Príncipe (ir)real

Príncipe (ir)real - Por Luisa Schimdt, Expresso de 27 Junho 2014

"Há cerca de 12 anos uma intenção rasteira de construir um parque subterrâneo em redor do Jardim do Príncipe Real, levou a um chumbo rotundo e muito justificado por parte de todas as entidades com jurisdição na zona."

Petição insiste na classificação do Hospital Miguel Bombarda

Técnicos emitiram parecer favorável ao pedido de classificação entregue há 15 meses, mas o processo está bloqueado.

Por José António Cerejo, Público de 27 Junho 2014 | Foto de Nuno Ferreira Santos



Um apelo, em forma de petição assinada por 850 pessoas, grande parte delas médicos e outros profissionais de saúde, foi entregue nesta quinta-feira ao secretário Estado da Cultura para que aprove com urgência a classificação, como conjunto de interesse público, de vários edifícios do antigo Hospital Miguel Bombarda, em Lisboa.
O texto da petição salienta que o pedido de classificação foi subscrito em Março de 2013 pelas sociedades portuguesas de Psiquiatria, de Neurologia, de Arte Terapia e de Arte Outsider, pela Congregação de S. Vicente de Paulo e por outras entidades e historiadores de arte e que até agora nenhuma resposta escrita foi dada aos subscritores.
Neste período, salienta o documento, os edifícios do hospital, que são propriedade da Estamo, imobiliária de capitais públicos, continuaram a degradar-se “por ausência de qualquer manutenção no telhado”. A empresa pretende construir um empreendimento habitacional nos terrenos do estabelecimento hospitalar que fechou em 2011, preservando apenas parte dos edifícios. A Câmara de Lisboa, contudo, decidiu recentemente suspender a apreciação do pedido de loteamento apresentado pela Estamo, devido ao facto de este não respeitar todas as normas legais e regulamentares em vigor.
O pedido de classificação abrange vários edifícios existentes no recinto do hospital, entre os quais o da Congregação da Missão de S. Vicente de Paulo (séc. XVI), o das chamadas “enfermarias em poste telefónico” (1896), o “telheiro para passeio dos doentes” (1894) e o poço e tanque da Quinta de Rilhafoles (séc. XVI). Estes imóveis situam-se na zona especial de protecção do Balneário e do Pavilhão de Segurança do hospital – os quais foram classificados em 2010 –, mas não dispõem de protecção própria.
Na sequência do pedido de classificação entregue há 15 meses, os serviços da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) emitiram um parecer favorável, mas o processo encontra-se actualmente num impasse, depois de o Conselho Nacional de Cultura ter proposto, em Novembro, a classificação de apenas um dos edifícios em causa, sem ter em conta o parecer da DGPC. 
De acordo com o presidente da Sociedade Portuguesa de Arte Outsider, Vítor Freire, o parecer da DGPC não só é favorável ao pedido de classificação, como vai mais longe, defendendo a classificação de todos os espaços construídos do hospital e da própria cerca da quinta em que este se integra. O impasse actual parece resultar do facto de terem sido levantados problemas de natureza jurídica à proposta do Conselho Nacional de Cultura.
A petição, cuja primeira parte foi agora entregue com assinaturas manuscritas em 59 páginas, continua aberta à subscrição dos interessados e apela ao secretário de Estado, Barreto Xavier, que “aprove com urgência” a classificação do hospital, apontado como “um património histórico e arquitectónico único na cultura portuguesa e europeia”. 


Creches que foram bandeira eleitoral de Costa em dificuldades devido a alegadas dívidas do município


A entidade que gere uma das creches denunciou o contrato, outra anunciou um aumento das mensalidades e há várias que se debatem com dificuldades financeiras.

