Esperemos pois que estes MUPIs sejam retirados logo que se expire o prazo da exposição. Infelizmente observa-se sempre a ocupação do espaço público por promotores comerciais:
Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
30/09/2011
Utilitas Interrupta. MUPIs no Jardim das Amoreiras.
Rebate falso. Afinal os MUPIs que se encontravam estrategicamente espalhados no Jardim das Amoreiras fazem parte da exposição 'Utilitas Interrupta' - integrada na 'Experimenta Design' - que se epalha pelo reservatório da Mãe de Água e pelo museu Vieira da Silva:
MUPIs no Jardim das Amoreiras
Chegado por e-mail:
«Caros—
Vocês que conhecem os meandros das instituições de Lx e dos blogues de cidadania digam-me lá como/onde se pode divulgar e a quem dirigir um protesto sobre aquilo que aconteceu HOJE no jardim das Amoreiras. Não tenho fotos porque não ia preparado para o choque daquela vergonha, mas basicamente entre ontem e hoje colocaram no jardim uma bateria de MUPIs!!!!! Para aí uns 10, da JCDecaux, não só a toda a volta mas também no interior do (pequeno) jardim – inclusivamente enquadrando a fonte!!!!!!!!!!
Estou enojado com a falta de vergonha com que estas coisas se fazem! Bem sei que protestar, em Portugal, não serve positivamente para nada. Mas quero fazê-lo ainda assim – no mínimo em prol minha própria consciência. Digam-me o que souberem. Peço conselhos.
Abraços—
Luis
PS – Caso este caso também vos choque, não sei, pedia que divulgassem nos locais apropriados. A coisa é bizarro-chocante, há que lá ir ver!
PS-2 – Já escrevi ao Museu Vieira da Silva a perguntar o que pensam daquilo... e se pensam fazer seja o que for contra aquilo...»
«Caros—
Vocês que conhecem os meandros das instituições de Lx e dos blogues de cidadania digam-me lá como/onde se pode divulgar e a quem dirigir um protesto sobre aquilo que aconteceu HOJE no jardim das Amoreiras. Não tenho fotos porque não ia preparado para o choque daquela vergonha, mas basicamente entre ontem e hoje colocaram no jardim uma bateria de MUPIs!!!!! Para aí uns 10, da JCDecaux, não só a toda a volta mas também no interior do (pequeno) jardim – inclusivamente enquadrando a fonte!!!!!!!!!!
Estou enojado com a falta de vergonha com que estas coisas se fazem! Bem sei que protestar, em Portugal, não serve positivamente para nada. Mas quero fazê-lo ainda assim – no mínimo em prol minha própria consciência. Digam-me o que souberem. Peço conselhos.
Abraços—
Luis
PS – Caso este caso também vos choque, não sei, pedia que divulgassem nos locais apropriados. A coisa é bizarro-chocante, há que lá ir ver!
PS-2 – Já escrevi ao Museu Vieira da Silva a perguntar o que pensam daquilo... e se pensam fazer seja o que for contra aquilo...»
29/09/2011
Moradores das Avenidas Novas criticam alterações de trânsito e exigem explicações
In Público, 29 Setembro de 2011
Por Inês Boaventura
Por Inês Boaventura
As obras para que a Avenida João Crisóstomo e a Rua D. Filipa de Vilhena passem a ter dois sentidos já estão em marcha em Lisboa.
Um grupo de moradores da Avenida João Crisóstomo e da Rua Dona Filipa de Vilhena está contra as alterações de trânsito que a Câmara de Lisboa quer introduzir nestas artérias.
Esta noite os críticos do projecto vão levar os seus protestos às assembleias de freguesia de Nossa Senhora de Fátima e de São João de Deus.
A mais criticada dessas alterações é o reperfilamento de ambas as ruas, para que em vez de um sentido de circulação passem a ter dois. As obras já começaram e, segundo afirma o vereador da Mobilidade numa explicação enviada às juntas de freguesia, "inserem-se no novo esquema de circulação a implementar entre Campolide e a Alameda D. Afonso Henriques, no seguimento das alterações introduzidas no Bairro Azul e na Avenida Duque de Ávila".
Nesse documento, o vereador Fernando Nunes da Silva elenca os objectivos da intervenção: retirar o tráfego de atravessamento das ruas, qualificar o espaço público, aumentar a segurança da circulação e aumentar a oferta de estacionamento.
"Temos a certeza que, no final, os residentes e os utilizadores da zona saberão dar o devido valor às mudanças que estão em curso", conclui o autarca.
Mas, pelo menos até agora, as explicações da Câmara de Lisboa não convenceram os residentes da área afectada. "Se nos for bem explicado que esta é uma solução necessária e correcta os moradores aceitarão. O problema é que nós não sabemos nada e o comunicado do vereador esconde mais do que diz", afirma Paulo Lopes, um dos promotores do protesto, denunciando a existência de várias "contradições" neste processo.
Este ex-morador da Av. João Crisóstomo não percebe por exemplo como é que a introdução de dois sentidos de trânsito e o desvio para esta artéria dos autocarros que hoje circulam nas ruas vizinhas é compatível com os objectivos enunciados por Nunes da Silva. Até porque, diz Paulo Lopes, os autocarros não só terão de circular "aos esses", como em pelo menos um trecho da avenida será impossível que se cruzem dois veículos.
Os críticos também estão preocupados com o futuro das árvores existentes, com uma eventual diminuição dos lugares de estacionamento, com a forma como será feita a circulação de veículos pesados, bem como com um possível aumento do ruído e das emissões poluentes.
Não são só os moradores que não estão convencidos dos benefícios desta intervenção nas Avenidas Novas. Há duas semanas o CDS apresentou, na assembleia municipal, uma recomendação exigindo à câmara que apresente os estudos técnicos que fundamentam estas alterações viárias e apelando à suspensão das obras. A recomendação teve o voto favorável de todos os partidos e a abstenção de quatro deputados dos Cidadãos por Lisboa, movimento ao qual pertence o vereador da Mobilidade.
Esta noite os críticos do projecto vão levar os seus protestos às assembleias de freguesia de Nossa Senhora de Fátima e de São João de Deus.
A mais criticada dessas alterações é o reperfilamento de ambas as ruas, para que em vez de um sentido de circulação passem a ter dois. As obras já começaram e, segundo afirma o vereador da Mobilidade numa explicação enviada às juntas de freguesia, "inserem-se no novo esquema de circulação a implementar entre Campolide e a Alameda D. Afonso Henriques, no seguimento das alterações introduzidas no Bairro Azul e na Avenida Duque de Ávila".
Nesse documento, o vereador Fernando Nunes da Silva elenca os objectivos da intervenção: retirar o tráfego de atravessamento das ruas, qualificar o espaço público, aumentar a segurança da circulação e aumentar a oferta de estacionamento.
"Temos a certeza que, no final, os residentes e os utilizadores da zona saberão dar o devido valor às mudanças que estão em curso", conclui o autarca.
Mas, pelo menos até agora, as explicações da Câmara de Lisboa não convenceram os residentes da área afectada. "Se nos for bem explicado que esta é uma solução necessária e correcta os moradores aceitarão. O problema é que nós não sabemos nada e o comunicado do vereador esconde mais do que diz", afirma Paulo Lopes, um dos promotores do protesto, denunciando a existência de várias "contradições" neste processo.
Este ex-morador da Av. João Crisóstomo não percebe por exemplo como é que a introdução de dois sentidos de trânsito e o desvio para esta artéria dos autocarros que hoje circulam nas ruas vizinhas é compatível com os objectivos enunciados por Nunes da Silva. Até porque, diz Paulo Lopes, os autocarros não só terão de circular "aos esses", como em pelo menos um trecho da avenida será impossível que se cruzem dois veículos.
Os críticos também estão preocupados com o futuro das árvores existentes, com uma eventual diminuição dos lugares de estacionamento, com a forma como será feita a circulação de veículos pesados, bem como com um possível aumento do ruído e das emissões poluentes.
Não são só os moradores que não estão convencidos dos benefícios desta intervenção nas Avenidas Novas. Há duas semanas o CDS apresentou, na assembleia municipal, uma recomendação exigindo à câmara que apresente os estudos técnicos que fundamentam estas alterações viárias e apelando à suspensão das obras. A recomendação teve o voto favorável de todos os partidos e a abstenção de quatro deputados dos Cidadãos por Lisboa, movimento ao qual pertence o vereador da Mobilidade.
Empresas municipais. Pelo menos metade está a caminho do fim
In I online (29/9/2011)
Por Liliana Valente
«Metade das empresas municipais analisadas pelo i obtiveram resultados negativos nos últimos anos
Se o governo ditar o fecho de todas as empresas que demonstram resultados negativos nos últimos anos, pelo menos metade têm o fim no horizonte. O i analisou as empresas municipais das 175 câmaras que entregaram dados pedidos pelo parlamento e, tendo em conta os resultados líquidos destas entidades, cerca de 50% seriam extintas.
E o número de empresas com perdas, logo, na mira da extinção que vai ser levada a cabo, pode ser ainda superior. Por lei, as autarquias são obrigadas a cobrir os valores negativos registados nas empresas municipais.
Do total de 175 câmaras que responderam ao parlamento, 85 declararam deter 160 empresas municipais a 100%. Ao aplicar o critério dos resultados negativos – que consta no “Livro Verde da Reforma da Administração Local”, apresentado por Passos Coelho no início desta semana –, 76 seriam obrigadas a fechar portas por apresentarem um desequilíbrio nas contas de 2005 a 2009, o que representa 48% das entidades.
No caso de seis das principais cidades do país (Lisboa, Porto, Cascais, Coimbra, Faro e Vila Nova de Gaia), que disponibilizaram dados online e à Assembleia da República, das 28 entidades do sector empresarial local, nove deixariam de existir.
A conclusão resulta da aplicação apenas de um dos critérios que o governo propõe. As propostas de lei para o sector ainda não seguiram para os deputados, pelo que ainda não é possível saber se os critérios a aplicar serão cumulativos. Ou seja, o Livro Verde determina que todas as entidades do sector empresarial local que apresentem “resultados líquidos negativos consecutivos nos últimos 3 anos” serão extintas. O documento diz ainda que todas as que dependam em mais de 50% de transferências das câmaras para sobreviver também serão extintas, falta saber se este critério se junta ao anterior ou não.
