou, por falência, em 1940, mas reabriu logo no ano seguinte, com novo recheio. Foi mais uma vez renovado em 1959, e finalmente em 2003-2004, quando se recuperou a sala de refeições e a fachada, então já classificadas. As ampliações da sala térrea original fizeram com que o restaurante ocupasse também o primeiro piso do prédio pombalino de rendimento onde se insere, com fachada dinamizada por alguns elementos curvos, sacadas, frisos de estuque e ferros trabalhados. O piso térreo é aberto por três portas, as laterais de verga recta, em cantaria, e a central de maior vão e verga em arco abatido. A varanda do segundo andar, baixa (pela altura dos pisos) e relativamente avançada, funciona como alpendre, enobrecendo a entrada. É acessível por três portadas a eixo com os vãos do piso inferior, sendo também a central mais larga que as laterais, e todas rematadas em arco abatido. A varanda é triplamente curva, com guarda de ferro forjado decorado com grinaldas, e base ornada com florões, festões, e enrolamentos vegetalistas em estuque, que se prolongam pelo muro. Ao primeiro andar acede-se pela porta da direita. No interior, o salão principal, de planta rectangular, é enriquecido por revestimento de madeiras e tectos em estuques dourados, mármores, espelhos, lustres e bronzes. Para além do seu valor patrimonial evidente, o restaurante é igualmente o restaurante mais antigo do país, e o segundo mais antigo na Península Ibérica. Está integrado numa zona histórica de máxima centralidade, servindo de memória da ocupação tradicional do espaço circundante desde o século XIX, quando aí se concentravam muitos teatros, clubes nocturnos, cafés, restaurantes, hotéis, jornais, livrarias, e comércio de nível. Nas suas salas reuniram-se (e reúnem-se ainda) muitas individualidades da melhor sociedade, da política ou das artes. Aí se formou o célebre grupo dos Vencidos da Vida, e aí se encontravam personalidades como Eça de Queiróz, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro, Almada Negreiros, Eduardo Viana, e tantos outros. Sílvia Leite / DIDA / IGESPAR, I.P., 26-10-2007»
Fotos e texto: Site Igespar
Série Avenidas - 4 . Avenida da Liberdade e adjacentes - 3
Para que não se achasse que estaríamos noutra cidade que não Lisboa, aqui está mais uma belissíma caixa espelhada. |
A mesma casa vista da Avenida. |
Os líquenes e musgos das mais variadas famílias têm vindo a cobrir as estátuas e a fachada do Plácio Foz. |
25/01/2014
Uma vergonha sem fundo....
O Grupo Parlamentar "Os Verdes" apresentou hoje, na Assembleia da República, em Lisboa, um projeto de resolução que defende a suspensão do leilão de 85 obras de Joan Miró que está previsto para fevereiro, em Londres.
Colocar este número de obras simultaneamente no mercado é obra de ignorantes de negócios.
Nenhum iluminado inimigo da cultura que conseguiu vislumbrar nesta colecção uma fonte de receitas (a longo prazo) para Portugal? Quem é que votou nesta absoluta cambada de incompetentes sem visão alguma e que só envergonha a Nação?
24/01/2014
Artigo Jornal de Negócios «Fecho de cinemas, o filme que não se quer ver», pedido de esclarecimento
Vimos pelo presente solicitar o vosso esclarecimento para o seguinte:
Há alguma razão especial para que o Cinema Odéon não conste do magnífico artigo intitulado «Fecho de cinemas, o filme que não se quer ver», da autoria de Alexandra Machado, publicado hoje e de que junto enviamos cópia?
É que, caso não saibam, trata-se de um cinema mais importante do que todos os outros mencionados nesse artigo, está em perigo e existe uma petição com perto de 11.000 assinaturas apelando à sua preservação, encontrando-se a mesma em discussão na A.R.
Melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, António Branco Almeida e Miguel Oliveira
Enquanto isso a luta continua na Avenida de Roma:
Essa de não saberem que era preciso autorização para mudar de ramo estando em causa um cinema é de truz. Sendo assim, as obras são todas ilegais, certo? Não há sanções para quem demoliu tudo por dentro? Pois.
Fonte: Av. Guerra Junqueiro, Praça de Londres & Av. de Roma
APELO do «PASSEIO LIVRE»
Queremos continuar a enviar-vos autocolantes gratuitamente!
A impressão de 20 mil autocolantes a duas cores (amarelo e preto) custa 585€, segundo o orçamento dado pela gráfica que apresentou o preço mais baixo. De donativos extra das pessoas a quem já enviámos autocolantes temos quase 150€. Há uma associação cívica que nos fez um donativo de 150€, precisando nós agora de apenas mais 285€.
Por favor, ajude-nos a ajudar muita gente, combatendo o flagelo que é o estacionamento selvagem nas nossas cidades!
Cada cêntimo conta!
Em nome daqueles a quem a nossa causa ajuda
Passeio Livrewww.passeiolivre.org
23/01/2014
Lisboa, Capital do Azulejo? Largo da Anunciada
...
Pois a CML e a DGPC deram autorização para a destruição dos azulejos da Fáb. Viúva Lamego. Eis a resposta da CML:
Série Avenidas - 4 - Avenida da Liberdade e adjacentes - 2
O PISAL por onde anda? Faltam vários paineis de azulejos nesta fachada. |
Talvez tenha sido esquecimento. Janela aberta no "Ventura Terra" que é Prémio Valmor. |
Aspecto da fachada principal. A hierarquização social está patente no decrescente aparato das varandas centrais. Prédios destes ajudam-nos a compreender melhor a história da cidade. |
.... a quê? |
Indeed so. De tal forma que sobra só o novo. Em português, um toque de finados. E tudo na Rosa Araújo. Em ironias deste género é Lisboa forte. |
Neste contei mais de dez vidros partidos e janelas abertas. Arejamento não lhe faltará, faltar-lhe-á a resistência para o que lhe está reservado. |
Uma fachada que tapa o quadrado que a desfigurou. Um "Bigaglia" que já nã existe. Será que nunca mais aprendemos? |
Aqui está um dos pioneiros de uma moda que veio para ficar. O famigerado Heron Castilho. Requintadamente de péssimo gosto e pior presença. Para diálogos destes não vale a pena sequer começar a falar. |