Por Inês Boaventura, Público de 27 Junho 2014 | Foto de José Maria Ferreira

Câmara diz que os apoios cabem ao Estado mas quem gere as creches afirma que não foi essa a promessa

A construção de novas creches na cidade foi uma das grandes bandeiras de António Costa na campanha para as autárquicas de 2009, mas mais de quatro anos depois vários dos equipamentos prometidos continuam por abrir e aqueles que já estão em funcionamento enfrentam sérias dificuldades. Em causa está o não pagamento do apoio financeiro que alegadamente tinha sido prometido pela Câmara de Lisboa às instituições que os gerem, uma das quais já pediu a revogação do contrato.
O Programa de Desenvolvimento de Creches em Lisboa, a que o município chamou B.a.Bá, contempla intervenções de diferentes tipos, com o objectivo de dotar a cidade de cerca de 2500 novas vagas para crianças com idades até aos três anos. A vertente com mais visibilidade desse programa é a construção de 11 creches em estruturas modulares, com um total de 840 lugares.
Os prazos para a concretização deste último projectoforam derrapando e, segundo o vereador dos Direitos Sociais, João Afonso, apenas cinco das 11 creches previstas estão já a funcionar. Outras há que estão concluídas, mas cujas entidades a quem a gestão foi entregue, como é o caso da União das Mutualidades Portuguesas, têm protelado a sua abertura por considerarem que não está assegurado o financiamento dos equipamentos de ensino.
O caso mais complicado parece ser o da Creche Domus Principis, em Telheiras, gerida pela Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) Obra O Nazareno. Segundo os pais das crianças que frequentam esta creche e a própria autarquia, esta entidade anunciou que vai abandonar o projecto, gerando uma incerteza sobre quem irá assegurar a sua missão no próximo ano lectivo.
Cristiana Silva disse na última reunião camarária que aquilo que foi transmitido pela IPSS a quem, como ela, tem filhos nesta creche, foi que a decisão tinha sido tomada por falta de apoio financeiro do município, apoio esse que teria sido acordado verbalmente. O vereador dos Direitos Sociais desmente essa versão, dizendo que aquilo que a Obra O Nazareno alegou para a denúncia do contrato foi o facto de a gestão do estabelecimento não se enquadrar no seu âmbito de actividade.
Quanto ao futuro deste equipamento, João Afonso garantiu que ele vai manter-se em funcionamento no próximo ano lectivo. Para isso, disse o autarca, está a ser preparado um concurso público, embora a autarquia não descarte a possibilidade de confiar a gestão da creche a uma entidade a quem a IPSS em causa pretende ceder a sua posição. Na Obra O Nazareno ninguém se mostrou disponível para esclarecer esta questão.
Também na Creche Algodão Doce, em Telheiras, nem tudo corre bem. Neste caso, como conta Áurea Pedroso, mãe de um dos alunos, o presidente da Fundação António Silva Leal, que gere o espaço, comunicou aos pais que a partir de Setembro grande parte deles iria passar a pagar a mensalidade máxima prevista, no valor de 350 euros.
“O presidente da fundação comunicou que as verbas que supostamente teriam sido acordadas com a câmara não tinham sido disponibilizadas e que a creche assumiria o que tinha perdido este ano, mas para o ano todos teriam de pagar o valor máximo”, explica Áurea Pedroso. A única excepção, diz, seriam 12 crianças, a quem a Fundação António Leal Silva (que o PÚBLICO tentou, sem sucesso, contactar) continuaria a cobrar 50 euros.
“Quando colocámos os nosso filhos na creche foi-nos apresentada como IPSS e acreditámos que seria sempre assim”, diz Áurea Pedroso, lembrando que para pessoas que hoje pagam 90 ou 100 euros “é uma grande diferença” ver esse valor subir para 350 euros. Os pais da Creche Algodão Doce entregaram ao presidente da autarquia um abaixo-assinado, com 37 assinaturas, no qual pedem “esclarecimento sobre esta questão, bem como a adopção de medidas” que assegurem a sua resolução.
A resposta foi dada pelo vereador João Afonso, que por escrito informou que “qualquer violação das normas contratuais” estabelecidas nos contratos de arrendamento firmados, incluindo da cláusula que estabelece que pelo menos 25% dos alunos não deverão pagar mais de 50 euros, “configura uma situação de incumprimento contratual, podendo o município resolver o contrato com esse fundamento”.
Independentemente de isso se vir a verificar ou não, há uma dúvida que persiste e que ameaça comprometer o sucesso do Programa B.á.Bá: afinal o município comprometeu-se ou não a apoiar financeiramente as entidades gestoras das creches, até que a Segurança Social viesse a assumir esse encargo? O vereador comunista Carlos Moura e dirigentes da Santa Casa da Misericórdia de Alenquer (SCMA) e da Crevide (instituições que gerem creches na Alta de Lisboa) afirmam peremptoriamente que sim, embora assumam que isso não ficou escrito em lado nenhum.
“Existe este compromisso. Foi dito, mas não escrito, em várias reuniões e numa sessão pública da câmara por Manuel Brito [vereador da Educação no mandato anterior]”, garante Carlos Moura. “Com o novo executivo, o vereador João Afonso afirma não saber de nada”, lamenta o autarca, afirmando que “a câmara não pode lavar as mãos do assunto como Pilatos”.
O vereador comunista sublinha que esta situação está a gerar “problemas financeiros muito graves” a algumas das entidades gestoras das creches. No caso da SCMA, o seu director delegado diz estar confrontado com “dificuldades que podem pôr em causa a continuidade da gestão”.
“A câmara ainda não assumiu um cêntimo”, constata Luís Rema, explicando que está em causa um valor próximo dos 175 mil euros. “Estou convencido de que sendo a câmara uma instituição de bem, o assunto está a ser tratado e irá ser resolvido”, acrescenta.
Discurso muito semelhante tem a presidente da direcção da Crevide. “Estamos convencidos de que a câmara, como pessoa de bem que é, irá cumprir aquilo com que se comprometeu”, diz Margarida César. Até que isso aconteça, esta responsável explica que a solução tem sido “aplicar verbas de outras valências” desta associação sem fins lucrativos para financiar A Creche do Tomás.
Mas a autarquia alega, como afirmou esta quarta-feira o vereador dos Direitos Sociais, que o apoio financeiro a estas creches “é da responsabilidade do Estado”, devendo as entidades gestoras apresentar candidaturas para esse fim à Segurança Social. Ainda assim, João Afonso garantiu que “a câmara não se exime da sua responsabilidade e interesse em resolver o problema”.    
Também o programa Escola Nova, que foi lançado em 2008 e previa um investimento de 80 milhões de euros para renovar o parque escolar do município, tem sido marcado por sucessivos adiamentos dos prazosestabelecidos. Segundo o site da câmara, estão por realizar 50 intervenções. 