Aplicando os dois critérios em conjunto – resultados e capitais negativos mais dependência em mais de 50% das câmaras – o número das entidades a fechar dispara. Ao certo, o número de entidades afectadas só ficará fechado no próximo ano.
Principais cidades
As grandes cidades do país criaram ao longo dos anos dezenas de empresas municipais para delegarem competências em áreas como a reabilitação urbana, a gestão da água e resíduos, a gestão de equipamentos culturais e ainda o turismo. O i analisou os dados das câmaras de Lisboa, Porto, Cascais, Coimbra, Faro e Vila Nova de Gaia. No total, as seis câmaras detêm a 100%, 28 empresas municipais. Seguindo o critério expresso no Livro Verde, nove têm resultados negativos, logo, têm o fim no horizonte. No total, estas empresas somaram perdas de quase sete milhões de euros.
Em Lisboa, das cinco empresas que são 100% da Câmara, quatro apresentaram resultados positivos até 2009. Valores alcançados sobretudo à conta das transferências da autarquia. Ou seja, estas empresas não sobrevivem por receitas próprias, o que pode não as salvar do fecho, de acordo com os critérios do governo. Das entidades deste tipo a dependerem da autarquia lisboeta, só a Gebalis assume resultados líquidos negativos que, em 2009, ultrapassaram mesmo os dois milhões de euros.
No Porto o cenário é quase idêntico. Na autarquia de Rui Rio, apenas uma das cinco, a Porto Lazer, mostrou estar no vermelho. Todas as restantes empresas municipais declararam resultados positivos e também todas elas receberam da autarquia uma transferência de verbas que lhes permitiu atingir tais resultados.
Já as seis empresas da Câmara Municipal de Cascais assumem, nos dados disponíveis no site de cada empresa e na resposta ao parlamento, números no verde. Apenas a Empresa de Turismo do Estoril mostra, consecutivamente desde 2006, resultados negativos, sendo que em 2009 ultrapassou os 400 mil euros. As empresas de Coimbra apresentaram números sempre positivos (ver caixa ao lado) e Vila Nova de Gaia, três das sete tiveram resultados negativos (ver caixa ao lado).
Reforma
Sabe-se já que actualmente há 408 empresas detidas por 167 municípios e o governo prometeu uma “redução significativa”, a reboque do memorando da troika que pressupõe uma redução do peso do sector empresarial local.
A primeira etapa passa por, até ao dia 15 de Outubro, conhecer-se a realidade completa deste sector empresarial. Em cima da apresentação do Orçamento do Estado para 2012, será apresentado o estudo sobre todas as empresas municipais existentes. O “livro branco” do sector empresarial local, que está a ser elaborado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), já era para estar finalizado, mas o governo prorrogou o prazo. Antes, já fez aprovar na Assembleia da República legislação que impede a criação de novas empresas e impõe sanções aos administradores e às câmaras que não respondam ao inquérito que está a ser levado a cabo.»
Por Liliana Valente
«Metade das empresas municipais analisadas pelo i obtiveram resultados negativos nos últimos anos
Se o governo ditar o fecho de todas as empresas que demonstram resultados negativos nos últimos anos, pelo menos metade têm o fim no horizonte. O i analisou as empresas municipais das 175 câmaras que entregaram dados pedidos pelo parlamento e, tendo em conta os resultados líquidos destas entidades, cerca de 50% seriam extintas.
E o número de empresas com perdas, logo, na mira da extinção que vai ser levada a cabo, pode ser ainda superior. Por lei, as autarquias são obrigadas a cobrir os valores negativos registados nas empresas municipais.
Do total de 175 câmaras que responderam ao parlamento, 85 declararam deter 160 empresas municipais a 100%. Ao aplicar o critério dos resultados negativos – que consta no “Livro Verde da Reforma da Administração Local”, apresentado por Passos Coelho no início desta semana –, 76 seriam obrigadas a fechar portas por apresentarem um desequilíbrio nas contas de 2005 a 2009, o que representa 48% das entidades.
No caso de seis das principais cidades do país (Lisboa, Porto, Cascais, Coimbra, Faro e Vila Nova de Gaia), que disponibilizaram dados online e à Assembleia da República, das 28 entidades do sector empresarial local, nove deixariam de existir.
A conclusão resulta da aplicação apenas de um dos critérios que o governo propõe. As propostas de lei para o sector ainda não seguiram para os deputados, pelo que ainda não é possível saber se os critérios a aplicar serão cumulativos. Ou seja, o Livro Verde determina que todas as entidades do sector empresarial local que apresentem “resultados líquidos negativos consecutivos nos últimos 3 anos” serão extintas. O documento diz ainda que todas as que dependam em mais de 50% de transferências das câmaras para sobreviver também serão extintas, falta saber se este critério se junta ao anterior ou não.
Aplicando os dois critérios em conjunto – resultados e capitais negativos mais dependência em mais de 50% das câmaras – o número das entidades a fechar dispara. Ao certo, o número de entidades afectadas só ficará fechado no próximo ano.
Principais cidades
As grandes cidades do país criaram ao longo dos anos dezenas de empresas municipais para delegarem competências em áreas como a reabilitação urbana, a gestão da água e resíduos, a gestão de equipamentos culturais e ainda o turismo. O i analisou os dados das câmaras de Lisboa, Porto, Cascais, Coimbra, Faro e Vila Nova de Gaia. No total, as seis câmaras detêm a 100%, 28 empresas municipais. Seguindo o critério expresso no Livro Verde, nove têm resultados negativos, logo, têm o fim no horizonte. No total, estas empresas somaram perdas de quase sete milhões de euros.
Em Lisboa, das cinco empresas que são 100% da Câmara, quatro apresentaram resultados positivos até 2009. Valores alcançados sobretudo à conta das transferências da autarquia. Ou seja, estas empresas não sobrevivem por receitas próprias, o que pode não as salvar do fecho, de acordo com os critérios do governo. Das entidades deste tipo a dependerem da autarquia lisboeta, só a Gebalis assume resultados líquidos negativos que, em 2009, ultrapassaram mesmo os dois milhões de euros.
No Porto o cenário é quase idêntico. Na autarquia de Rui Rio, apenas uma das cinco, a Porto Lazer, mostrou estar no vermelho. Todas as restantes empresas municipais declararam resultados positivos e também todas elas receberam da autarquia uma transferência de verbas que lhes permitiu atingir tais resultados.
Já as seis empresas da Câmara Municipal de Cascais assumem, nos dados disponíveis no site de cada empresa e na resposta ao parlamento, números no verde. Apenas a Empresa de Turismo do Estoril mostra, consecutivamente desde 2006, resultados negativos, sendo que em 2009 ultrapassou os 400 mil euros. As empresas de Coimbra apresentaram números sempre positivos (ver caixa ao lado) e Vila Nova de Gaia, três das sete tiveram resultados negativos (ver caixa ao lado).
Reforma
Sabe-se já que actualmente há 408 empresas detidas por 167 municípios e o governo prometeu uma “redução significativa”, a reboque do memorando da troika que pressupõe uma redução do peso do sector empresarial local.
A primeira etapa passa por, até ao dia 15 de Outubro, conhecer-se a realidade completa deste sector empresarial. Em cima da apresentação do Orçamento do Estado para 2012, será apresentado o estudo sobre todas as empresas municipais existentes. O “livro branco” do sector empresarial local, que está a ser elaborado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), já era para estar finalizado, mas o governo prorrogou o prazo. Antes, já fez aprovar na Assembleia da República legislação que impede a criação de novas empresas e impõe sanções aos administradores e às câmaras que não respondam ao inquérito que está a ser levado a cabo.»
Ainda sobre a Filipa de Vilhena, João Crisóstomo e Bº Social do Arco do Cego
Chegado por e-mail:
«Estimados Srs.
Li hoje a notícia sobre a posição dos moradores da zona da Filipa de Vilhena e João Crisóstomo, com a qual me identifiquei desde hoje que a li.
Mesmo ao lado, no Bairro Social do Arco do Cego, estamos também desagradados e indignados com uma possível passagem a Zona 30 num projecto ao que se fala avaliado em um milhão de euros.
A generalidade dos moradores está contra por diversas razões, e disso estão a fazer eco junto do sr. Presidente da Junta de Freguesia de S. João de Deus.
Já antes, durante obras no "liceu" Filipa de Lencastre, impediu-se que fossem encerradas definitivamente duas vias públicas aos moradores e que a escola construísse, através da empresa Parque Escolar, um gradeamento sobe-e-desce de contornos duvidosos. Consequiu-se evitar o pior...
Estamos fundamentalmente fartos de ter o Bairro transformado em estaleiro de requalificações que não queremos, de gosto e oportunidade duvidosos.
Se assim o entenderem, poderei enviar em anexo cópia de uma carta dirigida ao presidente da JF S. João de Deus com a súmula das posições auscultadas junto dos moradores desta "Aldeia na Cidade".
Já agora - referindo-me às mudanças do sentido do trânsito - muitos não se lembram quando a Av. da República e a Barbosa du Bocage, uma com as laterais em contra-sentido e outra com as duas faixas para o mesmo lado, e os acidentes provocados (alguns mortais) em peões que tiveram de reaprender a disposição do movimento das viaturas nas suas ruas. Há que nos lembrarmos dos mais idosos que continuam a imaginar o traçado das suas ruas como há vinte anos atrás.
O que está a acontecer na Filipa de Vilhena/João Crisóstomo pode configurar casos semelhantes. É um alerta...
melhores cumprimentos
José Carlos Coelho Dias
psicólogo clínico»
«Estimados Srs.
Li hoje a notícia sobre a posição dos moradores da zona da Filipa de Vilhena e João Crisóstomo, com a qual me identifiquei desde hoje que a li.
Mesmo ao lado, no Bairro Social do Arco do Cego, estamos também desagradados e indignados com uma possível passagem a Zona 30 num projecto ao que se fala avaliado em um milhão de euros.
A generalidade dos moradores está contra por diversas razões, e disso estão a fazer eco junto do sr. Presidente da Junta de Freguesia de S. João de Deus.
