06/02/2011

ATTENTION !! Achtung!! Dr. António Costa ... A Europa observa Lisboa !!


Apesar destes avisos constantes por parte daqueles que nos visitam Manuel Salgado e António Costa mostram-se totalmente incapazes de apresentar e desenvolver uma estratégia de Reabilitação Urbana ... sinais de Inoperância e Incompetência que já começam a ser notados e denunciados lá fora ... “Shame on You“
António Sérgio Rosa de Carvalho


Don't let urban art cover up neglect of Lisbon's crumbling heritage Officially sanctioned graffiti artists are not the answer to revitalising a beautiful city


John Chamberlain The Guardian, Friday 4 February 2011 Article history
Rachel Dixon suggests that Lisbon council's liberal offering of derelict buildings to graffiti artists provides some alternative landscape for the itinerant tourist (Quick on the draw, Travel, 29 January). Highlighting recent examples in the city, she seems torn between viewing the results "either as a scourge or what makes a city unique".

However attractive to the art buff roaming around Europe, Lisbon highlights a disturbing practice of trying to disguise urban eyesores with alternative art – a pervasive form of official neglect. Dixon rightly identifies that she's talking about "a cluster of grand but derelict buildings". In Lisbon much is derelict!

Architecturally, Lisbon is the "Cinderella city" of Europe – much neglected, constantly abused, derelict and dilapidated. The buildings Dixon refers to are in the main centre and have been empty for 30 years. Graffiti is a scourge, as the Bairro Alto district amply proves, with itinerant, wall-to-wall scrawlings and illiterate hieroglyphics everywhere. Residents despair.

The graffiti initiative highlights poignantly the total absence of an urban strategy for regenerating the city centre. Estimates suggest there are more than 4,600 buildings empty in the central area, 50% either abandoned awaiting demolition or approval. Dixon mentions the Crono Project as an alternative to "abandoning Lisbon's crumbling heritage to the developers". Everyone likes to demonise developers, but in this case the responsibility for such a state should be laid at the door of the planning authorities.

Dixon refers to Barcelona, whose "policy crackdown in 2004 caused the disappearance of much graphic and performance art from the streets" – but the small-scale urban regeneration there was so successful that the Royal Institute of British Architects awarded the place a gold medal, the first time a city has been so glorified.

The historic centre of Lisbon is commercially in decline, and has fewer than 10 residents. Small businesses are closing, franchising is everywhere. The Chiado area, close to Bairro Alto and destroyed by fire in 1988, is renovated and improving but too slowly. British architect Terry Farrell's proposals for the river frontage are now forgotten after being demonised by the local architectural community. Thirty years ago, as an architect involved in Bristol's and London's urban partnerships, I made proposals here to the Lisbon council and was ignored.

Dixon enjoyed Bairro Alto's restaurants and hectic nightlife with its "mix of trendy locals and knowledgable tourists". This classic residential area has grown gradually over the years without official intervention. The examples highlighted – the Crono Project, Hall of Fame, the Galeria de Arte Urbana – may well provide opportunities, as Dixon says, "to distinguish between meaningless scrawls and impressive pieces of urban art". But few locals are impressed. Many don't appreciate Lisbon council "turning over derelict buildings to street artists with stunning results" and would rather see more positive use of public money.

However, it's a beautiful city. Dixon should ignore the artwork, report the dereliction, and visit the few conservation projects that can be found. These are what make Lisbon unique, not itinerant spray jobs.

9 comentários:

Luis Filipe disse...

Exactamente no mesmo jornal, existe um outro artigo que de certa forma faz a "apologia" deste tipo de "arte":
http://www.guardian.co.uk/travel/2011/jan/29/graffiti-street-art-lisbon-portugal

Não deixa de ser interessante ter duas perspectivas sobre este mesmo assunto...

Carlos Medina Ribeiro disse...

Meus caros,

Há uma questão que se pode colocar: «Onde anda a oposição de Santana Lopes, em quem milhares de lisboetas votaram? Porque é que ele, sempre tão astuto, despreza este maná caído do céu que é a insensibilidade de António Costa em relação aos problemas dos munícipes?»

Bem... A resposta talvez esteja na gestão dele (Santana Lopes) que, nesse aspecto, não foi melhor nem pior...

Anónimo disse...

Os promotores do movimento Cidadania Lx deveriam promover uma denúncia internacional sobre destruição do património edificado e sobre a descaracterização da cidade com as demolições (integrais e de interiores)de edifícios, substituidos por edificios modernos banais e desprestigiantes para uma capital europeia, sobre a substituição das iluminárias sem respeito pela época onde estão implantadas, falta de respeito pelas árvores, política de estacionamento e circulação permissiva e negligente, janelas e portas de alumínio por todo lado, compressores de ar condicionado nas fachadas, marquises fechadas e vários tipos de janelas no mesmo prédio, quilómetros de cablagens nas fachadas, falta de manutenção das vias e passeios. Enquanto a comunidade internacional não souber da verdadeira qualidade dos governates municipais estes não vão sentir vergonha na cara para parar esta política desqualificada.

Anónimo disse...

no mínimo parece justo dar conta do artigo de cariz turístico (mesmo que nada de extraordinário) que precede este escrito descabido e com algum grau de frustração do Sr. Arquitecto John Chamberlain

http://www.guardian.co.uk/travel/2011/jan/29/graffiti-street-art-lisbon-portugal

sejamos rigorosos e imparciais, shame on you, cidadania LX

J A disse...

Eu diria que o anónimo das 10:43 acertou em todas! E porque é que nao se junta a este movimento?

Paulo Ferrero disse...

Terry Farrell parece-me que seria um pouco perigoso para a frente rio, ou não?

Anónimo disse...

A veneração subserviente pelo «estrangeiro», independentemente do quadrante político que se queira escolher, é corrente entre nós. No artigo do "The Guardian" há muitas informações curiosas que só podem ser informações «encomendadas» daqui do burgo. Dizer mal de nós, se for no «estrangeiro», tem muito mais impacto e ficamos com a «Culpa» e a «Vergonha» mais exarcerbadas. Então, nós tivemos o desplante de rejeitar o projecto de um arquitecto inglês para a zona ribeirinha? Então tomem lá uma crítica negativa à política da CML.E logo os ingleses, que sabem dar medalhas a Barcelona por estes terem feito as coisas bem feitas. Como se os espanhois não as soubessem fazer e precisassem das medalhas da Albion. A preocupação do "The Guardian" com o que gastamos e com as nossas políticas também é um ponto eloquente.Já viram em que estado está a economia inglesa? não? informem-se. Parecem feios os grafitti e é por causa deles que não reabilitamos os edifícios? É fácil: não gostam, não venham cá. Podem ir passar férias no EgiPto ou no Afeganistão, sempre é mais animado... C. Odegaard, Sintra

J A disse...

Mas caro Odegaard....colocando à parte o arquitecto ofendido e os menos de 10(?) habitantes do centro histórico, o artigo até nem é mal intencionado ?

Anónimo disse...

Caro Odegaard,

tantos pruridos patrióticos de alguém que ostenta um nome tão tipicamente português!
Eu penso que não percebeu muito bem o que este sítio pretende e defende.
E na realidade ainda não percebi bem o que o senhor/a senhora defende porque até agora não houve uma sugestão de medidas pertinentes, somente vi uma parada de bandeiras rasgadas em que o castelo nas armas portuguesas é, na verdade, um pagode!