27/06/2014

Assembleia de Freguesia de Avenidas Novas aprova Classificação de Quarteirão na Duque de Ávila

Ontem, na Assembleia de Freguesia de Avenidas Novas, foi aprovada pela unanimidade dos partidos uma recomendação, apresentada pelo eleito do CDS-PP, que solicita à Junta de Freguesia proceda à submissão de pedido de classificação de Conjunto de Interesse Público/Municipal, da frente de quarteirão da Avenida Duque d’Ávila, que compreende os edifícios nºs 18 a 32, por via do preenchimento e da consequente subscrição do/s formulário disponibilizado para o efeito pela DGPC/CML.


26/06/2014

Obras na fachada do Museu Antoniano causam polémica na zona da Sé de Lisboa

Críticas à intervenção levaram a vereadora da Cultura da Câmara de Lisboa a promover nesta quinta-feira uma reunião com os munícipes residentes nas imediações da Igreja de Santo António.

Por José António Cerejo, Público de 26 Junho 2014



As obras em curso na fachada do Museu Antoniano, anexo à Igreja de Santo António, em Lisboa, estão a ser alvo de críticas de moradores da zona da Sé e de polémica nas redes sociais.
A intervenção é da responsabilidade da Câmara de Lisboa e integra-se num projecto de renovação e ampliação do espaço dedicado à vida e ao culto do santo, que ali terá nascido.
Grande parte da estreita fachada onde se situa a entrada do museu encontra-se neste momento coberta por uma grelha metálica perfurada, que esconde os aparelhos de ar condicionado agora instalados e que — caso seja tratada da forma que se vê nos desenhos disponíveis no site do atelier de aquitectura responsável pelo projecto — ocultará o frontão triangular existente sobre a porta.
A fotografia do local colocada na segunda-feira numa página do Fórum Cidadania no Facebook mereceu comentários que comparam a cobertura da parede a um grelha de fogão de cozinha, a uma burka, a uma grade de cervejas, ou a uma parede de escalada. Outros comentários, todavia, dão a entender que o trabalho não está concluído e que o controverso painel  poderá vir a ser, também ele, revestido por uma outra estrutura.