Já antes, durante obras no "liceu" Filipa de Lencastre, impediu-se que fossem encerradas definitivamente duas vias públicas aos moradores e que a escola construísse, através da empresa Parque Escolar, um gradeamento sobe-e-desce de contornos duvidosos. Consequiu-se evitar o pior...
Estamos fundamentalmente fartos de ter o Bairro transformado em estaleiro de requalificações que não queremos, de gosto e oportunidade duvidosos.
Se assim o entenderem, poderei enviar em anexo cópia de uma carta dirigida ao presidente da JF S. João de Deus com a súmula das posições auscultadas junto dos moradores desta "Aldeia na Cidade".
Já agora - referindo-me às mudanças do sentido do trânsito - muitos não se lembram quando a Av. da República e a Barbosa du Bocage, uma com as laterais em contra-sentido e outra com as duas faixas para o mesmo lado, e os acidentes provocados (alguns mortais) em peões que tiveram de reaprender a disposição do movimento das viaturas nas suas ruas. Há que nos lembrarmos dos mais idosos que continuam a imaginar o traçado das suas ruas como há vinte anos atrás.
O que está a acontecer na Filipa de Vilhena/João Crisóstomo pode configurar casos semelhantes. É um alerta...
melhores cumprimentos
José Carlos Coelho Dias
psicólogo clínico»
I-N-A-C-R-E-D-I-T-Á-V-E-L!
A ampliação a nascente da antiga igreja do Banco de Portugal, futuro Museu da Moeda, apresenta esta bizarria junto à antiga torre sineira daquela... chamam a isto arquitectura de referência? Foi para isto suspenso o PDM? Allô, senhores do património, não acham isto miserável? E, tecnicamente, isto é para quê? O museu não podia ter tido uma ampliação mais baixa e mais afastada da torre sineira? Ah, já sei, é mais uma "à la" cobertura do conglomerado da Império, na Rua Garrett... como só se vê lá de cima, não importa, já sei. Cá em baixo são todos ceguinhos. E viva o PP da Baixa Pombalina, claro. Não há pachorra.
A/C. Vereador Sá Fernandes
Este é o estado do pequeno lago defronte ao Palácio das Necessidades, a que só falta mesmo alguém depositar-lhe as ditas cujas. Uma vergonha. Um caso de saúde pública. De que está à espera a CML para o limpar?
Governo discute novo uso para o edifício que Mendes da Rocha desenhou para os Coches ( 1a Página do Público)
Obra tinha um custo inicial de 31 milhões de euros
Governo discute novo uso para o edifício que Mendes da Rocha desenhou para os Coches
Por Bárbara Reis e Lucinda Canelas com Ana Henriques in Publico
Debate faz parte de uma reflexão alargada sobre a frente ribeirinha de Lisboa. Mas nada está decidido
À intensa polémica que gerou a anunciada saída do Museu Nacional dos Coches do picadeiro de Belém para novas instalações, projectadas pelo brasileiro Paulo Mendes da Rocha na mesma zona de Lisboa, vem agora juntar-se um novo episódio: no âmbito de uma reflexão mais alargada sobre a frente ribeirinha da cidade, o Governo está a debater o uso a dar a este edifício orçado em 40 milhões de euros, em construção desde Fevereiro.
"A minha preocupação neste momento é encontrar uma solução global para a frente Tejo", disse ontem ao PÚBLICO Miguel Relvas, ministro Adjunto dos Assuntos Parlamentares, que tem a seu cargo o processo de extinção da empresa criada em 2008 pelo então primeiro-ministro José Sócrates para a requalificação da zona ribeirinha de Lisboa (o desaparecimento da Frente Tejo SA foi anunciado em Julho). O novo Museu Nacional dos Coches era apresentado pelo anterior governo socialista como uma peça-chave desta revitalização.
Para contribuir para o debate sobre a zona, Relvas levou para uma reunião que teve há um mês com o presidente da câmara de Lisboa, António Costa, e o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, uma pergunta: "Por que não ponderar a hipótese de dar ao edifício outro uso?" Nada está, no entanto, decidido, disse ontem fonte do governo. Por isso, vão realizar-se mais reuniões.
Segundo várias fontes ligadas à Cultura ouvidas ontem pelo PÚBLICO, que preferiram manter-se anónimas, em cima da mesa estará a eventual criação de um museu da viagem e da língua, uma proposta que já antes fora avançada para outros edifícios daquela zona: o Mosteiro dos Jerónimos (onde está o Museu Nacional de Arqueologia, MNA) e o Museu de Arte Popular.
A ideia de um museu com base na Expansão começou por ser defendida pelo escritor Vasco Graça Moura (que foi eurodeputado pelo PSD e presidente da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses) e, mais recentemente, pela historiadora de arte Raquel Henriques da Silva, que foi também directora do instituto dos museus.
Num cenário de profunda contenção orçamental, as mesmas fontes defendem que na origem do debate deverão estar também os elevados custos de manutenção dos coches no espaço criado pelo Pritzker de 2006 (o mais alto prémio que um arquitecto pode desejar). E dizem que é a mesma falta de dinheiro que leva a Secretaria de Estado da Cultura (SEC) a ter ainda em análise a transferência do MNA para a Cordoaria Nacional.
Obra continua
Contactado pelo PÚBLICO, Paulo Mendes da Rocha, 82 anos, preferiu não prestar declarações, remetendo qualquer esclarecimento sobre o assunto para o Governo português. A SEC não se pronunciou, nem o Turismo de Portugal, entidade de onde parte o financiamento da obra (31 milhões de euros provenientes da concessão do Casino de Lisboa, embora os últimos custos divulgados ascendam a 38,8 milhões). João Brigola, director do Instituto dos Museus e da Conservação, que tutela os Coches, disse ontem que não tinha recebido "qualquer informação oficial sobre a questão".
Apesar dos atrasos iniciais, a obra está a decorrer como previsto, disse ontem António Capinha, do gabinete de comunicação da Mota Engil, empresa responsável pelos trabalhos.
A confirmar-se a mudança de finalidade, o projecto de Mendes da Rocha deverá ter grandes alterações, uma vez que os coches têm especificidades de exposição muito concretas e exigem, por isso, um edifício à sua medida: basta pensar que ganham em ser vistos de todos os lados e no espaço que é preciso para que dêem a volta sempre que for preciso restaurá-los ou mudá-los de lugar.
O museu que está planeado, e cuja conclusão foi anunciada para o fim deste ano, prevê a exposição de 80 coches da colecção portuguesa, uma das melhores do mundo
Governo discute novo uso para o edifício que Mendes da Rocha desenhou para os Coches
Por Bárbara Reis e Lucinda Canelas com Ana Henriques in Publico
Debate faz parte de uma reflexão alargada sobre a frente ribeirinha de Lisboa. Mas nada está decidido
À intensa polémica que gerou a anunciada saída do Museu Nacional dos Coches do picadeiro de Belém para novas instalações, projectadas pelo brasileiro Paulo Mendes da Rocha na mesma zona de Lisboa, vem agora juntar-se um novo episódio: no âmbito de uma reflexão mais alargada sobre a frente ribeirinha da cidade, o Governo está a debater o uso a dar a este edifício orçado em 40 milhões de euros, em construção desde Fevereiro.
"A minha preocupação neste momento é encontrar uma solução global para a frente Tejo", disse ontem ao PÚBLICO Miguel Relvas, ministro Adjunto dos Assuntos Parlamentares, que tem a seu cargo o processo de extinção da empresa criada em 2008 pelo então primeiro-ministro José Sócrates para a requalificação da zona ribeirinha de Lisboa (o desaparecimento da Frente Tejo SA foi anunciado em Julho). O novo Museu Nacional dos Coches era apresentado pelo anterior governo socialista como uma peça-chave desta revitalização.
Para contribuir para o debate sobre a zona, Relvas levou para uma reunião que teve há um mês com o presidente da câmara de Lisboa, António Costa, e o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, uma pergunta: "Por que não ponderar a hipótese de dar ao edifício outro uso?" Nada está, no entanto, decidido, disse ontem fonte do governo. Por isso, vão realizar-se mais reuniões.
Segundo várias fontes ligadas à Cultura ouvidas ontem pelo PÚBLICO, que preferiram manter-se anónimas, em cima da mesa estará a eventual criação de um museu da viagem e da língua, uma proposta que já antes fora avançada para outros edifícios daquela zona: o Mosteiro dos Jerónimos (onde está o Museu Nacional de Arqueologia, MNA) e o Museu de Arte Popular.
A ideia de um museu com base na Expansão começou por ser defendida pelo escritor Vasco Graça Moura (que foi eurodeputado pelo PSD e presidente da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses) e, mais recentemente, pela historiadora de arte Raquel Henriques da Silva, que foi também directora do instituto dos museus.
Num cenário de profunda contenção orçamental, as mesmas fontes defendem que na origem do debate deverão estar também os elevados custos de manutenção dos coches no espaço criado pelo Pritzker de 2006 (o mais alto prémio que um arquitecto pode desejar). E dizem que é a mesma falta de dinheiro que leva a Secretaria de Estado da Cultura (SEC) a ter ainda em análise a transferência do MNA para a Cordoaria Nacional.
Obra continua
Contactado pelo PÚBLICO, Paulo Mendes da Rocha, 82 anos, preferiu não prestar declarações, remetendo qualquer esclarecimento sobre o assunto para o Governo português. A SEC não se pronunciou, nem o Turismo de Portugal, entidade de onde parte o financiamento da obra (31 milhões de euros provenientes da concessão do Casino de Lisboa, embora os últimos custos divulgados ascendam a 38,8 milhões). João Brigola, director do Instituto dos Museus e da Conservação, que tutela os Coches, disse ontem que não tinha recebido "qualquer informação oficial sobre a questão".
Apesar dos atrasos iniciais, a obra está a decorrer como previsto, disse ontem António Capinha, do gabinete de comunicação da Mota Engil, empresa responsável pelos trabalhos.
A confirmar-se a mudança de finalidade, o projecto de Mendes da Rocha deverá ter grandes alterações, uma vez que os coches têm especificidades de exposição muito concretas e exigem, por isso, um edifício à sua medida: basta pensar que ganham em ser vistos de todos os lados e no espaço que é preciso para que dêem a volta sempre que for preciso restaurá-los ou mudá-los de lugar.
