São estes candeeiros de grande 'valia' estética, funcional e de chapa galvanizada (daqueles que iluminam as auto-estradas e as vias rápidas) que a Visabeira começou a colocar nas ruas e travessas de Alvalade, durante a anterior vereação da CML.
A situação, sendo grave (numa primeira fase, a mesma 'mega-empreitada' implicara o abate de candeeiros e consolas históricos, de ferro forjado, em zonas nobres da cidade como as Avenidas Novas, substituindo-se as iluminárias por objectos inqualificáveis, e sem dar cavaco a ninguém), porque representa um total desrespeito pelo património e história da cidade, tem sido deveras caricata, com ordens para prosseguir a obra e ordens para a suspender, consecutivas, três vezes, pelo menos, desde que diversos cidadãos alertaram a CML de então para a situação que estava a acontecer em Alvalade (ver aqui, por ex.):
Candeeiros em marmorite, construídos e mantidos pela empresa CAVAN, que datam dos anos em que o bairro de Alvalade foi concebido; candeeiros com modelos vários, designados consoante o seu destino de implantação, etc.; candeeiros em bom estado de conservação (e não estão/estavam em melhor estado porque a CML não solicitava à CAVAN que procedesse à sua reparação!), foram desmantelados e substituídos pelos 'fuínhas' da foto acima, com a desculpa esfarrapada dos serviços, de que 'amaeçavam cair sobre as pessoas', 'tinham os quadros eléctricos à mostra', etc.
Alertadas várias pessoas com responsabilidades, a resposta foi quase sempre a mesma: 'não me tinha dado conta da substituição'.
A novela cheou ao rubro em pleno Verão de 2007, com a empreitada, que por esses dias estava em plena Av. Madrid (onde o caricato assumiu galonas de ópera bufa, com a plantação dos candeeiros de fancaria frente-a-frente com os antigos...), a ser suspensa definitivamente e a promessa dos responsáveis de que a situação seria revista e feita uma revaliação interna da empreitada.
Durante todo este tempo, para onde foram os candeeiros e as consolas abatidos? Simples: foram estropiados pelos serviços, uns; outros, inteiros, jazem nos armazéns da CML, outros, sabe-se lá quantos, ornamentam os quintais de outros tantos 'amigos do alheio'.
Toda esta empreitada é uma vergonha, do princípio ao fim e, por muito menos terão outras situações sido objecto de investigação durante a sindicância.
Pena que ninguém ligue ao mobiliário urbano.
Pena que ninguém levante os olhos do passeio.
Pena que ninguém ligue ao património da cidade.
E agora? Agora que a CML parece ter vontade em reiniciar a 'digníssima' empreitada, só resta aos cidadãos uma coisa: emigrar.
Esta filosofia de mobiliário urbano descartável é assumida e pública.
ResponderEliminarE não não só os candeeiros. As paragens de autocarros, os mupis e aqueles painéis de publicidade com as bandeirinhas, são trocados de pouco em pouco tempo por outros modelos.
E, se repararem as empresas ou a empresa são sempre os mesmos.
Portanto, há que alimentar um circuito e proporcionar ás empresas showrooms permanentes....
Se formos a Paris ou a Madrid, o mobiliártio urbano é sólido e de gosto e faz parte da cultura da cidade. Não há cá estas brincadeiras. Apenas pontualmente se fazem pequenos mostruários de modelos mais ou menos modernos, mas apenas isso...
Ha avenidas onde o mobiliário é trocado de ano a ano....
Vergonhoso todo o processo.
ResponderEliminarDe facto agora esta última novidade, a estéticas pós-moderna dos novos candeeiros, são a cereja no topo do bolo.
Mas V.sas Ex.s não percebem ou não querem perceber?
ResponderEliminarO mobiliário urbano tem que ser substituido regularmente para dar a ganhar dinheiro a muita gente, senão vejamos:
Quais são as únicas iluminárias, colunas e acessórios que, sendo homologados pela EDP, são aprovadas e mantidas pela mesma empresa?
Para além da "S-----", poucas mais ha! E porquê? Porque ha um fortíssimo lobie para impôr o seu material ás autarquias, com os respectivos presentes compensatórios, claro está...
Ora, estas muito poucas empresas de iluminação, que conseguem colocar o seu produto na rua, têm que vender mais e mais material e, para tal, é necessário substituí-lo e, quantas mais vezes melhor...
E qual é a forma de impôr o material de iluminação,quando alguém "pensa" em substituí-lo? É fácil; a EDP recusa-se a fazer a manutenção de outro material que não seja o das empresas "amigas". Está-se a ver, não está?...
Por último, ha também o parolismo autárquico:
Pensar que, fazer arranjos urbanísticos e requalificações urbanas de qualidade, é deitar fora tudo o que é velho e usado e, substituir por outros elementos que viram aqui, ali ou numa revista da especialidade, é de uma falta de gosto atroz.
Claro está que são,na sua maior parte, pessoas de pouca formação e craveira intelectual, que se deixam fácilmente levar pelos "bons conselhos", de alguns técnicos "mais escrupulosos", que pretendem impôr um modernismo "rasca", barato e suburbano.
É mais uma das tristezas nacionais!
......emigrar, bolas !!!!
ResponderEliminarJA
o pipinho acha que com o nome já ocupa espaço a mais (um só comentário é de facto demasiado). De modo que passa a anónimo.
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ResponderEliminarOlá! Queres dar lume?
ResponderEliminarÀ não queres! Es um ilusionista, lá por iluminares a rua, julgas-te igual ao sol que dás luz ao mundo!
Estas palavras de Vasco Santana, podem ser aplicadas a muita gente, e em várias áreas.
Alguns desperdiçam o seu tempo a procurar "inventar a roda", convencidos que dão luz ao mundo, em vez de copiar o que está bem feito! São uns ilusionistas!
Exemplo disso é a avaliação dos professores. Quando estive nos EUA como professor numa universidade os alunos avaliavam os seus professores. Esta é a forma mais correcta. É obvio que haverá muitas que não serão conclusivas, mas responsabilizar o aluno é o primeiro passo para a sua responsabilização como futuro membro activo da sociedade. Faz parte da maturidade, responsabilidade, a sua educação, na qual os professores têm um papel fundamental. Mas quando estes vêm para a rua é sintôma que algo vai mal, foi assim em 68, grandes mudanças se adivinham.
Aqueles que se julgam o sol, e todos os astrozinhos que lhe gravitam á volta, esses ilusionistas, têm os seus dias contados.
Caros amigos:
ResponderEliminarNão acham que a cidade tem problemas bem mais sérios do que este???
Claro que tem, mas não podemos entrar no discurso do "não haverá novo aeroporto enquanto houver criancinhas com fome".
ResponderEliminarQuero aqui deixar nota de uma imprecisão no meu post.. Fui dúbio quando me referi a 'quem autorizou o quê' e muito injusto em relação a António Prôa (na altura Vereador do pelouro) pois sei perfeitamente que os serviços ganharam 'vida própria' e que foi ele quem suspendeu a empreitada. Aqui fica esta nota e o meu pedido de desculpas ao amigo colega de blogue.
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