Também no Facebook alguns moradores residentes no Largo de Santo António à Sé, com destaque para o actor Filipe Vargas, criticaram duramente a intervenção, enquanto que outros, alguns deles arquitectos, se distanciaram do tom dessas críticas, num aceso confronto de opiniões sobre aquilo que deve ser a forma de intervir no edificado dos centros históricos.
As objecções dos vizinhos da igreja levaram já a vereadora da Cultura a promover a realização de uma reunião destinada a explicar a lógica da intervenção, a qual decorrerá no próprio museu nesta quinta-feira à tarde.
A requalificação do Museu Antoniano, que passará a chamar-se Museu de Santo António, vai permitir a criação de uma nova área museológica, a instalar na antiga Sala do Risco, num edifício contíguo. O actual museu e a antiga Sala do Risco, onde será montada uma exposição de cariz mais erudito sobre Santo António, ficarão ligados entre si.
Na sequência da polémica desencadeada e em resposta ao PÚBLICO a vereadora Catarina Vaz Pinto, titular do pelouro da Cultura na Câmara de Lisboa, garantiu nesta quarta-feira que o frontão de pedra existente sobre a porta de entrada não será tapado, uma vez que “o material proposto [para essa área da parede], com uma perfuração que garante a permeabilidade visual entre interior e exterior, permite uma visibilidade das cantarias pré-existentes”.
Uma simulação da imagem final da estreita fachada do imóvel também fornecida pela autarquia mostra que a solução adoptada se afasta significamente dos desenhos do projecto inicial. Por um lado, a porta e o frontão ficam visíveis, em vez de ficarem cobertos com a tela que reveste o resto da parede, por cima da grelha metálica. Por outro, como a vereadora sublinha, “as dimensões da estrutura que constavam do projecto de execução (...) foram alteradas — reduzidas em altura — de forma a afastar o painel da varanda do primeiro andar do edifício contíguo, salvaguardando a sua segurança”.
Esta redução — que volta a deixar à vista o gradeamento existente no topo da fachada, como se fosse uma janela aberta sobre o largo, a partir de uma pequena praça sobrelevada situada por cima do museu — não altera, contudo, a distância entre a estrutura e a varanda do edifício vizinho.
A câmara assegura também que a decisão de montar o polémico painel na fachada do museu “não foi consequência da instalação dos aparelhos de ar condicionado” por cima do frontão. “A intervenção exterior procurou responder à necessidade de criar uma maior visibilidade ao novo museu, situado num recanto pouco visível e de difícil percepção, permitindo assim uma maior superfície de comunicação e enquadramento urbano”.
Catarina Vaz Pinto refere também que a estrutura em causa consiste num “elemento único, exterior e independente do edifício existente, de carácter reversível e de construção ligeira executado com materiais resistentes às intempéries”.


A intervenção no museu, acrescenta, está a decorrer de acordo com “a filosofia da proposta seleccionada” num concurso por convites lançado pelo município em 2012. A proposta vencedora é da autoria do atelier de arquitectura Site Specific, em parceria com o P-06 Atelier, e tem a assinatura dos arquitectos Patrícia Marques e Paulo Costa. O objectivo dos projectistas, lê-se na página da internet do Site Specific, consiste em “devolver a ambos os espaços [o do actual museu e o da Sala do Risco] as suas características originais, retirando, sempre que possível e quando desnecessárias, as intervenções de que foi alvo”.
O Museu Antoniano está encerrado desde 18 de Novembro por causa das obras, estando a sua reaberura anunciada para o fim do primeiro semestre deste ano, que termina na próxima segunda-feira. A igreja de Santo António, erguida após o terramoto de 1755 no memo local onde o sismo destrui uma outra igreja com origem no século XV, foi classificada como monumento nacional em 1931. O Museu Antoniano foi inaugurado nos anos 80 do século passado e funciona num edifício adossado à igreja, que data da década de 60 também do século passado.


25/06/2014

PASSEIOS DE LISBOA: Rua Actor Vale


Imagens e denúncias chegadas por email. Obrigado. Esta passadeira fica em frente de uma escola municipal (na imagem); a CML sabe deste caso há vários anos mas nada fez até à data segundo fomos informados. 

À volta do Campo Pequeno, as hortas estão a nascer de mãos dadas com a arte

Projecto artístico de Vera Mantero e convidados abre esta quarta-feira, em Lisboa. Visa promover uma maior aproximação entre as pessoas e os produtos agrícolas.