O museu que está planeado, e cuja conclusão foi anunciada para o fim deste ano, prevê a exposição de 80 coches da colecção portuguesa, uma das melhores do mundo
28/09/2011
Avenida 24 de Julho vai ser transformada numa alameda
A Câmara de Lisboa vai reduzir o número
de faixas de rodagem na Avenida 24 de Julho, no âmbito do plano de
urbanização de Alcântara. Objectivo: "Ter menos carros a circular em
Lisboa", disse ontem o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado.
Depois de ter restringido a circulação automóvel
na Baixa, a autarquia avança agora, mas sem datas de concretização,
para outras zonas da cidade. O arquitecto explica que a ideia é alargar
passeios e plantar árvores entre Alcântara e o Cais do Sodré, criando
uma espécie de alameda com duas vias em cada sentido, em vez das actuais
três ou, nalguns troços, quatro. "No séc. XIX foi desenhada uma alameda
até Belém que acabou por nunca ser concretizada", refere Manuel
Salgado. A redução das vias de rodagem será acompanhada de alterações
rodoviárias em Algés que facilitarão o acesso dos carros à CRIL -
Circular Regional Interior de Lisboa, desincentivando assim a entrada de
veículos no centro da cidade.
"Lisboa foi sacrificada ao automóvel durante décadas", criticou Manuel Salgado, para quem é tempo de as coisas mudarem. A opção do executivo socialista que governa a Câmara de Lisboa não tem sido pacífica: o presidente do Automóvel Clube de Portugal, Carlos Barbosa, declarou recentemente que o presidente do município, António Costa, só faz "asneira" no que toca à mobilidade na cidade e, como tal, devia sair da autarquia. "A cidade de Lisboa é liderada por um presidente e por um vice-presidente que têm uma obsessão, que nunca vão conseguir na vida, que é pôr todos os portugueses a andar de bicicleta. Tudo o que puderem destruir em mobilidade em Lisboa vão fazê-lo", afirmou.
Depois da discussão pública a que foi sujeito e apesar de alguma contestação local de que tem sido alvo, o plano de urbanização de Alcântara é hoje uma vez mais votado na Câmara de Lisboa. A criação de mais lugares de estacionamento do que inicialmente previsto é uma das alterações à versão anterior do documento. Com o congelamento dos investimentos em transportes públicos, não será tão cedo que o metropolitano chegará a esta zona da cidade.
Quanto ao recinto onde hoje existe o Lx Factory, para o qual chegou a estar previsto um projecto imobiliário com torres, o vereador do Urbanismo assegura que mais nenhuma construção será, afinal, autorizada no recinto, que ficará apenas com os velhos armazéns e a antiga tipografia Mirandela, hoje ocupados por empresas criativas, lojas e uma livraria.
"Lisboa foi sacrificada ao automóvel durante décadas", criticou Manuel Salgado, para quem é tempo de as coisas mudarem. A opção do executivo socialista que governa a Câmara de Lisboa não tem sido pacífica: o presidente do Automóvel Clube de Portugal, Carlos Barbosa, declarou recentemente que o presidente do município, António Costa, só faz "asneira" no que toca à mobilidade na cidade e, como tal, devia sair da autarquia. "A cidade de Lisboa é liderada por um presidente e por um vice-presidente que têm uma obsessão, que nunca vão conseguir na vida, que é pôr todos os portugueses a andar de bicicleta. Tudo o que puderem destruir em mobilidade em Lisboa vão fazê-lo", afirmou.
Depois da discussão pública a que foi sujeito e apesar de alguma contestação local de que tem sido alvo, o plano de urbanização de Alcântara é hoje uma vez mais votado na Câmara de Lisboa. A criação de mais lugares de estacionamento do que inicialmente previsto é uma das alterações à versão anterior do documento. Com o congelamento dos investimentos em transportes públicos, não será tão cedo que o metropolitano chegará a esta zona da cidade.
Quanto ao recinto onde hoje existe o Lx Factory, para o qual chegou a estar previsto um projecto imobiliário com torres, o vereador do Urbanismo assegura que mais nenhuma construção será, afinal, autorizada no recinto, que ficará apenas com os velhos armazéns e a antiga tipografia Mirandela, hoje ocupados por empresas criativas, lojas e uma livraria.
in Público
As novas plantas do jardim das Amoreiras.
Não sei se para compensar as árvores que vão sendo abatidas, sem que outras novas sejam plantadas em seu lugar, se por estas novas plantas que agora surgiram no jardim das Amoreiras serem mais interactivas que as tradicionais plantas, o certo é que a imaginativa vereação dos espaços verdes resolveu plantar, ou permitir que alguem as plantasse, à entrada e no interior do jardim oito, 8, exemplares destas novas plantas:
Os meus parabéns a quem teve esta feliz ideia de plantar estas novas espécies no interior do jardim. Era um lugar demasiado pacato, sossegado. Estas novas plantas dão-lhe mais vida! E faço votos para que a nossa inefável vereação dos espaços verdes alargue esta brilhante ideia aos outros tristes jardins de Lisboa. Viva a Vereação dos Espaços Verdes e das Novas Plantas.
Os meus parabéns a quem teve esta feliz ideia de plantar estas novas espécies no interior do jardim. Era um lugar demasiado pacato, sossegado. Estas novas plantas dão-lhe mais vida! E faço votos para que a nossa inefável vereação dos espaços verdes alargue esta brilhante ideia aos outros tristes jardins de Lisboa. Viva a Vereação dos Espaços Verdes e das Novas Plantas.
O exemplo de Munique: Gartnerplatz
Descubra as diferenças entre esta praça em Munique e uma equivalente em Lisboa, como por exemplo a Praça da Estrela ou o Campo das Cebolas. Enfim, não é por acaso que Munique é considerada uma das cidades do mundo com maior qualidade de vida. E Lisboa? Vivemos ainda obcecados com o estacionamento das nossas viaturas de transporte particular.
Petição "TAPADA das NECESSIDADES: CML troca Projecto Social por Restaurante"
Eis uma petição lançada pelo Grupo de Amigos da Tapada das Necessidades, e com a qual não posso deixar de concordar uma vez que o que à primeira vista era uma boa notícia - o concurso público para instalação de um restaurante no antigo jardim zoológico da Tapada das Necessidades - se pode transformar de facto num pesadelo, por força das obras previstas no caderno de encargos (ampliação, esventramento do subsolo para colocação de infraestruturas, etc.) e pela falta de clareza quanto a pormenores vitais, como por ex. a forma de acesso ao restaurante, i.e., circulação/estacionamento automóvel. Como tal, está subscrita.
...
«Os cidadãos abaixo-assinados consideram que:
A Câmara Municipal de Lisboa pretende construir um Restaurante no antigo Jardim Zoológico da Tapada, o que é uma forma intolerável de privar a população de um espaço público e histórico de excepção.
Ignora para isso um Projecto apresentado pela Junta de Freguesia dos Prazeres, as Casinhas Encantadas, dedicado à educação das crianças e ao bem-estar dos moradores e frequentadores do Parque.
Seria devastador o resultado da instalação de um Restaurante com os seus acessos, redes de iluminação, comunicações, águas e esgotos, gás, gestão de resíduos sólidos, demolições e construções de apoio e suas periódicas operações de manutenção.
A Tapada das Necessidades e o seu arvoredo são Monumentos de Interesse Público, não podendo o património cultural da cidade ser descurado e negligenciado.
A existência desse Restaurante obrigaria a estacionamento e circulação de veículos dentro da Tapada, com intenso movimento de pessoas até altas horas, de forma totalmente incompatível com a sua conservação e segurança, comprometendo o descanso de vizinhos, a paz e o sossego do local e permitindo depredações e danos no Património.
Quaisquer novas construções iriam descaracterizar o conjunto monumental do Jardim, com um brutal impacto e sem daí resultar qualquer vantagem para o ambiente, adulterando este lugar de privilégio que foi possível preservar durante século e meio.
Em defesa de Lisboa, os cidadãos abaixo assinados rejeitam a instalação do Restaurante na Tapada das Necessidades, objecto de Concurso Público Internacional lançado pela Câmara Municipal de Lisboa e que pretendem seja anulado.»
27/09/2011
Moradores da R. D. Filipa de Vilhena e Av. João Crisóstomo indignados com alterações viárias impostas pela CML
Os
moradores da Rua D. Filipa de Vilhena foram surpreendidos no início de Agosto
do corrente ano com obras em toda a extensão da sua rua, obras essas que,
segundo conseguimos apurar em reuniões com o Exmo. Sr. Vereador da Mobilidade
da CML, Prof. Nunes da Silva e que eram do conhecimento da Exma. Sra.
Presidente do Executivo da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, se
destinam a colocar esta artéria com dois sentidos de circulação.
Também
os moradores da Av. João Crisóstomo viram na mesma altura os seus piores receios
transformados em certeza: a introdução de circulação nos dois sentidos,
reservada principalmente para transportes públicos, leia-se autocarros.
Os
moradores tomaram conhecimento destas alterações de trânsito, através de um
comunicado do Sr. Vereador Nunes da Silva, que apesar do tamanho, muito deixa
por dizer além de estar cheio de contradições, levantar muitas dúvidas aos
moradores e ser omisso em muitas matérias.
No
entanto este comunicado, nunca foi distribuído a todos os moradores, tendo a Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima se remetido a colocá-lo nas suas vitrinas. Houve uma tentativa clara de não informar devidamente todos os
moradores, como teria sido desejável e correcto, pois tudo tem sido
feito nas costas dos mesmos.
Segundo
o comunicado "O sistema de vias
principais de distribuição local é composto pela Av. João Crisóstomo (que
passará a ter dois sentidos de circulação), (...) e por um conjunto de
perpendiculares formado pela Av. 5 de Outubro, Av. dos Defensores de Chaves e o
eixo formado pelas ruas D. Estefânia/D. Filipa de Vilhena/Arco do Cego, as
quais assegurarão sempre os dois sentidos de circulação (...). Será também
nestes eixos que se concentrará a oferta de transportes colectivos."