Por Sara Ruas, Público de 25 Junho 2014 | Imagem de Sandra Ribeiro

Haverá desde performances artísticas até debates sobre agricultura

“Uma horta em cada esquina” é o objectivo do projecto artístico “Mais pra menos que pra mais” de Vera Mantero, Rui Santos e Elisabete Francisca, em colaboração com a Culturgest e o Teatro Maria Matos. Iniciado em Dezembro de 2013, na altura da celebração dos 20 anos da Culturgest, o projecto promove uma agricultura sustentável promotora da arte e da cultura em harmonia com o ritmo urbano.
O projecto envolveu a criação de quatro hortas “e meia” – quatro dos terrenos dispensados foram plantados ou tiveram algum tipo de intervenção, enquanto um outro terreno, devido a certas normas que não foi possível cumprir, será espaço de uma intervenção artística efémera, a “horta súbita”, que será ocupada por plantas durante cerca de duas horas, num cruzamento entre a arte e a agricultura.
A instalação final será apresentada ao público a partir desta quarta-feira e prolongar-se-á até domingo à noite. Além das performances artísticas nos espaços das hortas, haverá também uma série de conferências e debates sobre agricultura e sustentabilidade sob o nome “Circuito Curto – Curto Circuito”, esta quarta e quinta-feira no Maria Matos.
A iniciativa prevê ainda a realização de workshops para crianças, visitas guiadas aos espaços hortícolas, concertos, uma marcha do orgulho hortícola, dança, oficinas de desenho e ainda uma instalação de cinema nas montras e lojas do movimento dos comerciantes da Avenida Guerra Junqueiro, Londres e Roma, entre outros que podem ser consultados em http://www.culturgest.pt/arquivo/2014/docs/programa-veramantero.pdf
Durante a duração do projecto, o público poderá visitar os espaços das hortas – dois na Culturgest, um no jardim da Biblioteca Municipal Palácio Galveias e ainda um terreno baldio ao pé da Praça de Touros do Campo Pequeno.
O projecto das hortas urbanas foi organizado a partir de um apelo a todos os que quisessem aprender a cultivar e praticar agricultura. Conseguiram mais de 100 voluntários para as hortas, desde pessoas que viviam perto dos espaços até às que tinham de atravessar a ponte sobre o Tejo para ir ajudar.
As hortas foram feitas em regime de permacultura, um cultivo sustentável de plantas que se entreajudam e protegem e que ajudam à fertilidade do solo, com a ajuda de hortelões profissionais da UrbanGrow, WAKESEED, Horta do Mundo e da Horta da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
As culturas plantadas vão desde as alfaces e agriões às plantas aromáticas e pepinos. No último dia do projecto haverá um piquenique com os vários voluntários e hortelões, para o qual o público em geral também está convidado. Serão usados os vegetais cultivados nos últimos dois meses.
“Queríamos criar uma experiência única, criar espaços e recuperar formas de socialização sem que fosse o regresso ao primitivo” comenta Rui Santos, arquitecto e um dos autores e promotores do projecto. “Queríamos criar uma urbanidade preocupada com questões ambientais.” Rui refere que parte do objectivo foi também combater a solidão, especialmente entre a população idosa.
O projecto foi baseado na campanha Incredible Edible, iniciada por duas mulheres de Todmorden, Reino Unido, em 2007. A campanha promovia o cultivo de vegetais e plantas em jardins e espaços públicos e ajudou imensamente a economia local. A campanha britânica conta neste momento com mais de 50 cidades aderentes em todo o país.
Vera Mantero, cenógrafa e dançarina foi a principal impulsionadora do projecto. Quando inquirida sobre o objectivo principal, responde com a expressão “cenografias comestíveis”. “Para além de espaço de cultivo, as hortas serão também palcos de performance, dança, recitais de poesia.”
A iniciativa surge também como uma continuação de uma instalação artística em Montemor-o-Novo organizada pelos mesmos artistas, chamada “Oferecem-se Sombras”.
Luísa Sousa, 63, é uma das voluntárias do projecto. Enquanto corta arames para poder pendurar os vasos das plantas aromáticas na horta vertical no Jardim do Palácio das Galveias recorda como se envolveu: “Vinha para a biblioteca com a minha filha quando reparei num canteiro muito maltratado e voluntariei-me para tratar dele. Foi quando me falaram desta iniciativa e resolvi aderir.” Ajudou um pouco em todas as hortas, e da experiência só tem a dizer o melhor “Neste último mês aprendi mais que nos últimos dez anos da minha vida.”
Após a conclusão do projecto artístico, a organização espera que os voluntários possam continuar o agrícola. No terreno baldio foi assegurada uma renda a ser renovada anualmente, e nos outros espaços, como na Culturgest e na Biblioteca, os artistas estão a contar com a ajuda dos funcionários.
Texto editado por Ana Fernandes



No seguimento da passagem dos 135 anos sobre o nascimento do Arq. Manuel Joaquim Norte Júnior e no rescaldo da nossa conferência «Lisboa Entre Séculos - A Arquitectura Ameaçada dos Séculos XIX-XX» (ver info em https://sites.google.com/site/cidadanialxdocs/urbanismo-finais-sec-xix-xx), iremos realizar uma visita guiada (gratuita*) pelos Palacetes premiados de Norte Júnior, no próximo dia 28 de Junho, com início marcado para as 10h.

Percurso: Clube Militar Naval (interior) - Saldanha, nº 12 - Casa-Museu Anastácio Gonçalves (* 1 Euro) - Sede Metropolitano (interior)

A visita será guiada pela Dra. Inês Matoso e pela Arq. Sofia Fernandes Pires.

Ponto de encontro: Av.Duque d'Ávila / saída de Metro da Av. Def.Chaves.

MARQUE NA SUA AGENDA, APAREÇA E DIVULGUE, S.F.F.

"É impossível saber quem pode remover amianto"....

                   Em plena Baixa em Outubro de 2013

A associação de defesa do consumidor diz que 
é impossível saber quais são as empresas com
capacidade em Portugal para remover e transportar
amianto. Junta-se assim nas críticas à associação
ambientalista Quercus.
Em declarações à TSF, Sílvia Menezes, responsável pelos estudos de ambiente na DECO Proteste, refere que falta informação aos consumidores e que há regras sobre como se remove, transporta e armazena o amianto, mas ninguém sabe quais são as empresas com capacidade para fazer o trabalho.
O Governo diz que a avaliação é feita caso a caso. A DECO explica que essa certificação está prevista em leis com alguns anos e num plano de 2008 da Autoridade para as Condições do Trabalho, mas nunca avançou.
Em maio a Quercus, associação ambientalista, dizia ao DN que todas as semanas recebe dezenas de pedidos de esclarecimento sobre amianto em casas particulares. É que, alertava na altura Carmen Lima, daquela associação, os particulares sabiam reconhecer o amianto, por exemplo em coberturas de fibrocimento, mas desconheciam o que fazer. Para facilitar a resposta a estas e outras questões, a associação criou um documento, que disponibilizou no site (www.quercus.pt).
Os médicos de saúde pública alertam que este é um problema social muito importante.

In DN, 2014-06-25

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Já por aqui demos um alerta sobre o assunto....que é grave !!

PARA ONDE VAI O PATRIMÓNIO ARTÍSTICO DA CIDADE DE LISBOA ?


Peças metálicas furtadas no lago existente no início da Avenida da Liberdade. Lisboa, 24 de Junho de 2014.


O património artístico metálico durante séculos presente na cidade de Lisboa, está agora a desaparecer a uma velocidade alucinante, sem que isso pareça incomodar quem quer que seja. Peças de remoção difícil são subtraídas de lugares públicos frequentados a todas as horas do dia e da noite sem que ninguém seja testemunha. São atos criminosos sobre bens que a todos pertencem e que empobrecem a nossa cidade.

Aqui deixamos um apelo à Polícia Judiciária de Lisboa, que possui uma secção especializada no furto de obras de arte e umas instalações ultra-modernas, recentemente inauguradas, para que desenvolva os seus melhores esforços no sentido de desmantelar o ou os grupos organizados que vêm atuando em Lisboa e possa recuperar para a cidade as peças furtadas.

Apelamos ainda a todos os lisboetas para que colaborem nas investigações da Polícia Judiciária.