Mas
o documento afirma ainda que entre outras, esta alteração "liberta o interior desta zona da cidade do
tráfego de atravessamento, como se espera diminuir a intensidade de tráfego e a
velocidade de circulação nas ruas com maior número de actividades no
rés-do-chão dos edifícios e maior densidade residencial, como são os casos da
Av. João Crisóstomo, a Av. dos Defensores de Chaves e a R. D, Filipa de Vilhena.
Por outro lado, (...) permitirá ainda aumentar e disciplinar o estacionamento
na via pública em todas estas ruas de carácter mais local, ao mesmo tempo que
se assegura uma melhor continuidade dos percursos pedonais e o reforço da sua
arborização.
Há
aqui algo mal explicado ou propositadamente ocultado. Como é que se liberta a Av. João
Crisóstomo e a R. D. Filipa de Vilhena do tráfego de atravessamento e se
diminui a intensidade de tráfego e ao mesmo tempo se passam estas artérias a
vias de dois sentidos, em que além do trânsito ligeiro ainda se vão
sobrecarregar com autocarros e outros transportes públicos?
O
Vereador Nunes da Silva refere ainda o cuidado que é dado à protecção das
árvores e do espaço verde em geral: "reintrodução
das alamedas arborizadas, que foram, durante décadas, uma das marcas
características das “Avenidas Novas”, "reforço da…arborização". E
relativamente à intervenção na Rua Filipa de Vilhena é mesmo afirmado que
"de modo a não se ter de cortar as
árvores (...), encarecendo a obra (...) para além dos inconvenientes que o
abate de árvores sempre acarretam."
Mas
sobre as árvores hoje existentes na Av. João Crisóstomo, nem uma palavra é
dito. Nada!!!
Mais,
é afirmado que a Av. João Crisóstomo "vai
ficar com mais 100 lugares de estacionamento, será uma via local, vai ter um
separador ao meio que possibilite o estacionamento alternado conforme na Elias
Garcia..."
Havendo
alternativas válidas, não é nunca explicado pelo Sr. Vereador Nunes da Silva a
razão para colocar autocarros nos sentidos da Avenida João Crisóstomo, uma
artéria que começa numas escadas e acaba num muro, fazendo com que os
autocarros tenham que andar aos “SSS”.
Vemos
também que na Avenida António José de Almeida já foram subtraídos diversos
lugares de estacionamento, quer no cruzamento com a Rua D. Filipa de Vilhena,
quer em frente à entrada da INCM por imposição da transferência da paragem da
Carris para essa artéria, sendo que os cerca de dez lugares de estacionamento
não foram adicionados em mais lado nenhum.
Por
outro lado, falta esclarecer qual é a forma que a CML irá determinar para o
término da Rua D. Filipa de Vilhena, na confluência com as ruas do Arco do Cego
e Visconde de Valmor, uma vez que, clara e inequivocamente, está em causa a
segurança de quem circulará nessa confluência, peões e automobilistas. Se
analisarmos bem este cruzamento de ruas verificamos que o mesmo, neste momento,
não é mais que uma “chicane” que irá estrangular quem queira, vindo da Rua D.
Filipa de Vilhena, virar à direita para a Rua do Arco do Cego ou em direcção ao
Agrupamento de Escolas D. Filipa de Lencastre. O mesmo se coloca para quem
circula da Rua do Arco do Cego em direcção à Filipa de Vilhena que nesta
altura, apenas com um sentido de trânsito, já se verificam estrangulamentos,
principalmente quando transitam veículos pesados de mercadorias e de
passageiros.
Outra
questão por esclarecer diz respeito ao trânsito de viaturas pesadas de
mercadorias na Filipa de Vilhena e a forma como as mesmas poderão aceder às
descargas para as superfícies comerciais aí existentes. Actualmente, e como a
rua apenas possuí um sentido, as viaturas estacionam junto aos supermercados e
descarregam tranquilamente. Saliento que os três supermercados aí existentes
situam-se no lado nascente da rua o que, com a abertura do segundo sentido de
circulação, e a manterem-se as condições actuais, irá causar estrangulamentos
de trânsito enormes numa das faixas de rodagem, e o mesmo se passará com os
acessos a garagens particulares e comerciais, que apenas existem do mesmo lado
nascente da rua.
Tudo
isto merece uma melhor explicação da CML, até para que não se lancem dúvidas e
boatos sobre o que realmente vai acontecer nestas artérias. E se como parece e
é dito "as pessoas irão apreciar a
melhoria do ambiente urbano e da segurança que estas obras, e as que se
seguirão, irão proporcionar", então explique-se ao pormenor tudo, mas
realmente tudo, o que têm em mente para estas artérias e mostrem de forma
aberta e transparente os projectos das obras e não apenas simples esquemas
viários, com os quais há mais de um ano, andam a enganar os moradores.
Uma
coisa parece certa: na Avenida João Crisóstomo, não se vê como é que se colocam
2 sentidos de trânsito, incluindo autocarros, se aumenta o estacionamento, se
coloca um separador central com estacionamento, se reforça a arborização e
aparentemente não se reduzem os passeios e não se abatem árvores nesta avenida.
Na Rua D. Filipa de Vilhena iremos assistir diariamente ao caos de trânsito
provocado pelos obstáculos que irão surgir nos dois sentidos de circulação
pondo em causa a segurança de pessoas e bens. Tudo isto ao mesmo tempo, não é
possível de certeza!
Quanto
à saúde dos fregueses gostaríamos de saber se a Câmara e as Juntas de Freguesia
tem noção do aumento de carga de emissões de CO2, de ruído e vibrações que estas
alterações de trânsito vão trazer junto dos moradores? Numa altura em que se
fala cada vez mais na desertificação dos grandes centros urbanos, uma alteração
deste calibre numa zona que é considerada residencial por excelência vai com
certeza provocar uma drástica diminuição da qualidade de vida dos residentes
nas artérias que estão a ser redesenhadas e, por conseguinte, poderá levar a
uma diminuição dos residentes nessas mesmas artérias.
Os
moradores, mas também os comerciantes e todos aqueles que trabalham nestas artérias,
estão naturalmente preocupados com a sua segurança e com a sua saúde e aproveitando
as Assembleias de Freguesia de São João de Deus e de Nossa Senhora de Fátima,
que se realizam esta quinta-feira dia 29 de Setembro, pedem aos Autarcas dessas
Freguesias (Juntas e Assembleias de Freguesias), para os ouvirem e representa-los
junto da CML nestas suas preocupações.
Todos
aqueles que se identificam com estas preocupações, podem e devem participar nas
referidas Assembleias de Freguesia, que nos termos da Lei são públicas,
intervindo e manifestando a sua revolta.
EPAL-O crime da privatização da água ,porque isto nos diz respeito a todos.
"Lucro da EPAL aumentou 32%
O lucro da Empresa Portuguesa das Águas Livres aumentou 32% entre janeiro e agosto de 2011 face ao período homólogo, para €27,5 milhões."
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/lucro-da-epal-aumentou-32=f675710#ixzz1ZBG2hfhS
Expresso
Na TSF
"Governo admite aumento do preço da água" e claro a sua privatização.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2022167&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook
O lucro da Empresa Portuguesa das Águas Livres aumentou 32% entre janeiro e agosto de 2011 face ao período homólogo, para €27,5 milhões."
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/lucro-da-epal-aumentou-32=f675710#ixzz1ZBG2hfhS
Expresso
Na TSF
"Governo admite aumento do preço da água" e claro a sua privatização.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2022167&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook
Autarquia disposta a pagar dívida à Voz do Operário
In Público (27/9/2011)
Por Marisa Soares
«A Câmara de Lisboa discute amanhã a proposta de transferência de 124,2 mil euros para a Voz do Operário, valor que corresponde ao que a instituição gastou por ter recebido nas suas instalações os alunos da Escola Marqueses de Távora no ano lectivo passado.
A proposta que vai ser analisada e votada em reunião de câmara é do vereador da Educação, Manuel Brito, que pretende assim liquidar a factura apresentada pela sociedade pelo uso das suas instalações na Graça e também pela alimentação fornecida aos cerca de 80 alunos, no valor de 74 mil euros.
No documento, citado pela Lusa, Manuel Brito afirma que "devido à manifesta falta de condições do edifício" da Marqueses de Távora, "houve a necessidade de transferir a escola para outras instalações" e que a Voz do Operário tinha as características "necessárias ao normal funcionamento da escola". Porém, não chegou a ser assinado qualquer documento que comprove o acordo da câmara com aquela sociedade, o que mereceu críticas do vereador do PCP, Ruben de Carvalho, na reunião do executivo da semana passada.
Este ano, não houve acordo quanto aos valores para o ano lectivo que agora começa e o próximo, o que levou a autarquia a transferir os alunos para monoblocos instalados no quartel do Regimento de Sapadores de Lisboa. A Voz do Operário reclama ainda à câmara o pagamento de 142 mil euros pela gestão de uma creche e jardim-de-infância no Restelo. Na semana passada, a autarquia garantiu que ia transferir 40% desse valor, mas "o dinheiro ainda não entrou" nas contas da sociedade, segundo o seu responsável pela área das finanças. »
...
Paga e muito bem, que as dívidas são para ser pagas.
Por Marisa Soares
«A Câmara de Lisboa discute amanhã a proposta de transferência de 124,2 mil euros para a Voz do Operário, valor que corresponde ao que a instituição gastou por ter recebido nas suas instalações os alunos da Escola Marqueses de Távora no ano lectivo passado.
A proposta que vai ser analisada e votada em reunião de câmara é do vereador da Educação, Manuel Brito, que pretende assim liquidar a factura apresentada pela sociedade pelo uso das suas instalações na Graça e também pela alimentação fornecida aos cerca de 80 alunos, no valor de 74 mil euros.
No documento, citado pela Lusa, Manuel Brito afirma que "devido à manifesta falta de condições do edifício" da Marqueses de Távora, "houve a necessidade de transferir a escola para outras instalações" e que a Voz do Operário tinha as características "necessárias ao normal funcionamento da escola". Porém, não chegou a ser assinado qualquer documento que comprove o acordo da câmara com aquela sociedade, o que mereceu críticas do vereador do PCP, Ruben de Carvalho, na reunião do executivo da semana passada.