Pinto Soares

POSTAL DE LISBOA: Av. Almirante Reis 28


Nos bairros históricos decorrem obras e intervenções de legalidade e qualidade duvidosa - aqui vemos mais um caso, um prédio de habitação do início do séc. XX (um bom exemplo da «LISBOA ENTRE SÉCULOS») no designado eixo prioritário da Av. Almirante Reis, Nº 28. Nas últimas semanas iniciaram demolições no piso da cobertura do edifício (um acrescento de génese ilegal que ameaçava ruir). Não há nenhuma informação no local de qualquer operação urbanística licenciada. As obras são de um amadorismo assustador. E tudo isto decorre a poucos metros do gabinete do Sr. Presidente António Costa. É cada vez mais óbvio que o Pelouro do Urbanismo não consegue controlar as intervenções no edficado estando a cidade a perder valores patrimónias a um ritmo preocupante. Não se percebe que fiscalização existe, se é que existe. Já foi pedido um esclarecimento à CML. 

A REVOLUÇÃO ESTÁ NO LIXO...?




Aspecto dos paineis da exposição de iniciativa municipal «A REVOLUÇÃO ESTÁ NA RUA» no Largo do Chiado e na Rua Garrett. No dia seguinte à inauguração muitos dos paíneis foram logo vandalizados, derrubados e assim ficaram... Há vários dias que servem de lixeira conforme se vê pelas imagens. Lisboa, cada vez mais vandalizada, abusada, imunda?

23/06/2014

Piano escada no Metro // Lisboa - Festas de Lisboa


Chegado por e-mail:

«De pianos.pt@gmail.com

Olá, estamos a entrar em contacto convosco por causa de uma noticia positiva que vos deve interessar. A pianos.pt transformou 30 degraus da estação de Metro de S. Sebastião em 30 notas de piano que podem ser tocadas e ouvidas. O sucesso desta iniciativa, da EGEAC (integrada nas Festas de Lisboa), ultrapassou de tal forma as expectativas que o prazo foi alargado várias vezes sendo que fica afinal montado até dia 3 de Julho, último dia das Festas de Lisboa. Para ter uma noção do impacto, só um dos 2 artigos publicados no Público sobre a iniciativa já teve 23.000 Likes no facebook, sendo que o outro teve 19.000..!

http://p3.publico.pt/actualidade/sociedade/12506/nasceu-um-piano-nos-degraus-das-escadas-do-metro-de-lisboa

Esperemos que seja do vosso agrado e que sirva para fazer mais pessoas felizes, até porque neste periodo já todas as crianças estão de férias e é uma oportunidade para elas usufruirem desta iniciativa.

Gostamos de fazer pessoas felizes..!

Com os melhores cumprimentos

Hugo Freitas»

...

MUITO OBRIGADO, «pianistas», pela escala em São Sebastião, sim, uma iniciativa magnífica :-)

Foi por esta e por outras que foi para Pavia e nunca mais voltou:


Dizem que esta porcaria é a nova entrada para o Museu Antoniano. Como foi possível alguém conceber e aprovar isto [é esta grelha de fogão de cozinha (bera)?] para ali?


Foto: Corre no Facebook...

Postal da Avenida Afonso Costa: fonte/monumento





Monumento/Fonte (de gosto e implantação muito duvidosa) na Av. Afonso Costa (ao Areeiro). Abandonada, sem água, com metais furtados e a servir de lixeira. Mais uma história típica de Lisboa: vandalismo e a incapacidade crónica de fazer manutenção do espaço público.

LISBOA abandonada: canteiros nas Amoreiras



Zona recentemente "aformoseada" pela CML (Junta de Freguesia?) na Rua Carlos Alberto da Mota Pinto (frente às Amoreiras). Poucos meses depois de cortar a fita já está abandonada e com mais ervas daninhas que plantas de jardim. A intenção foi boa mas a incompetêncoia para gerir os espaços verdes é aparentemente maior e mais forte. Fotos enviadas por grupo de cidadãos identificados.

POSTAL DE LISBOA: Rua Antero de Quental Nº 1


Por toda a cidade, em especial nos bairros históricos, continuam a decorrer obras e intervenções de legalidade duvidodsa - como por exemplo neste prédio de habitação do início do séc. XX (um bom exemplo da «LISBOA ENTRE SÉCULOS») junto do eixo Av. Almirante Reis / Largo do Intendente. Na última semana desapareceram as caixilharias e portadas de quase todos os vãos da fachada, e não só. Também foram destelhadas parte das coberturas do edifício. Não há nenhuma informação no local de qualquer operação urbanística licenciada, nem estaleiro ou montagem de andaimes. Os vãos estão agora abertos e a cobertura a deixar entrar água - a segurança do imóvel, e da zona enolvente, está posta em causa. Já foi pedido um esclarecimento à CML. 