Este ano, não houve acordo quanto aos valores para o ano lectivo que agora começa e o próximo, o que levou a autarquia a transferir os alunos para monoblocos instalados no quartel do Regimento de Sapadores de Lisboa. A Voz do Operário reclama ainda à câmara o pagamento de 142 mil euros pela gestão de uma creche e jardim-de-infância no Restelo. Na semana passada, a autarquia garantiu que ia transferir 40% desse valor, mas "o dinheiro ainda não entrou" nas contas da sociedade, segundo o seu responsável pela área das finanças. »
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Paga e muito bem, que as dívidas são para ser pagas.
PS da Grande Lisboa propõe municipalização dos transportes públicos
In Público (27/9/2011)
Por Ana Henriques
«A proposta prevê que a Carris, o Metro e as linhas da CP de Cascais, Sintra e Azambuja sejam concentradas num único operador (Sara Matos)
A Federação da Área Urbana de Lisboa do Partido Socialista (FAUL) quer que passem a ser os municípios a gerir os transportes públicos. E apresentou esta manhã, em conferência de imprensa, um modelo de financiamento alternativo que tem como objectivo “repor os preços dos bilhetes e dos passes sociais aos níveis do início do ano”, antes dos aumentos de Agosto.
A proposta, que abrange apenas os concelhos da área metropolitana a Norte do Tejo, prevê que a Carris, o Metropolitano de Lisboa e as linhas da CP de Cascais, Sintra e Azambuja sejam concentradas num único operador, ao qual se deverão juntar as empresas municipais de estacionamento.
“A titularidade desta nova empresa deverá passar para a autoridade metropolitana de transportes”, entidade que passaria a ser governada pelos municípios, esclareceu o presidente da FAUL, Marcos Perestrello.
Seriam igualmente as autarquias a financiar o sistema. Como? Através das receitas do Imposto Único de Circulação. “Paralelamente, devem ser afectados ao financiamento do sistema de transportes dois cêntimos por litro de combustível rodoviário vendido em Portugal”, referiu o mesmo responsável, que indicou ainda a utilização, para o mesmo fim, de parte das receitas das portagens cobradas na área metropolitana.
Como apresentaram resultados positivos em 2010, as empresas municipais de estacionamento “contribuiriam para o equilíbrio financeiro do sistema”. Na conferência de imprensa esteve presente o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa. “Sempre defendemos a municipalização do sistema de transportes”, disse o autarca.
Os socialistas, que governam a maioria dos municípios da área metropolitana, alegam ainda que esta solução tem ganhos de eficiência a nível de horários e articulação dos diferentes meios de transporte.»
...
Engenhoso, sim senhor, mostra que andam há muito tempo a reflectir sobre o assunto... Por mim, podem ser todos privados, desde que funcionem com comodidade, a horas, vão aos sítios que devem ir e não roubem o utente.
Por Ana Henriques
«A proposta prevê que a Carris, o Metro e as linhas da CP de Cascais, Sintra e Azambuja sejam concentradas num único operador (Sara Matos)
A Federação da Área Urbana de Lisboa do Partido Socialista (FAUL) quer que passem a ser os municípios a gerir os transportes públicos. E apresentou esta manhã, em conferência de imprensa, um modelo de financiamento alternativo que tem como objectivo “repor os preços dos bilhetes e dos passes sociais aos níveis do início do ano”, antes dos aumentos de Agosto.
A proposta, que abrange apenas os concelhos da área metropolitana a Norte do Tejo, prevê que a Carris, o Metropolitano de Lisboa e as linhas da CP de Cascais, Sintra e Azambuja sejam concentradas num único operador, ao qual se deverão juntar as empresas municipais de estacionamento.
“A titularidade desta nova empresa deverá passar para a autoridade metropolitana de transportes”, entidade que passaria a ser governada pelos municípios, esclareceu o presidente da FAUL, Marcos Perestrello.
Seriam igualmente as autarquias a financiar o sistema. Como? Através das receitas do Imposto Único de Circulação. “Paralelamente, devem ser afectados ao financiamento do sistema de transportes dois cêntimos por litro de combustível rodoviário vendido em Portugal”, referiu o mesmo responsável, que indicou ainda a utilização, para o mesmo fim, de parte das receitas das portagens cobradas na área metropolitana.
Como apresentaram resultados positivos em 2010, as empresas municipais de estacionamento “contribuiriam para o equilíbrio financeiro do sistema”. Na conferência de imprensa esteve presente o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa. “Sempre defendemos a municipalização do sistema de transportes”, disse o autarca.
Os socialistas, que governam a maioria dos municípios da área metropolitana, alegam ainda que esta solução tem ganhos de eficiência a nível de horários e articulação dos diferentes meios de transporte.»
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Engenhoso, sim senhor, mostra que andam há muito tempo a reflectir sobre o assunto... Por mim, podem ser todos privados, desde que funcionem com comodidade, a horas, vão aos sítios que devem ir e não roubem o utente.
Relatório anual da Comissão de Boas Práticas está online mas a Câmara de Lisboa não sabe
Relatório anual da Comissão de Boas Práticas está online mas a Câmara de Lisboa não sabe
Por José António Cerejo in Publico
Texto está desde ontem à tarde no site da CML. Mas o gabinete do presidente diz que só será público depois de entregue ao executivo
O relatório anual da Comissão de Boas Práticas da Câmara Municipal de Lisboa (CML), que por regra deve ser divulgado em Fevereiro, ficou ontem disponível na página da comissão - que faz parte do site do município. Ao fim do dia, porém, o gabinete do presidente da câmara, António Costa, informou o PÚBLICO por email de que o mesmo relatório será distribuído aos vereadores "no decurso desta semana e só depois facultado a entidades terceiras".
De acordo com a informação subscrita pela assessora de imprensa do autarca, Luísa Botinas, "atenta a respectiva dimensão, [o relatório] estará apenas disponível para consulta e cópia no local". O documento referente ao ano de 2010 - o primeiro de funcionamento efectivo do órgão independente presidido por Luís Barbosa - tem apenas 21 páginas e foi disponibilizado ontem à tarde na página da comissão sem quaisquer anexos, três semanas depois de ter sido pedido pelo PÚBLICO. Os vereadores da oposição Ruben de Carvalho (CDU), António Carlos Monteiro (CDS-PP) e Victor Gonçalves (PSD)disseram ao PÚBLICO que desconhecem o relatório e que ele nunca foi referido nas reuniões do executivo.
Nos termos do regulamento da comissão, criada em 2008 para "monitorizar as áreas sensíveis em matéria de risco de corrupção", o seu relatório anual deve ser enviado à assembleia municipal, publicado no Boletim Municipal e divulgado no site da câmara. Para lá da descrição das iniciativas tomadas e queixas recebidas deve dar conta, diz o regulamento municipal, dos "resultados obtidos" com o trabalho da comissão.
O texto, que a câmara diz ter sido recebido "no mês de Agosto", fica-se, porém, pelas iniciativa e queixas, nada dizendo sobre os resultados obtidos, nem sobre o eco encontrado junto do executivo pelas cinco recomendações, uma sugestão, um memorando e quatro relatórios apresentados a António Costa. Nada diz também sobre o destino do Código de Ética entregue ao presidente da câmara, mas que o PÚBLICO já noticiou em Maio não ter suscitado qualquer reacção, nem ter sido objecto de discussão pública e divulgação como manda o regulamento.
Para lá da síntese das iniciativas tomadas, o relatório refere, em matéria de urbanismo, que os processos de licenciamento demoram, em média, nove meses a ser decididos, defendendo que esse prazo deve ser reduzido para dois ou três. O caso do urbanismo comercial (licenciamento de estabelecimentos comerciais) constitui a situação mais grave, cabendo-lhe metade dos 3402 processos pendentes no fim de 2010. "A "dissolução" do urbanismo comercial na gestão urbanística corrente da CML não terá sido, porventura, a fórmula mais eficaz", realça o documento.
Nas suas curtas considerações finais, a comissão, que além de Luis Barbosa é constituída por António Nadais e Margarida de Sousa Lobo, questiona o modo como o espaço é gerido no município, partindo da sua própria experiência que a levou a esperar sete meses pela atribuição de instalações. "Algum serviço deverá assumir a responsabilidade de o gerir", conclui.
Notada é também "a tentação de recorrer a entidades externas para realizar certos trabalhos e estudos", que "deve ter em conta os técnicos e quadro de que a CML dispõe, utilizando-os adequadamente". Por fim, frisa o relatório, "urge resolver os problemas de fiabilidade com que se defronta a recolha, o tratamento e a disponibilização da informação camarária em matéria de urbanismo".
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Ouve-se dizer contínuamente no meio jornalistico que a actuação da C.M.L. no que respeita a Assessoria de Imprensa tem sido um desastre … silêncio ensurdecedor sobre todas as questões …. “trapalhadas”quando se dignam a responder … a última coisa que qualquer Instituição precisa é de uma imagem de Autismo Arrogante … ou de uma má relação com a Comunicação Social …
"O caso do urbanismo comercial (licenciamento de estabelecimentos comerciais) constitui a situação mais grave, cabendo-lhe metade dos 3402 processos pendentes no fim de 2010. "A "dissolução" do urbanismo comercial na gestão urbanística corrente da CML não terá sido, porventura, a fórmula mais eficaz", realça o documento."
Mas ... O Departamento de Urbanismo Comercial existe ?
Será que todos os estabelecimentos de venda de Bugigangas e artigos Pseudo Turísticos, que nascem como cogumelos e tomaram conta de toda a Baixa estão licenciados e são fiscalizados ?
PS. A imagem não faz parte do artigo do Público, é da minha responsabilidade e é interpretativa da Situação referida sobre o Urbanismo Comercial no artigo aqui transcrito.
António Sérgio Rosa de Carvalho.
26/09/2011
Era uma vez o edifício da Escola de Medicina Veterinária
PARA QUE OS LISBOETAS NÃO ESQUEÇAM O IGNÓBIL CRIME PRATICADO SOBRE O PATRIMÓNIO DA SUA CIDADE NO ANO DE 2011
Pinto Soares
Anexo: Recomendação AML
Ainda a Blue Station
In Expresso / Única
Por Luís Pedro Nunes
«Taquicardia na Blue Station
Visita à estação de metro. O horror. Onde estão as goteiras e os graffitis?
Preparei-me para o pior. Desci a passo largo a rua Garrett determinado a não me deixar tentar por nenhuma esplanada, nenhuma montra com promoções a 70%, nenhuma estrangeira loira mais sorridente. Sorridente? Isso já nem há!
Não faço ideia o que andam a dizer aos turistas nos hotéis ou nos guias para andarem tão assustadiços. Esta minha convicção no caminhar, aliada ao meu bronzeado baço a surgir no meio do lixo que se acumula nas ruas e o vento ergue em remoinhos, provocava verdadeiro pânico aos estrangeiros. Sim, era vê-los recuar e esconder as suas máquinas fotográficas ao vislumbrar-me deslargado ladeira abaixo como se fosse o rei dos dealers de haxe feito de knorr. Mas nada, nada me iria desviar da minha missão: ver o horror que a PT teria feito na estação de metro Baixa-Chiado e que tanta irritação estava a provocar em bloguers, movimentos de cidadania e demais indignados por atacado.
Talvez não devesse sofrer tal choque de pança vazia... Talvez fosse acometido de hipoglicémia fatal, tal a malandragem que terão feito os senhores da PT. Seja.
O melhor é alimentar o corpo antes de vergastar o espírito. Virei para o centenário João do Grão —já enaltecido pelo Eça — ali à rua dos Correeiros, em busca do fiel amigo cozido e empratado com ovinho luzidio por cima. E foi obra desencantar a casa. Pois é tanto o restaurante de fast food manhoso, tanto o chico-esperto a 'fazer ementa', a tentar sentar turista à má-fila que sinceramente me apeteceu criar ali mesmo um movimento de cidadania antitasco asqueroso para estrangeiro. Mas estava a divagar. Não... come o teu bacalhauzinho, come menino, e ruma para o metro — esquece lá este indescritível chavascal que é o Rossio e a Praça da Figueira. De hálito com travo a cebola e alho — estava preparado para o embate com a horrífica Blue Station.
É preciso que se saiba que este vosso olheiro de 'porno urbanidades' é utilizador da estação de metro Baixa-Chiado. Que semanalmente a utiliza. Estava portanto em condições de fazer um antes e um depois e tal, como aqueles programas de TV de mudança radical.
E o que eu vi... ai o que eu vi... Então não é que acabaram com as goteiras de musgo?! Então não é que limparam os graffitis?!! Então não é que as escadas rolantes estão todas a funcionar? Mas como é que se atrevem a alterar o património genético desta estação de metro? Fiquei em hiperventilação. Eu e os milhares de pessoas que estavam a passar por ali. Não era por acaso que iam apressadas, a querer zarpar dali rapidamente. Para mais, a estação do metro está agora bem iluminada e há de facto umas zonas com luzes azuis e até wi-fi e o diabo a sete. Senti um formigueiro no braço e uma taquicardia estranha. Em duas ou três paredes são projetadas notícias e aí até se encontra o logo da empresa. Um desplante: publicidade à PT numa parede do metro. No estômago, o bacalhau passou a codfish.
Que ultraje! E sim, claro, a questão da Blue Station. Bem podiam ter chamado à estação Baixa-Chiado Estação Azul-Bava porque assim o pessoal diria: "Encontramo-nos à saída da Azul-Bava" em vez de dizerem Chiado.
Os senhores da PT dizem que vão fazer iniciativas culturais durante o tempo que usurparem a estação. Não queremos saber. Fiquem lá com o vosso dinheiro. Queremos as goteiras de volta. Deixem o espaço público em paz. Gastem-no em billboards, Rui Pedro Soares, painéis ou mupis nas paragens de autocarro. I don't care.
Ultraje — Desde movimentos de cidadania até à assembleia municipal de Lisboa, várias foram as entidades que se manifestaram contra. Mas é de assinalar que não é de pôr de lado que uma 'maioria silenciosa' utilizadora do metro terá apreciado os melhoramentos efetivos sentidos na estacão. »
...
O humor sibilino de LPNunes ...
Por Luís Pedro Nunes
«Taquicardia na Blue Station
Visita à estação de metro. O horror. Onde estão as goteiras e os graffitis?
Preparei-me para o pior. Desci a passo largo a rua Garrett determinado a não me deixar tentar por nenhuma esplanada, nenhuma montra com promoções a 70%, nenhuma estrangeira loira mais sorridente. Sorridente? Isso já nem há!
Não faço ideia o que andam a dizer aos turistas nos hotéis ou nos guias para andarem tão assustadiços. Esta minha convicção no caminhar, aliada ao meu bronzeado baço a surgir no meio do lixo que se acumula nas ruas e o vento ergue em remoinhos, provocava verdadeiro pânico aos estrangeiros. Sim, era vê-los recuar e esconder as suas máquinas fotográficas ao vislumbrar-me deslargado ladeira abaixo como se fosse o rei dos dealers de haxe feito de knorr. Mas nada, nada me iria desviar da minha missão: ver o horror que a PT teria feito na estação de metro Baixa-Chiado e que tanta irritação estava a provocar em bloguers, movimentos de cidadania e demais indignados por atacado.
Talvez não devesse sofrer tal choque de pança vazia... Talvez fosse acometido de hipoglicémia fatal, tal a malandragem que terão feito os senhores da PT. Seja.
O melhor é alimentar o corpo antes de vergastar o espírito. Virei para o centenário João do Grão —já enaltecido pelo Eça — ali à rua dos Correeiros, em busca do fiel amigo cozido e empratado com ovinho luzidio por cima. E foi obra desencantar a casa. Pois é tanto o restaurante de fast food manhoso, tanto o chico-esperto a 'fazer ementa', a tentar sentar turista à má-fila que sinceramente me apeteceu criar ali mesmo um movimento de cidadania antitasco asqueroso para estrangeiro. Mas estava a divagar. Não... come o teu bacalhauzinho, come menino, e ruma para o metro — esquece lá este indescritível chavascal que é o Rossio e a Praça da Figueira. De hálito com travo a cebola e alho — estava preparado para o embate com a horrífica Blue Station.
É preciso que se saiba que este vosso olheiro de 'porno urbanidades' é utilizador da estação de metro Baixa-Chiado. Que semanalmente a utiliza. Estava portanto em condições de fazer um antes e um depois e tal, como aqueles programas de TV de mudança radical.
E o que eu vi... ai o que eu vi... Então não é que acabaram com as goteiras de musgo?! Então não é que limparam os graffitis?!! Então não é que as escadas rolantes estão todas a funcionar? Mas como é que se atrevem a alterar o património genético desta estação de metro? Fiquei em hiperventilação. Eu e os milhares de pessoas que estavam a passar por ali. Não era por acaso que iam apressadas, a querer zarpar dali rapidamente. Para mais, a estação do metro está agora bem iluminada e há de facto umas zonas com luzes azuis e até wi-fi e o diabo a sete. Senti um formigueiro no braço e uma taquicardia estranha. Em duas ou três paredes são projetadas notícias e aí até se encontra o logo da empresa. Um desplante: publicidade à PT numa parede do metro. No estômago, o bacalhau passou a codfish.
Que ultraje! E sim, claro, a questão da Blue Station. Bem podiam ter chamado à estação Baixa-Chiado Estação Azul-Bava porque assim o pessoal diria: "Encontramo-nos à saída da Azul-Bava" em vez de dizerem Chiado.
Os senhores da PT dizem que vão fazer iniciativas culturais durante o tempo que usurparem a estação. Não queremos saber. Fiquem lá com o vosso dinheiro. Queremos as goteiras de volta. Deixem o espaço público em paz. Gastem-no em billboards, Rui Pedro Soares, painéis ou mupis nas paragens de autocarro. I don't care.
Ultraje — Desde movimentos de cidadania até à assembleia municipal de Lisboa, várias foram as entidades que se manifestaram contra. Mas é de assinalar que não é de pôr de lado que uma 'maioria silenciosa' utilizadora do metro terá apreciado os melhoramentos efetivos sentidos na estacão. »
...
O humor sibilino de LPNunes ...
Mais classificações, vão elas ainda a tempo...
http://dre.pt/pdf2sdip/2011/09/180000000/3750237503.pdf
Anúncio n.º 13020/2011. D.R. n.º 180, Série II de 2011-09-19
Presidência do Conselho de Ministros - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, I. P.
Projecto de decisão relativo à classificação como Monumentos de Interesse Público (MIP) do antigo Liceu Pedro Nunes e dos edifícios do Museu e Jardim-Escola João de Deus, freguesia de Santa Isabel, concelho de Lisboa, distrito de Lisboa, e à fixação da respectiva zona especial de protecção (ZEP) conjunta
Anúncio n.º 13021/2011. D.R. n.º 180, Série II de 2011-09-19
Presidência do Conselho de Ministros - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, I. P.
Abertura do procedimento de classificação da igreja do antigo Convento de Arroios, na Rua Quirino da Fonseca, em Lisboa, freguesia de São Jorge de Arroios, concelho e distrito de Lisboa
Anúncio n.º 13020/2011. D.R. n.º 180, Série II de 2011-09-19
Presidência do Conselho de Ministros - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, I. P.
Projecto de decisão relativo à classificação como Monumentos de Interesse Público (MIP) do antigo Liceu Pedro Nunes e dos edifícios do Museu e Jardim-Escola João de Deus, freguesia de Santa Isabel, concelho de Lisboa, distrito de Lisboa, e à fixação da respectiva zona especial de protecção (ZEP) conjunta
Anúncio n.º 13021/2011. D.R. n.º 180, Série II de 2011-09-19
Presidência do Conselho de Ministros - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, I. P.
Abertura do procedimento de classificação da igreja do antigo Convento de Arroios, na Rua Quirino da Fonseca, em Lisboa, freguesia de São Jorge de Arroios, concelho e distrito de Lisboa
Avenida da Liberdade
Chegado por e-mail:
«Algo correu mal com as medidas de Feng Shui aplicadas na Avenida da Liberdade....