21/06/2014

Vestígios de mais uma noite de Lisboa - Rua Nova do Carvalho e adjacentes

Adicionar legenda






Dirão alguns que é mais do mesmo. Será. Como também mais do mesmo é a inacção de juntas de freguesia, da CML que promove  e aplaude esta selvajaria contínua, das polícias que não policiam. As imagens falam por si. Por aqui passam batalhões que arrasam tudo à sua passagem, que impedem que se repouse, que conspurcam todos os recantos (por dignidade não posto as fotografias de poças fétidas cheias de urina que juncavam a dita rua), que dão provas de uma falta de civismo e de respeito pelo próximo absolutamente ultrajantes. A noite de Lisboa é o reino da impunidade total e absoluta. É o cartaz turístico da cidade que motivou as Low-cost a abrir rotas e mais rotas com destino Lisboa. O centro histórico, do BA à Bica, da Rua Nova do Carvalho, Cais do Sodré a Santos é um gigantesco campo de tráfico de uma "droga leve" que se chama alcóol. E a cidade aplaude e embrutece-se. Todos os dias, ou melhor todas as noites.

A SEMANA ACADÉMICA DE LISBOA E O PARQUE FLORESTAL DE MONSANTO


Uma vez mais a Plataforma por Monsanto emitiu um Comunicado reprovando a realização das festas da Semana Académica de Lisboa no Parque florestal de Monsanto.

Embora este Comunicado tenha sido ignorado pelas entidades que têm a sue cargo a defesa daquele parque florestal, não abdicaremos do nosso dever de continuar a pugnar pela integridade e dignidade do Pulmão Verde da cidade de Lisboa.

Um Terreno submetido ao regime florestal, não deve ser “limpo”, para que nele seja realizado, durante uma semana, um evento que põe em causa o equilíbrio de uma área que deveria constituir local de abrigo, alimentação e reprodução de uma riqueza biológica diversificada.

A Associação Lisboa Verde, que integra a Plataforma por Monsanto, volta a solicitar o fim da realização de eventos não condizentes com os estatutos do Parque Florestal e às entidades colaborantes na realização da Semana Académica: Associação Académica de Lisboa e Câmara Municipal de Lisboa, para que iniciem urgentemente os trabalhos de renaturalização da área do Parque Florestal de Monsanto que degradaram.


Pinto Soares

Junta de Freguesia de Santa Maria Maior quer reabilitar Praça da Figueira


Exmo. Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior Dr. Miguel Coelho
Cc. PCML


Somos a enviar o nosso aplauso a V. Exa. e ao restante executivo dessa Junta de Freguesia, por ter anunciado querer reabilitar a Praça da Figueira, dando assim seguimento à nossa sugestão feita à CML, aquando da criação do designado "mercado mensal" naquela praça de Lisboa (ver http://cidadanialx.blogspot.pt/2012/11/aplauso-pela-iniciativa-do-mercado.html).

Reafirmamos que uma das medidas a implementar seja a de dar conforto ambiental à praça, despida que está, praticamente, de árvores de copa, atingido a praça temperaturas elevadíssimas durante o longo período de Verão. Embora a existência do parque de estacionamento subterrâneo comprometa a arborização que a praça merecia, é possível, com criatividade, bom senso e vontade política melhorar a Praça da Figueira do ponto de vista ambiental.

Regozijamo-nos, portanto, com o anúncio de V. Exa., e colocamo-nos à disposição para ajudarmos no que for preciso fazer para dar bom seguimento a este projecto.

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Virgílio Marques, Nuno Castro Paiva, Inês Beleza Barreiros, José Filipe Soares, Rui Martins, Jorge Lima, Carlos Leite de Sousa, João Oliveira Leonardo, Miguel de Sepúlveda Velloso

Lisboa regressa à Idade Média?

 Hospital de S. José / São Lázaro

 Anjos
 Bairro das Colónias
 Anjos
 Paço da Rainha

 Rua Antero de Quental
 Príncipe Real
Alameda
Agradecemos as imagens enviadas por vários munícipes, um pouco por toda a cidade.