(fotografias tiradas a 22 de Setembro de 2011)
Afonso Cortez-Pinto»
25/09/2011
Descemos às galerias romanas da Baixa lisboeta
In FugasViagens Público 23-9-2011
Uma vez por ano, é certa a romaria de milhares de pessoas ao submundo
da Lisboa romana, em plena Baixa. As Galerias Romanas da Rua da Prata abrem a
visitas gratuitas de 23 a 25 de Setembro, integradas nas Jornadas Europeias do
Património. E nós já fomos espiá-las. Uma visita às entranhas da cidade para
revisitar dois milénios de história.
Uma vez por ano, é certa a romaria de milhares de pessoas ao submundo
da Lisboa romana, em plena Baixa. As Galerias Romanas da Rua da Prata abrem a
visitas gratuitas de 23 a 25 de Setembro, integradas nas Jornadas Europeias do
Património. Antecipámo-nos e já fomos espiá-las. Uma visita às entranhas da
cidade para revisitar dois milénios de história.
Subitamente, um alçapão no meio da rua da Conceição em pleno bulício da
Baixa, entre eléctricos e automóveis. Descem-se meia dúzia de degraus ínfimos,
desaparece-se da face da terra, encolhe-se o corpo e Lisboa parece desaparecer
- mas não, é apenas mais uma das camadas da cidade, aqui em versão Olisipo, a
denominação romana da capital lusa.
Meia dúzia de degraus são o suficiente para darmos por nós a viajar
dois milénios durante um pequeno passeio por uma parte destas escuras e
tropicalmente húmidas galerias do tempo do imperador Augusto (séc. I d.C.),
que, por mais estudadas, parecem eternizar-se numa aura de mistério e exercerem
um fascínio contínuo sobre os milhares de visitantes que fazem fila durante os
únicos três dias por ano em que abrem ao público - de 23 a 25 de Setembro,
integradas nas Jornadas Europeias do Património.
"Cuidado com a cabeça", vai avisando o nosso guia, o
arqueólogo António Marques, do Museu da Cidade. E cuidado com os pés e onde se
encosta, avisamos nós: as galerias, do tempo do imperador Augusto, permanecem
inundadas ao longo de todo o ano e só quando se aproxima a época das visitas é
que chega o corpo dos bombeiros para drená-las, operação que antes demorava
dias e actualmente é despachada numa noite.
Nós passeámos ainda com a equipa de técnicos a ultimar os preparativos
para receber os visitantes, incluindo cuidados com a rede eléctrica, que este
ano, informa Marques, precisou de mais trabalhos que noutros períodos,
incluindo substituição de tubagens, mas os visitantes, por estes dias - em
grupos de 20 e em visitas em redor dos 20 minutos - já deverão ter tudo pronto à sua espera.
As galerias permaneceram séculos escondidas da História até que o
terramoto de 1755, ao mesmo tempo que destruía sem compaixão boa parte de
Lisboa, as revelou, vai contando o nosso guia. A descoberta data de 1771. Desde
essa altura, foram alvo das mais diversas teorias, incluindo julgarem-se
termas, fórum municipal ou possuírem "águas milagrosas" para curar
certas maleitas. Hoje, dá-se por quase certo que são criptopórticos,
construções em abóboda que os romanos usavam em terras instáveis para servirem
de plataforma de suporte a outras edificações, e que terão estado também
ligadas a actividades portuárias e comerciais.
Entre tanto trabalho pós-terramoto, pouca importância se deu à
preservação desta parte importante da história alfacinha e lusa: apenas foi
salvo um pedestal romano onde uma inscrição em latim assinala Esculápio, o deus
da Medicina. Já as estruturas romanas foram adaptadas para alicerçar a
construção pombalina superior. As visitas regulares, a estras outrora
conhecidas como Conservas de Água da Rua da Prata, começaram já década de 80 do
século passado, sendo agora habitual a sua abertura integrada na semana das anuais
Jornadas do Património - a não ser que as águas subam tanto que impeçam a
visita, o que já sucedeu. Como não há lugar a reservas, o cenário repete-se
todo o ano: muita gente à espera em fila pela vizinha rua dos Correeiros acima.
Durante a visita, a uma parte das galerias - já que existe outra parte
conhecida mas cortada a visitas por uma parede do caneiro da rua da Prata -
vamo-nos desviando de poças e paredes húmidas e seguindo os passos e
ensinamentos do nosso guia. Quem espera do passeio toda uma revelação
monumental, poderá ficar seriamente desiludido. Trata-se mais de uma lição de
história in loco. Com a particularidade de ser dada entre paredes milenares e
podermos cheirar as entranhas da Baixa enquanto sentimos e ouvimos vinda de
cima a sua vida, particularmente a cadência do icónico eléctrico 28 que cruza o
sistema vital do centro histórico alfacinha.
O passeio faz-se na semipenumbra, com focos teatrais, pela rede de
galerias perpendiculares. Vão-se espiando pequenas celas escuras, que deverão
ter servido de áreas de armazenamento, núcleos de água, arcos em cantaria, até
ao clímax aquático: a Galerias das Nascentes, que é também chamada de
"Olhos de Água". Uma galeria com uma fractura contínua de onde brota
incessantemente toda a água que invade o espaço. E daqui nascia um poço, o
"poço das águas santas", o tal de onde, ainda no século XIX, a
população ia encher bilhas de "águas milagrosas". E de onde vêm estas
águas? "Dos níveis freáticos que correm por baixo da cidade", explica
o arqueólogo, "das ribeiras da Almirante Reis e Avenida da Liberdade que
antigamente corriam a céu aberto".
Além da lição de história, do feito por fim conseguido de penetrar nas
galerias e dos pés e roupa mais ou menos húmidos conforme a sorte ou a falta de
jeito, há que ter em conta também a experiência, seguramente inesquecível para
quem não tem nada a ver com trabalhos subterrâneos por Lisboa, de descer e
subir das profundezas no meio de uma rua da Baixa com, no nosso caso, o 28 a
vibrar ao lado da cabeça.
Para complementar a visita, sugere-se um salto ao vizinho Núcleo
Arqueológico da Rua dos Correeiros, em edifício do banco Millenium BCP - Rua
dos Correeiros, nº 9. Dias 23 e 24 de Setembro está aberto até às 22h (desde as
10h); dia 25 das 10h às 12h e das 14h às 18h. O núcleo integra estruturas
arqueológicas da cidade, descobertas durante escavações.
23/09/2011
Cais do Sodré ... Largo de S.Paulo ... Razões para Festejar ? por António Sérgio Rosa de Carvalho.
António Costa, como político profissional viu na candidatura à Presidência da C.M.L. uma plataforma lógica e fértil para os seus voos políticos futuros …
Sem talento natural e “feeling”para os gigantescos desafios que Lisboa apresenta … Sem uma visão estratégica para a cidade … como “animal” político que é, viu a oportunidade de preenchimento destes vazios em duas figuras, cada uma delas, já detentora do seu programa individual de ambição de poder … Sá Fernandes, ex- figura “irreverente” e “inconformista”, agora já domesticada e integrada no “Sistema”, que lhe oferecia o prestígio da “Independência”, a frescura da “Autenticidade” e as mais valias políticas da “Actualidade”através da sua anterior, “genuína Cidadania”…
Manuel Salgado, Arquitecto , Teórico e Urbanista, efectivo e conhecedor, com capacidade de trabalho e capaz de desenvolver possíveis visões estratégicas para a Cidade …
O "problema" Roseta foi também resolvido através da sua secundarização e neutralização, tendo-lhe sido oferecida a gloriosa área da Acção e Habitação Social, prémio de consolação onde poderá andar entretida, em Heroísmos só comparáveis aos de Manuel Alegre …
Há uns tempos um dos visitantes e intervenientes do Fórum Cidadania LX no facebook, descrevia que - perante o Grave, Desesperante e Angustiante estado de Decadência e Destruição Sistemática do Património Histórico da Cidade de Lisboa – agravado pela incompetência de António Costa e pelos muito competentes e maquiavélicos personal master plans de Salgado e Sá Fernandes … os relatórios, denúncias e ilustrações continuamente desenvolvidas pelo Cidadania LX … se tinham tranformado por impotência, numa espécie de Agência Funerária onde este processo imparável era descrito como se tratasse de uma Necrologia contínua …
Quando António Costa tomou a decisão de deslocar a sede da C.M.L. para o Intendente … esta revelou definitivamente a sua incapacidade de servir a cidade … e até … a sua própria estratégia pessoal de resultados e sucessos com mais valias políticas.
Toda a sua atenção deveria ter sido dirigida à Zona que é caracterizada por todos os elementos que ele procurava … e que estava tão perto … mesmo à esquina … junto às suas maiores dores de cabeça – A Baixa, o Terreiro do Paço, a Ribeira das Naus , a “débacle” da Frente Tejo …
Trata-se do Arquétipicamente... Modelo e Paradigma da Reconstrução Pombalina … o Largo de S. Paulo, com as suas características únicas de Valor Patrimonial e o seu Potencial de Vivência … e tão perto do rio e do magnifico Mercado da Ribeira … os “Halles”de Lisboa …
Imaginem o Largo de S.Paulo completamente restaurado na sua singela glória Pombalina de “ bairro quase aldeia” , com a sua escala perfeita de conjunto urbano composto por habitação, comércio de qualidade, esplanadas , Igreja , Chafariz, pavimento … enfim etc., Imaginem o efeito pedagógico , emanante, estimulante , inspirador , contagiante …. o Efeito inspirador que esta intervenção- Modelo poderia ter para a sua envolvente, para a Baixa … e para o sucesso das ambições de António Costa …
Pois é … mas Manuel Salgado não gosta de Património nem do seu Restauro …
Do alto da sua Torre de Marfim, ele dedica-se a controlar exclusivamente através dos seus Planos, o Futuro... de outra maneira … Implicito, Sereno, sem cair na tentação de responder, ou dar satisfações a ninguém, ele vai estendendo o seu manto e tecendo a sua teia de Grande Mago e Feiticeiro … tal como Saruman no Senhor dos Anéis …
De resto … as imagens falam por si ….
António Sérgio Rosa de Carvalho.
Rua Nova do Carvalho
Rua do Arsenal
Largo de S. Paulo